Seven Devils - Cumprindo Promessas

Os Chitauri pensam ter sido eles a convencer o Thanos a aceitar o Loki e este pensa ser o responsável por fazer os Chitauri lhe ajudar. No final das contas os Chitauri pensam terem sido os maiores jogadores, mas todos nós sabemos que não é bem assim.Leia mais...

O que ganho com isso? Alguns de vocês deve estar se perguntando. Na época não poderia me vangloria, como estou fazendo agora, porém usá-los como minhas marionetes, fazendo-os dançar da forma como eu quisesse, era bem agradável.

Loki estava feliz com seu exército e com o cetro já em mãos. Chegou a hora de ir para Midgard, eu iria com ele, claro, mas primeiro preciso cumprir outra promessa. Nós estávamos no quarto, já deitados, quando tive de contar que iria iniciar tudo sozinho.

-Amanhã vamos para Midgard. – Falou Loki.

-Não. Você vai amanhã para Midgard.

-Não virá comigo? Quero reinar com você ao meu lado.

-Iremos, com certeza, no entanto terá de começar sem mim.

-Por que?

-Eu preciso resolver algo, depois irei ao seu encontro.

-Não vai me contar?

-É pessoal. – Ele me olhou com aqueles olhinhos fofos de filhotinhos. – Não me olhe assim. É a Sabrina, prometi ajudar a curar a mãe dela.

-Você tem poder de cura?

-Sim, descobri recentemente. Mas não vamos falar sobre isso, estou com sono, vamos dormir.

No dia seguinte, após uma rápida despedida fui me preparar para ir a Asgard. Meus demônios estavam quase todos de volta, eles não achavam boa ideia retornar à terra de Odin.

-Não deveria ir, minha rainha.

-O que acha que eu deveria fazer?

-Ficar aqui e esperar os outros voltarem para iniciar seu real plano.

-A vida não é só trabalho, meu doce. Tenho de me divertir e, principalmente, cumprir minhas promessas. Já consegui um exército para o Loki e agora devo ajudar a mãe da Sabrina. Dei minha palavra, não posso voltar atrás. Parem de me aborrecer e vamos nos despedir do Thanos.

Fui até a sala do trono, ele parecia já estar a minha espera. Esse é um dos motivos de gostar do Thanos. Ele é quase tão esperto quanto eu.

-Não me diga que vai com o Loki para Midgard. – Ele disse enquanto levantava do trono e vinha até mim.

-Na verdade não. Estou indo cumprir uma antiga promessa feita a uma amiga.

-Depois regressará para a Lua Titã?

-Eu agradeço muito por tudo que fez por mim. Ao me deixar ficar aqui e me ajudar com o treinamento...

-Mas?!

-Mas, agora preciso seguir meu caminho. Tenho muitos planos a colocar em prática...

-Todos para destruir Asgard.

-Asgard sempre terá sua pitada de destruição se depender de mim. Porém, não é só a cidade que quero atingir.

-Pretende matar Odin?

-Se tudo correr da forma que estou pensando, não será ele a morrer, porém eu garanto que a família real não será mais a mesma. – Não contive um sorriso, pois me sentia muito empolgada e ansiosa, no entanto tenho de manter a calma, cada coisa a seu tempo.

-Quem irá matar? - Deu mais um passo em minha direção.

-Spoilers! – Coloquei o dedo sobre os lábios, então dei uma risada. – Apesar da raiva, se eu triscar na família real o Loki ficaria possesso, não quero me desentender com ele, portanto posso afirmar que eu não irei matar nenhum deles.

-No entanto um irá morrer. – Ele se aproxima mais.

-Sim.

-Só resta saber quem será o assassino.

-Assassino é uma palavra muito forte. Você terá notícias, em breve.

-Então, desejo-lhe sorte.

-Sorte não tem nada a ver com isso, Thanos. Não se pode manipular a sorte, as pessoas sim.

-Sinto que ainda ouvirei muito sobre você.

-Assim espero. – Estávamos bem perto, olhando nos olhos um do outro.

-Torço para que nos vejamos novamente.

-Eu também.

Thanos se inclina e trocamos um leve beijo. Afasto-me sem olhar pra trás, já a certa distância um dos meus demônios comenta.

-Pensei que amasse o Deus da trapaça.

-Sempre tenha um plano ‘B’.

Pegamos a mesma nave usada para chegar a Lua Titã; Thanos havia mandado consertar. Fizemos o caminho inverso até Asgard, mudei minha forma para um dos guardas, já estava conseguindo fazer isso muito bem. Perguntei aqui e ali pela Sabrina e descobri que ela havia ignorado meu pedido; ela continuava trabalhando no castelo.

