Zodiac War Capítulo 27 Emboscada.
06/11/2017 - Terça
- N, estamos sendo observado e seguidos.
- Eu sei. Desde lá do bloco E, em Jaya.
- É. Quem será?
- Deve ser da máfia. Eles tem muitos empregados
- Hum... Ele está muito longe. Não consigo dizer exatamente aonde...
- Eu sim. Mas dessa distância, não podemos fazer nada.
- E aonde ele está?
- Se eu disser ele vai saber que já o percebemos?
- Sim.
- Então eu não irei te contar. Se ele faz parte da máfia iremos descobrir em breve. Apenas se concentre em como vamos proceder. Aqui não podemos agir da mesma maneira que agimos lá em Jaya. Aqui teremos que agir totalmente por baixo dos panos. É provavel que duremos alguns meses aqui até que consigamos o que queremos.
- Não me importo com isso. Apenas preciso fazer.
- Então, eu tenho uma idéia. Você domina alguma arte que não seja a de matar?
- Eu desenho.
- Bem?
- Excepcionalmente.
- Você não parece estar mentindo. Tudo bem, o que precisamos pra que você desenhe em troca de dinheiro?
- Não muito. Apenas um bom lápis, dois ou três lapis pra fazer sombreamento e papel. Muito papel.
- Ok. Eu não tenho muito dinheiro. Quanto daria isso?
- Trezentas moedas de prata.
- Quanto você tem?
- Menos que o necessário para uma traição.
- Eu tenho as trezentas pratas fechadas. Espero que você seja realmente bom. - Tirou do bolso uma moeda de trezentos. - Vá comprar. Vou me sentar aqui nesse banco. - Eles estavam ainda próximos a rodoviária, e era um pequena praça, com alguns bancos e muitas lojas. Louis comprou os papéis, os lápis, e ainda sobrou dinheiro pra comprar uma mesinha pra usar como tela.
- Eu ainda não saquei sua ideia. Iremos ganhar lugar na sociedade daqui, é isso?
- Sim.
- De onde eu vim isso não funciona.
- Aqui eles supervalorizam a arte em geral.
- Entendi.
- Já tem idéia do que desenhar?
- Sim.
- Então?
- Vou desenhar essa praça.
- Não é muito simples?
- Sim. Mas, eu irei desenhar fragmentos dela, como se fosse essa praça vista pela visão de alguém real. Será um desenho em 3d.
- Bom, não faz diferença pra mim. Pode começar se quiser.
- Já comecei. - Louis olhou para frente, olhou para o papel, desenhou tudo da maneira que ele enxergava, as ruas, as luzes, o corpo embaçado de N ao seu lado, as lojas. Depois pegou outro papel, olhou para o lado esquerdo, olhou para o papel, e desenhou tudo. Já não tinha mais o corpo embaçado de N. Ele estava a sua direita. Ele desenhou a rua direta, uns carros ao longe. Juntou os dois papéis e "conectou" os desenhos, e ficou de uma forma que parecia que tinha sido desenhado em apenas uma folha. Nesse momento já haviam várias pessoas ao redor. Ele abriu a sua mochila e as pessoas jogavam várias moedas. Alguns tiravam fotos de momento em momento, acompanhando o trabalho de Louis. No fim, sua mochila estava cheia de moedas e seu desenho pronto. Ele fez um pequeno leilão com seu desenho, e o primeiro lance foi cinco moedas de ouro. No fim ele vendeu por quinze ouros. Ele comprou ainda mais materiais, uma mochila grande e uma mesa dobrável, e também procurou uma pousada pra se instalar. Negociou dois quartos por dois desenhos, e lhe foi aceito. Já estava de noite, então, mesmo sem confiar totalmente em N, ele falou.
- O senhor bebe?
- Sim.
Vamos beber. Essa semana terei de trabalhar bastante, quero me distrair agora.
- Tudo bem. - E passaram a noite conversando, rindo e bebendo.
*Sniper*
- Chefe, parece que eles já descobrirarm como irão dar o próximo passo. O grandão desenha, e ganhou muito dinheiro com isso.
- Eles sabem como jogar...
- Vamos mudar de tática?
- Sim...
- Ok. - Desligou o celular.