ROMANCE EM ASTÚRIAS ( Conto)

O Principado de Astúrias,é uma comunidade autônoma e uma das cinqüenta províncias Espanha, cuja capital é Oviedo. O Príncipe de Astúrias é um título atribuído ao herdeiro do trono da Espanha. Astúrias é apelidada de “Paraíso Natural”. É visitada por muitos turistas, com lindas praias, lagos e trilha entre as montanhas, e sua costa é muito escarpada e recortada, encravada entre o mar e a montanha.

Os Mouros ou Muçulmanos, invadiram a Península Ibérica no ano de 711 e foi dominando toda a região, por quase 800 anos.

A primeira vitória contra os Mouros dentro da Península, foi empreendida por Dom Pelágio, primeiro rei de Astúrias, em 722. Desde então, à medida que as vitórias cristãs foram sucedendo, começaram surgir vagas de cavaleiros europeus para ajudar os Reis Cristãos na senda de reconquista da Península Ibérica, eram as primeiras cruzadas. Como sinal de reconhecimento e mérito pela ajuda, os Reis Católicos deram aos cruzados porções de terras, títulos, e casamento com filhas de nobres, até mesmo do próprio rei, ficando com o cargo de gerir o território, continuar lutando contra os Mouros e prestar vassalagem ao rei.

Os Mouros foram expulsos da Península, definitivamente em 1492. (Dados da Wikipédia)

Foi na época das cruzadas que Carmencita Flores, filha de nobres espanhóis, viu Rodrigo ser aclamado pela vitória, heroica das cruzadas que expulsaram de vez os Muçulmanos das terras da Espanha,e Rodrigo foi um dos mais valentes combatentes, e o Rei, além do título de nobreza, agraciou-o com uma grande porção de terras, rebanhos de gado e servos e uma espada de ouro maciço, trazida do Reinado de Toledo, tornando-se um jovem importante da nobreza Asturiana.

Com o título de Dom, e ele passou a chamar-se Dom Rodrigo de Astúrias, tendo ele notado a presença da bela jovem , que se chamava Carmencita Flores de Astúrias, da nobreza da Província de Astúrias, e se entreolharam rapidamente.

Dom Rodrigo, agora nobre e rico, passou a frequentar festas e bailes do Principado e, em muitas ocasiões encontrou-se com Dom Diego de Antúrias e sua esposa Dona Adelaide de Astúrias, e a filha Carmencita Flores, Dom Rodrigo, sempre os cumprimentava com muito respeito.

Dom Diego e Dona Adelaide viam com bons olhos a união da filha com o jovem Dom Rodrigo, agora um nobre, jovem , elegante,educado e respeitoso, aceitariam o pedido da mão da filha se isso acontecesse, pois ele era agora possuidor de muitas terras. No próximo baile, Dom Diego convidou Dom Rodrigo a sentar-se à mesma mesa e Dom Rodrigo portou-se como um verdadeiro cavalheiro, conversando educadamente com os pais e com filha, que além de linda, tinha uma fina educação e uma voz doce e suave. Dom Rodrigo teve a mesma impressão que ele foi bem aceito pela família. Na despedida, Dom Diego o convidou para novo encontro numa outra festividade já programada, e Dom Rodrigo aceitou.

A outra festividade era um baile de gala festejando o aniversário da filha Carmencita Flores, que seu pai iria a homenagear de surpresa. Dom Rodrigo e Carmencita Flores , vestida com um lindo vestido da nobreza da época, e Dom Rodrigo, com um belo traje da nobreza militar,

dançaram a noite toda e, a última dança foi exclusiva à Carmencita e Dom Rodrigo , no meio da salão rodeado pelos convidados, e terminada a dança, Dom Diego aproximou-se da filha e lhe entregou um lindo anel de brilhantes, confeccionado sob medida, vindo da cidade de Toledo, especialista em jóias, sob um sonoro aplauso de todos, ao nobre casal. Dom Rodrigo foi para casa muito feliz e já apaixonado pela linda jovem e percebeu que ela também o amava, e se convenceu que ele fora bem aceito pela família dela.

Em sua linda e espaçosa casa, com muitos servos a seu serviço, já dia claro, não conseguia conciliar o sono pela emoção daquela noite.

Alguns dias depois, Dom Rodrigo recebeu um convite para uma recepção em sua casa, com data e horário marcados. Mesmo já estando bem ambientado com a família, Dom Rodrigo, estava bastante apreensivo e nervoso e ansioso pela espera.

E, na noite marcada, Dom Rodrigo, dirigiu-se à residência da nobre família e recebido por Carmencita com um largo sorriso e logo por Dom Diego e pela esposa, também sorridentes.

Foram servidos vinhos de mais variadas adegas renomadas do principado. Depois de conversas sobre assuntos diversos, Dom Rodrigo, meio inseguro, pediu a mão de Carmencita a Dom Diego e à sua esposa, que de pronto aceitaram e, para a comemoração do noivado , Dom Diego mandou servir um vinho de raro sabor, o mais envelhecido de sua casa, reservado para ocasiões especiais.

Pouco tempo depois, providenciaram o casamento para a Matriz de San Salvador de Oviedo.

Na véspera do casamento, Dom Rodrigo,embora muito feliz, de repente lembrou-se de seus companheiros de batalha mortos, que tombaram ao seu lado, logo em seguida lembrou-se de seus pais que tinham sido expulsos de sua casa pelos Mouros e não sabia se estavam vivos ou mortos.

No dia do casamento, a noiva e Dama Carmencita Flores de Astúrias, estava deslumbrante, e Dom Rodrigo com seu traje militar de luxo. Ao início da cerimônia, Dom Rodrigo, empalidecido vê seus pais, Alejandro e Pilar entrando na igreja, Dom Rodrigo correu e abraçou-os com lágrima nos olhos, e seus pais também chorando, para surpresa de todos que não entendiam o que estava ocorrendo. Os pais lhe disseram:

—Filho, procuramos você por vários anos e por vários lugares e fomos informados que você estava nesta igreja se casando, com essa bela jovem, para nosso orgulho e felicidade.

Encerrado o casamento, seguiram-se grandes festividades de celebração uma das maiores e mais belas do Principado de Astúrias.

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 30/06/2016
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