Não resisti e dei uma volta pelo meu antigo quarto, continuava igual, fui ao quarto da Freya e do Loki. Nada diferente. Passei por Thor, o cumprimentei. Parecia nervoso, ainda vi Frigga de longe; ela parecia triste, isso me alegrou um pouco, já deviam saber do Loki. Alguns passos depois, vi a Sabrina passando pelo pátio. Decidi mudar minha aparência, agora me transformei na própria Sabrina; entrei na cozinha e a mulher que estava no lugar de D. Silla já foi logo perguntando pelas frutas. Dei uma desculpa e peguei uma fruteira. Fui por outro caminha até chegar perto dela, voltei a minha forma normal.

-Olá, Sabrina.

-Cristie?! – Ela deixou a frutas caírem. – Por Odin! – Ela me abraçou. – Fiquei preocupada, pensei que estivesse morta.

-Por que todos assumem que eu morreria tão facilmente?! – A fiz me soltar. – Sabrina, eu falei pra você sumir daqui.

-Eu agradeço, mas não podia ir.

-Como não? Eu te dei o dinheiro, não conseguiu vender as joias?

-Aquilo tudo não era meu.

-A Freya não vai voltar. Ninguém vai utilizar; pelo menos você iria usar pra algo bom.

-Cristie, eu nunca irie me apossar de algo que não é meu.

Revirei os olhos com impaciência.

-Tudo bem! Você quem sabe. Agora, leve-me até sua mãe.

-Por que?

-Eu te prometi que encontraria um jeito de ajudá-la. Eu tenho poder de cura.

-Sério?!

-Sim, vamos logo.

-Preciso ir primeiro deixar as frutas.

-Está bem. Espero você na saída do castelo.

-Tome cuidado, se te virem irão prendê-la.

-Sim, mas verão apenas uma menina brincando.

A cara da Sabrina quando me viu como uma garotinha foi uma das coisas mais hilárias da minha vida. Corri até a entrada do castelo, fiz amizade com uns garotos, acabei me divertindo muito com essa volta a infância. Passou uma hora até ela aparecer e irmos para sua casa. A mãe da Sabrina vivia na cama, com uma doença degenerativa, já estava em um estado que até comer e beber era difícil.

Sentei ao lado da D. Bedar, peguei em sua mão e me concentrei. Uma luz branca começou a iluminar o local todo, até que ela abriu os olhos.

-O que está acontecendo? - Falou D. Bedar.

-A senhora está bem agora.

Ela levantou, foi até a filha e a abraçou, as duas choravam muito. Eu estava muito feliz em vê minha amiga tão contente.

-Obrigada, Cristie!

-D-De nada. Preciso ir.

Ao sair da cama senti uma tontura, tive de me segurar na parede.

-Cristie! Você está bem?

-Esse poder tem um problema: ele pega a doença e passa pra mim, só aí começa a cura.

-Por Odin! Por que fez isso?

Soltei um grito de dor, acabei me desequilibrando, a Sabrina e a mãe me colocaram na cama.

-Eu fiz porque havia te prometido e porque você é minha amiga. – Meu corpo todo doía, começava a me contorcer, pois necessitava “dormir” para acelerar o processo. – Sabrina, eu posso confiar em você?

-Você sabe que sim.

-Preciso descansar, devo apagar por um tempo, espero não acordar em uma cela.

-Não irá. Cuidaremos de você. – Disse D. Bedar.

No momento em que fiquei inconsciente um sonho começou, fazia muito tempo desde o último. Esse foi enorme e estranho. Eu estava sozinha em um lugar inóspito, a D. Silla aparecia e eu voltava a ser aquela menina assustada. Sentia-me sozinha, abandonada. Até que vi o Loki, ele veio em minha direção e nos abraçamos. Poderia passar o resto da vida assim, nos braços dele, passei a me sentir segura.

De repente, o Loki some e no lugar dele aparece meu pai. Nunca o vi na vida; nunca sequer cheguei a tentar imaginar seu rosto, no entanto tinha certeza que era ele.

-Minha filha! – Disse ele.

-Pai! – Corri, com os olhos cheios de lágrimas, para abraça-lo.

-Eu estou tão orgulhoso de você.

-Mesmo?

-Sim, você é muito inteligente, muito bonita, porém...

-O que?

-Você cometerá meu mesmo erro.

-Confiar nos demônios?

-Não, eles nunca te farão mal. Não acredite no que te falam, pois os sete são fieis.

-Então, qual o erro?

-O amor, minha filha. Você irá morrer por causa do amor.

-Loki?! Ele nunca me faria mal.

-Mas, você sim.

-Como assim?

-Veja...

Essa foi a última palavra dita por ele antes de sumir, ela ficou ressoando por um tempo. Tudo mudou e vi o Loki ferido, corri em sua direção, mas quanto mais perto eu chegava mais ele ficava distante. Fui acordada por D. Bedar.

-Você está bem, filha? Estava gritando.

-Eu preciso ir para Midgard.

ALANY ROSE
Enviado por ALANY ROSE em 28/07/2016
Código do texto: T5711878
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