O Mundo é De Papel
Encontrava-me assentado em minha sala assistindo a televisão.
Ouvi uma barulho de alguma coisa se rasgando e senti um vento
penetrar dentro da minha sala sem a janela estar aberta.
O que será agora está acontecendo?
Fiz a pergunta sentindo mais ainda o vento forte.
Olhei para o alto da parede da sala atrás da minhas costas.
O que vi me deixou com imenso assombro.
Toda a parede da sala transformara-se em papel.
Desliguei a televisão e decidi sair a rua.
O que vi primeiro lá fora era assombroso e inacreditável.
A rua inteira de ponta a ponta e todo os asfalto era agora
todo de papelão pardo.
Que coisa estranha!
Exclamei e vi uma agencia de caixa eletrônico sendo rasgada
por uma turma de jovens que abria com facilidade os caixas
cheios de dinheiro que haviam virado papel oficio e retiravam
montes do dinheiro ali depositado com facilidade.
Alguns policiais deram voz de prisão.
Quando os policiais foram dos jovens se aproximando a rua
de papelão pardo começou a afundar quando os guardas da
policia correram para perto dos jovens ladrões e perderam o
equilíbrio caindo todos deitados no chão de papelão pardo.
A seguir os jovens correram e levaram com eles tudo o que
eles juntos haviam retirado dos caixas eletrônicos.
Os policiais ficaram assim sem oferecer ação.
Até as casas e prédios haviam se transformado em papel.
Vi os carros e rádio patrulhas virando na mesma hora um
monte de papel fosco que paravam quando os motoristas
procuravam dirigi-los.Os carros perdiam qualquer ignição.
A gasolina deles vazava quando virava papel nos tanques
que não aguentavam segurar a substancia feita a gasolina.
Prédios inteiros se rasgavam com o peso de tanta gente.
Pessoas e objetos vinham tudo cair ao chão de papelão
que afundava quando tudo atingia o papelão pardo.
Percebi os postes transformados em toras de papelão.
a rede de fios elétricos virou fios enrolados feitos de papel.
Portanto o cobre cessou de enviar por eles eletricidade.
Tudo que funcionava a base de energia elétrica parou.
Havíamos voltado a França do século XVIII.
Teríamos que viver sem saber o que era luz.
Peguei dentro do bolso da camisa meu celular e verifiquei
que o visor dele se apagou.
O mundo inteiro agora é de papel.
As ruas, avenidas, rodovias, parques, suportavam o peso
de tudo porque cada coisa que não era um ser vivo havia
virado um monte de papel de cada tipo diferente.
Estou vendo a minha frente prédios inteiros virados papelão.
É na verdade uma estranha situação.
Cessou qualquer espécie de meio de comunicação.
Vi no céu um avião virar papelão e ele de repente veio cair
mais adiante e só não matou o piloto porque era grosso o
papelão que só ficou amassado.
O céu começou a ficar nublado e vi que uma tempestade
estava para desabar na terra transformada em papelão.
O pandemônio iria aumentar se viesse o temporal.
E de fato veio o temporal e as casas foram desabando.
As pessoas saiam do meio dos papeis molhados chorando
a perda de seus bens materiais. Elas davam mais valor aos
bens materiais do que as suas vidas.
Assentei-me depois de muito andar no meio fio do passeio
de papelão e um cachorro veio e lambeu-me o rosto que
estava molhado devido a chuva que agora caia fina.
Notei que a agua infiltrava no papelão.
As pessoas que estavam espalhadas pelas ruas da cidade
e da terra toda sabiam agora que deveriam viver em um
"Mundo de Papel".
BELO HORIZONTE. 25 DE ABRIL DE 2016
( JACQUES CALABIA LISBOA JCLIS )
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JACQUES CALABIA LISBÔA DUPONTTÉ
Enviado por JACQUES CALABIA LISBÔA DUPONTTÉ em 26/04/2016
Reeditado em 26/04/2016
Código do texto: T5616521
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