A LENDA DE MITHI

Escuridão, estrelas e mundos, - É tão magnifico de se ver, tenho sorte de estar aqui! - Falava Mithi. Eram 10.000 anos luz, constelação de sagitário, quase ao além do setor M 23 composto por grupos galácticos e nem mesmo os seres viventes desta inóspita região sequer sabem definir o que é sagitário! A nave pousava em meio a nevoas obscuras no setor M 23 num sistema planetário aonde existia dois sois, - pousava, pousava. - Mithi o último, sobrevivia e calculava os gases antes de abrir as comportas da nave! - Setor M 23, o sol a leste Arkab e a oeste Trivium gases oxigênio e nitrogênio, hélio - Mithi estrategicamente visualizava no painel de bordo, mas olhava a paisagem obscura e diametral do planeta M 23, - Região desértica! tsic ... tsic tsic ... A nave abria as comportas! Mithi engalfinhava os sensores de luzes, verificando um a um entre a paisagem colossal do planeta M 23. Flutuando milimetricamente na inóspita região, Mithi entreolhava os céus, mas temia o sistema planetário. A cada passo que Mithi dava a nave lhe seguia e seguia, o estranho ser, um ciborgue uma coisa, uma forma! que sem prepósito viajava sem destino, vagando. Flutuando em M 23 se apoiava nas rochas, olhando e calculando as rochas, um vento surgia ao horizonte, dois sois na visão, e assim verificava a paisagem. A cada passo que Mithi emitia sua energia restabelecia pela luzes dos sóis uma especie de fonte que repuxava no peito mas adaptava-se ao flutuar. Arkab e Trivium - dizia Mithi, a visão dos dois sóis lhe consolava, energicamente.

Resplandecendo de tanta energia e visando os sóis, um alarme, dois alarme. A nave. Depois de 7.000 anos vagando pelo espaço na constelação de sagitário, Mithi se deparava o que jamais ou nunca lhe tinha entendido. A nave emitia barulhos elétricos - REPETIDAMENTE, que lhe envolviam mesmo ao flutuar. Mithi sentiu o repuxo uma força desproporcional, mas a nave não desistia. - THEREMTHEREMMZZZZ THEREMZZZZZZZZ, - 300 metros de distância do SOLOOOO - Mithi dizia. Mithi emitia sensores ao redor enquanto subia o repulsor do peito. Uma força descomunal lhe agarrando, a nave se distorcendo ao longe pela ferocidade da força emitindo luzes e flutuando rumo a estratosfera ao longe! 5 QUILÔMETROS, 7 QUILÔMETROS, 20 QUILÔMETROS, ao longe o planeta se abria despedaçando-se como uma rocha sugada por uma força nucelar, Mithi girava em movimentos elípticos enquanto subia, a gravidade estava além, mas usava o repulsor no peito e não adiantava. Subia, 200 QUILÔMETROS 300 ..., "NAVRI" "NAVRI" Mithi gritava! numa linguagem estranha e rodopiava ao subir pelo repuxo do espaço cósmico. Visando os sóis as cores espantosamente modificaram, AAZUISS, "NAAVRRI" falava Mithi. - Mithi já estava fora do alcance o planeta murchando-se, um clarão envolta, os sois azuis a NAVE Mithi atravessava o repulsor e rodopiava circundantemente ao lhe adentrar! "Navri"! 100.000 km de distância as comportas reluzentes adentrava - Mithi se debatia adentro da nave! Os únicos. 600.000.000 km - "NAVRI" "NAVRI" uma especie de sarcófago resplandecente lhe envolvia e recauchutava o corpo de Mithi. - FUGAA, dizia Mithi. A nave por si só visava o corpo. Momentaneamente uma contagem regressiva. Ao estridente estelar 800.000.000 km. - Trivium e Arkab ..., falava Mithi enquanto era revolvido na contagem. Cronometricamente a nave surtou numa velocidade através da dimensão catastrófica entre a matéria e o terror cósmico. O maldito buraco colossal revigorava e revigorava pela constelação. Os sóis Trivium e Arkab engolidos. Na escuridão a lenda. Mithi.

R Soares
Enviado por R Soares em 18/07/2016
Código do texto: T5701936
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