Uma expedição a Assombrus (em construção)

(em construção)

É um demônio do mundo antigo, conhecido como Ceifalus. Habita a escuridão das cavernas de Assombrus, um lugar tenebroso e tão assustador que em um raio de dez km não há nenhum tipo de vida natural. As criaturas asquerosas que vivem em Assombrus não saem de lá, pois o ar podre deste lugar e o único meio pelo qual elas sobrevivem. Todas essas criaturas obedecem a Ceifalus. Há rumores de heróis que tentaram adentrar os confins deste lugar maldito e inóspito e nunca mais voltaram, em busca de um artefato de extremo poder, que está selado em uma sala no centro de Assombrus, onde nem mesmo Ceifalus consegue entrar. Reza a lenda que Ceifalus vive ali em busca de uma forma de conseguir tal artefato, e sussurros ao leste do mundo conhecido deixa no ar que informantes tem levado instruções a Ceifalus de como conseguir. Boatos de que a extensão do solo negro e infértil vem crescendo. Guerreiros, magos, sacerdotes e caçadores de recompensa em geral estão se reunindo com medo de que o pior possa acontecer. Estudam uma forma de se defender caso uma horda dos vassalos de Ceifalus venha atacá-los e de como parar o crescimento do solo negro.

Há duas cidades mais próximas de Assombrus, ambas ao sul, pois ao norte é uma infinita costa de montanhas que se estendem até os mares negros, conhecida pelo nome de espinhos do Diabo, mais tarde conheceremos a histórias deste local. A politica das cidades são parecidas, havendo um líder responsável por administrar e proteger a cidade. A primeira cidade é Deméria, e o líder é Armitran, O Colosso. Um Humano de 2,20 metros de altura pesando mais de 150kg, muito conhecido por seus feitos, sendo o principal, derrotar sozinho e apenas com as mãos um Urso Gigante que estava caçando moradores no calar da noite na floresta próxima à cidade.

A segunda cidade é Arquilago, a Líder é uma Arquimaga, conhecida como Saphira, A eterna. Não há cidadão da cidade ou das cidades vizinhas que tenha visto mais invernos do que ela, mesmo os anciões misticos, que já alcançam mais de 140 primaveras. O que mais chama atenção em Saphira, é sua eterna imagem de uma Humana Loira de olhos azuis, com a pele de um pêssego maduro e brilhoso. Há quem diga que sua eternidade seja uma benção conseguida por um Deus, após salvar um de seus filhos usando um enigma. Há os que falam que é uma maldição, pois, está fadada a ver todos que ama partir para o outro lado.

Apesar das instruções de ambos líderes das respectivas cidades, para que aventureiros não aceitassem expedições para Assombrus, está havendo uma crescente procura por grupos para adentrar os cofins do amaldiçoado lugar. Recentemente um Clérigo vindo de terras distantes, armou acampamento próximo a divisa das cidades de Demeria e Arquilago, onde de tempos em tempos ruma até às cidades à procura de recrutar aventureiros para seguí-lo na expedição que ele julga ser a maior - porém - com certeza, a mais efetiva já feita, e que de fato, conquistará o objetivo de trazer de lá a cabeça de Ceifalus e o “artefato lendário”, e apenas os mais fortes e destemidos poderão ser parte da história que será contada durantes anos sem fim.

Palantar, Alto Clérigo de Sumbisia - Capital de Alvoredas, principal e mais rico País do mundo conhecido, também famoso pela alta concentração de Guerreiros dos Deuses (Clérigo, Sacerdotes, Templários e Paladinos) e Magos, por suas muitas escolas e templos educacionais nas respectivas artes e doutrinas.

A Cidade de Deméria estava em polvorosa, pois, era dia de Festeios, comemoração cultural que ocorria a cada troca de estação do ano. Todos da cidade se reunia ao amanhecer, cada um trazendo um pouco de comida e bebida, e todos partilhavam de suas especialidades, e “magicamente” praticamente todos voltavam para casa com mais comida do que trouxera.

Palantar escolheu o dia mais movimentado para armar sua tenda, e bater no chão a placa que dizia: “Procura-se pessoas fortes e destemidas. Dispensamos curiosos”. Apesar do aviso, hora ou outra aparecia uma criança, um bêbado e etc perguntando do que se tratava, e com um enigma simples fazia com que esses fossem embora sem mais importunar. Logo os comentários na cidade sobre o senhor do enigma cresceram e chegaram aos ouvidos de Armitran, que por sua vez, sabia que se tratava do tal recrutador, e não obstante fora tirar satisfação.

Ao aproximar-se da tenda, avistou deitado na porta uma criatura curiosa e ar asqueroso (que não estava lá quando os curiosos vieram). Relutante, aproximou desafiando uma possível ira da criatura, cujo qual interpretou ser uma mistura de leão com águia. Receoso, com a mão no cabo de sua espada, há uma distancia que poderia esquivar-se e contra-atacar caso a criatura resolve-se investir com ele, chamou com sua voz rouca e grave. - Saia agora, viajante-recrutador! - Certo de sua autoridade, aguardou até que alguém saísse, e não foi diferente do que imaginou, rapidamente, um senhor com vestes velhas e um tanto quanto empoeiradas (muito diferente do que se esperava) saiu com um sorriso largo e olhos arregalados. - Pois não, alto-homem, em que posso lhe ajudar?

