IMERSÃO
Primeiro fora a biblioteca ambulante, mais tarde, na época de estudante, a biblioteca pública, na vida adulta, foram as livrarias. Uma mulher passara a sua vida apaixonada por livros. Ler era tudo que ela queria. Levava os livros para casa, na grande cidade em que vivia. Dois, três por semana. E lia diligentemente tudo que podia, além dos livros. Todos os momentos livres eram dedicados à leitura. Quando não havia livros, lia jornais, revistas, suplementos, folhetos de propaganda, bulas de remédio, manual de instruções, relia o que já tinha lido ... Em sua casa, tudo que comprara, acumulara-se, era o início de uma biblioteca. Aos livros e dicionários dos vários idiomas que comprara, juntaram-se os que ganhara. O valor dado aos livros era tamanho que transparecia. Não podia saber que alguém não queria mais um livro, já logo pedia, mesmo que fosse apenas para guardá-lo; outros ganhava, porque quem vivia ao seu redor, sabia como ela era.
Conforme o volume de suas leituras ia aumentando, mais difícil era ter cuidado nas escolhas. Às tantas obras boas e importantes que lera e possuía, juntara-se certa quantidade de outras sem valor literário, peso inútil em suas prateleiras. Havia outro fato importante a ressaltar. Essa mulher estava sempre lendo, no trabalho, no aeroporto, no avião, na rodoviária, no ônibus, no hotel, na praia, em casa, em qualquer lugar. Quando começava uma leitura não conseguia parar enquanto não chegasse ao fim. Mais ainda, ficava impaciente quando era interrompida, mal conseguia afastar-se daquele mundo de palavras e ideias.Conforme ia lendo um texto, sua imaginação compunha cenas vívidas do que era descrito, fosse teoria ou fantasia. Ao ler sobre as observações astronômicas na Escócia e na Inglaterra primitivas, Stonehenge e outros postos em Silbury Hill, era como se estivesse nos fossos, esperando o acontecimento astronômico a ser observado, o aparecimento e o ocaso da estela a ser estudada, olhando aquele céu de antigamente...
Tivesse essa mulher dado mais atenção ao que acontecia ao seu redor, teria aprofundado mais seu conhecimento em algumas áreas, selecionado melhor os conteúdos relevantes e pertinentes em sua vida, aplicado com maior proveito ideias que a levariam a conduzir melhor sua vida, integrado conhecimento e prática que teriam lhe proporcionado o mínimo necessário de sabedoria.
Primeiro fora a biblioteca ambulante, mais tarde, na época de estudante, a biblioteca pública, na vida adulta, foram as livrarias. Uma mulher passara a sua vida apaixonada por livros. Ler era tudo que ela queria. Levava os livros para casa, na grande cidade em que vivia. Dois, três por semana. E lia diligentemente tudo que podia, além dos livros. Todos os momentos livres eram dedicados à leitura. Quando não havia livros, lia jornais, revistas, suplementos, folhetos de propaganda, bulas de remédio, manual de instruções, relia o que já tinha lido ... Em sua casa, tudo que comprara, acumulara-se, era o início de uma biblioteca. Aos livros e dicionários dos vários idiomas que comprara, juntaram-se os que ganhara. O valor dado aos livros era tamanho que transparecia. Não podia saber que alguém não queria mais um livro, já logo pedia, mesmo que fosse apenas para guardá-lo; outros ganhava, porque quem vivia ao seu redor, sabia como ela era.
Conforme o volume de suas leituras ia aumentando, mais difícil era ter cuidado nas escolhas. Às tantas obras boas e importantes que lera e possuía, juntara-se certa quantidade de outras sem valor literário, peso inútil em suas prateleiras. Havia outro fato importante a ressaltar. Essa mulher estava sempre lendo, no trabalho, no aeroporto, no avião, na rodoviária, no ônibus, no hotel, na praia, em casa, em qualquer lugar. Quando começava uma leitura não conseguia parar enquanto não chegasse ao fim. Mais ainda, ficava impaciente quando era interrompida, mal conseguia afastar-se daquele mundo de palavras e ideias.Conforme ia lendo um texto, sua imaginação compunha cenas vívidas do que era descrito, fosse teoria ou fantasia. Ao ler sobre as observações astronômicas na Escócia e na Inglaterra primitivas, Stonehenge e outros postos em Silbury Hill, era como se estivesse nos fossos, esperando o acontecimento astronômico a ser observado, o aparecimento e o ocaso da estela a ser estudada, olhando aquele céu de antigamente...
Tivesse essa mulher dado mais atenção ao que acontecia ao seu redor, teria aprofundado mais seu conhecimento em algumas áreas, selecionado melhor os conteúdos relevantes e pertinentes em sua vida, aplicado com maior proveito ideias que a levariam a conduzir melhor sua vida, integrado conhecimento e prática que teriam lhe proporcionado o mínimo necessário de sabedoria.