A pequena menina
A Destino então pegou na pequena mão da menina e a levou até a beira do Rio da Vida. A garota se pôs a observar as incontáveis almas que iniciavam sua jornada na nascente e terminavam na sua foz. Como começavam tão pequenos e cheios de vigor, iam crescendo com expectativas e sonhos, mas em alguma fase do percurso, se tornavam mesquinhas, desanimadas, desesperançosas, precipitadas. Abandonavam as utopias que imaginavam na infância de um mundo melhor e as crenças em algo maior. Triste, a menina perguntou a Destino se aquilo poderia ser evitado, pois não gostaria de uma vida igual a de tantas que observara. Destino, sorrindo para ela, explicou:
"Só duas coisas não podem ser mudadas no curso do rio, seu nascer e seu morrer. Agora todo o resto, depende unica e exclusivamente do navegante."