• Soube que está convidando pessoas da cidade para alguma coisa, devia saber que estamos em tempos sombrios e por segurança foi ordenado que as pessoas permanecessem seguras.

• Mas ninguém sabe o que é!

• E o que seria?

• Só conto se adivinhar um enigma.

• Também há isso, estão falando de um tal enigma que ninguém consegue descobrir.

• Quer tentar, alto-homem? Embora eu já saibas que és incapaz de saber algo que nem o mago mais inteligente desta cidade sequer chegou perto de chutar.

• Hmmm, me julga inepto sem me conhecer.

• Te enganas, te conheço. Mas tu, te conhece?

• Mas é claro, sou Armitran, O Colosso. Líder da Cidade.

• Esse é seu nome e sua alcunha, bem como o que faz, mas quem é você?

• Está me confundindo. Como assim quem sou eu?

• Pois bem, esse é o enigma, e ninguém soube me responder! Volte com a resposta, e lhe digo do que se trata minha convocação.

• Pouco me importa tua convocação. Vá te embora, e deixe meu povo em paz.

• Irei sim, ficarei até a meia--noite de hoje. E te convido a voltar aqui com ou sem resposta. Se tiveres a resposta correta, além de ir embora, lhe darei, cem pedras de ouro e 30 vacas leiteiras. Caso não saibas, nada ganhas, mas caso queiras saber a resposta e de que se trata minha convocação, o preço para isto será aceitar o que vou lhe propor. Podes honrar? Você não tem nada a perder. Pense!

Armitran, tinha um ponto fraco que era conhecido por muito poucos, e os que sabiam, jaziam mortos, ou estavam em terras tão longínquas que até ele mesmo esquecera, que era a curiosidade.

Olhando com um ar de raiva e admiração para o velho, Armitran sentiu-se desafiado, e resolveu aceitar; caso tivesse uma resposta coerente, falaria, se não, apenas diria que não sabia e iria embora, mesmo que a curiosidade lhe consumisse. Sem perder tempo, Armitran começou a ir conversar com as pessoas e perguntar, “Quem sou eu?”. As mais diversas respostas foram dadas: “Nosso héroi; Nosso líder; Nosso exemplo; O homem que matou O Grande Urso; Uma lenda viva; Nosso salvador; Um grande administrador; O mais corajoso homem que conhecemos; O mais forte homem que conhecemos; Nosso protetor; O mais destemido”.

Entre muitos outros adjetivos e qualidades que lhe foram proferidos, mas ainda sentia que tudo aquilo não era a resposta correta, embora fizera muito bem a seu ego. O prazo da meia-noite estava se esgotando. Àquela altura já irritado por não chegar numa resposta concreta, foi até o velho. Chegando lá, a criatura agora em pé, postada como estivesse atenta, o encara, mas deixando claro que a presença dele não era problema.

• Velho, saia desta barraca!

• Entre, alto-homem. Estou arrumando minhas coisas para partirmos!

• Como assim partirmos? Pergunta irado enquanto adentra a barraca - Quem disse que irei? Por que pensa que não tenho a resposta correta?

• Se acalme alto-homem, quando digo partimos, refiro-me a mim e a Sidartã.

• Quem é esse?

• O animal que vistes lá fora!?

• Ah sim, me desculpe!

• Mas então, descobristes quem és tu? Quem tu és?

• A pergunta do velho é muito vaga e não aceita a resposta.

• Existe uma resposta certa, acredite! Venhas comigo para tarefa para qual recruto e lhe digo a resposta assim que voltarmos.

• Esse não era o trato, disse que me falaria, e não só quando voltássemos.

• Por que a resposta só nos será dada quando voltarmos.

• Como assim?

• Venhas comigo, alto-homem, tu sabes que és tudo aquilo que teu povo lhe falou, mas tu ainda não sabes quem tu és, então venhas e descubras quem és tu!

• Como posso aceitar algo que não sei o que é?

• Já aceitaste!

• Como assim? Está louco velho! Não aceitei nada!

• Irei até Arquilago, recrutar Saphira. Convoque mais 2 ou 3 homens de sua confiança, que seja forte e destemido, de preferência um arqueiro, um rastreador e um ladrão.

• Enlouqueceu de vez mesmo, Saphira não deixará Arquilago jamais!

• Apostaria sua ida conosco, se já não tivesse conseguido, mas…

• Não conte comigo, velho. Voltarei aos meus afazeres como líder daqui.

• Tu és tudo aquilo que lhe falaram, mas nada és se não sabes quem és. Voltarei aqui no nono dia após a emersão da lua de sangue, já voltarei com Saphira e seu grupo, para nos unirmos ao seu, e partiremos na manhã do dia seguinte.

• Partiremos para onde? Está louco?

• Saberás o destino assim que o velho, aqui voltar.

Alessandro Bernardo
Enviado por Alessandro Bernardo em 26/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
Código do texto: T5709259
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