As Dragonas de Astaroth
Capítulo 1 – O começo do que está para começar
Há muito tempo, quando não havia tudo e nada. Haviam deuses, seres imateriais, que estavam mas não se encontravam no nada, aqueles que deram início ao mundo que hoje já pode não existir mais.
Haviam-se dois Deuses primários, A escuridão, aquilo que tornava tudo num só plano sem nada, como se fechássemos os olhos e nunca abríssemos, o Deus Morthius, sozinho por estar rodeado por tudo aquilo que era ele. Explorando o inexistente que existe. Sozinho na jornada sem fim por si, sentiu-se vazio, incapaz de nada e tudo, criou uma luz, Luxia, a Deusa da Luz, que assim, como seu primeiro ato de vida na onde não havia vida, criou as estrelas, vários pontos pela escuridão que se propagava ao infinito. Amava seu criador como um esposo, como se conheciam por várias eternidades, mas ainda sim se sentiam vazios, sem propósito, sem, vida.
Luxia brilhou como se nunca tivesse brilhado, uma ira vinha de si mesmo que transformou os pontos em esferas cintilantes, vermelhas e que radiavam sua luz, criando assim o fogo, Forgus. Era um Deus tomado pelas emoções, pela vida e pelo ódio, seu amor foi corrompido quando tentou tocar em seu outro irmão, Therrius, o Deus Terra. Criando do incriável, fez-se os planetas, primordiais de rocha e terra, sem nada, sempre sentindo o vazio, tudo que criava de criaturas pequenas morria em instantes por causa da escuridão e sua força impactante, surgiu-se dos fogos que ardiam nas estrelas, ventos do espaço, Vennentius, Deusa do Ar. Que andava tranquilamente pelos vales, cavernas, e buracos gigantes do seu irmão, segurando seu pai sempre para que não caísse em cima dos pequenos, mas mesmo que tenham conseguido respirar, ainda morriam depois de semanas, como se faltasse algo dentro deles que os incapacitava de continuar vivendo. Therrius chorou lágrimas que preencheram buracos, lagos, oceanos e quase se afogou na própria tristeza, até ver todos bebendo de seu lamento, vindo assim Áccuos, a deusa da Água. Porém, havia um problema, mesmo que se amassem, Therrius e Áccuos não poderiam se tocar para um amor. Pois a vontade de Therrius absorveria Áccuos, e a ferocidade de Vennentius espalharia Forgus até queimar todos os seres, de suas emoções, ódio, amor, medo, coragem, amargura e doçura de todos os deuses criaram Invergios, deus da Energia, anulando todos os sentimentos e emoções, entrou em uma meditação profunda e todas as energias fluíam e saíam de seu corpo, nunca criando nem destruindo, apenas transformando aquilo que deveria ser.
Luxia cuidava de todas as criaturas e as olhava sempre de longe, cansada de ficar ao lado do seu marido que sempre explorava aquilo que não existia ainda, obcecado pelo saber, arrancou um óvulo para deixar perto de seus filhos, gerando assim o poder de Forgus, o Calor, o poder de Therrius, o Magma, o poder de Vennentius, a Gravidade, o poder de Áccuos, as Moléculas. Morthius também sentia o zelo pelos filhos, arrancou um testículo, e assim gerando a Lua junto com Invergios criou a Harmonia. Toda vez que ocorresse de um transpassar o outro num Eclipse, havia a criação de uma nova fonte de vida. Inexplorada. O amor de Luxia era inquestionável, ela criava diversas criaturas, coisas que só poderiam sair de sua mente imortal, cuidava de todas até que poderia chegar até Morthius, que as guardava para sempre em seu cosmos. Transformados em Vida e Morte, gerada por um sobre-filho que tinha o papel de trazer um ao outro, o Tempo. Porém, a inveja de Invergios pulsou em Therrius, já que mesmo juntando todos os deuses, não possuía uma amada. Criando então um organismo que dominaria todos os Deuses mesmo que demorasse a eternidade de todos, os humanos. Antes de ser selado por sua insanidade, pulsou uma última vez. Com esse impulso ele selou um pouco dos deuses em sete selos, os selos mágicos dos elementos e várias criaturas que dependiam de sua Energia infinita.
Forgus brilhou Vermelho como a Ira,
Luxia brilhou Branca como Luxúria,
Morthius brilhou Roxo como Orgulho,
Áccuos brilhou Azul como Avareza,
Therrius brilhou Marrom como Gula,
Vennentius brilhou Verde como Preguiça,
Invergios brilhou Laranja como Inveja,
Assim todos se separaram, para se unir um dia quando necessário, olhando o universo infinitamente finito. Iniciando a calamidade que estava por vir.