O CÃO E O NOTICIÁRIO
Deitando rente à janela, Moke aprecia a bela vista, bem ali, à sua frente.
Descansa, relaxado, depois de ter feito sua caminhada diária, e se divertido bricando com o Marley e a Lola.
Lá fora tudo é calmaria, o silêncio só é quebrado pelo canto do bem-te-vi, do sabiá-laranjeira, e vez ou outra pelas ruidosas maritacas, ou pelo mugido das vacas.
Porém, seu dono que hoje está em casa, pois é domingo e primeiro de maio, cisma em ligar a tv e o som das notícias abafa a cantoria calma e bela da passarada.
Moke tem vontade de protestar, mas seu dono é gente fina. Mesmo sendo domingo, não deixa de levá-lo para passear, e toda manhã o escova até que não exista sequer um nó a embaraçar-lhe a pelagem dourada.
Mas, voltando ao noticiário. Moke nunca vai entender como os humanos tem paciência e estômago para assistir tanta notícia mentirosa, tanto político cínico contando a sua versão sobre fatos que até mesmo ele, um simples cão, percebe que é uma tremenda falácia.
Devagar sem muita disposição ele estica o pescoço e olha a tela da tv, no dia dedicado ao trabalho e ao trabalhador, o governo anúncia um reajuste no valor do bolsa família.
Moke suspira, e pensa: "Valha-me Deus, será que tem alguém nesse país capaz de considerar que esse governo realmente governa para o povo? sendo que mais de 11 milhões de pessoas estão desempregadas, o que adianta dar esmola, se o que o povo precisa é de trabalho? E para que isso aconteça, é preciso que a econômia saia desse abismo profundo, no qual foi parar, e volte a crescer. Desanimado com tanta hipocrisia, Moke volta a apreciar a vista e o gorjeio dos pássaros, pensando o quanto o mundo dos humanos é de um cinisco sem fim".
(Imagem: Lenapena)
Deitando rente à janela, Moke aprecia a bela vista, bem ali, à sua frente.
Descansa, relaxado, depois de ter feito sua caminhada diária, e se divertido bricando com o Marley e a Lola.
Lá fora tudo é calmaria, o silêncio só é quebrado pelo canto do bem-te-vi, do sabiá-laranjeira, e vez ou outra pelas ruidosas maritacas, ou pelo mugido das vacas.
Porém, seu dono que hoje está em casa, pois é domingo e primeiro de maio, cisma em ligar a tv e o som das notícias abafa a cantoria calma e bela da passarada.
Moke tem vontade de protestar, mas seu dono é gente fina. Mesmo sendo domingo, não deixa de levá-lo para passear, e toda manhã o escova até que não exista sequer um nó a embaraçar-lhe a pelagem dourada.
Mas, voltando ao noticiário. Moke nunca vai entender como os humanos tem paciência e estômago para assistir tanta notícia mentirosa, tanto político cínico contando a sua versão sobre fatos que até mesmo ele, um simples cão, percebe que é uma tremenda falácia.
Devagar sem muita disposição ele estica o pescoço e olha a tela da tv, no dia dedicado ao trabalho e ao trabalhador, o governo anúncia um reajuste no valor do bolsa família.
Moke suspira, e pensa: "Valha-me Deus, será que tem alguém nesse país capaz de considerar que esse governo realmente governa para o povo? sendo que mais de 11 milhões de pessoas estão desempregadas, o que adianta dar esmola, se o que o povo precisa é de trabalho? E para que isso aconteça, é preciso que a econômia saia desse abismo profundo, no qual foi parar, e volte a crescer. Desanimado com tanta hipocrisia, Moke volta a apreciar a vista e o gorjeio dos pássaros, pensando o quanto o mundo dos humanos é de um cinisco sem fim".
(Imagem: Lenapena)