Andorinha fez verão

Era uma vez uma andorinha

Que só queria viver (a sua verdade)

E ter livre escolha

Mas disseram-lhe

Que andorinha não faz verão

E que para tal

Ela precisaria de um "galo"

Ao seu lado

Para sentir-se plena e "protegida"

Mas como a andorinha

Não nasceu para ser "galinha"

Seguiu sua causa

Abraçando sua solidão

Em meio a muito sonho

E muito "chão"

Mas durante o caminho

Apaixonou-se por Calafate

Solitário pássaro

Que seguia em seu voo inigualável

Uma liberdade inquestionável

A cada encontro

Por céus de várias cores

Faziam o verão acontecer

Sem jaulas e presas

E nem gaiolas da certeza

Livres como vento

Andorinha e seu companheiro viviam

Seus mundos difusos

Não foram fronteiras

Para o verdadeiro sentimento

Andorinha deixando suas taças

Fez das asas seu (re)nascimento

Calafate com sua destreza

Entoava seu canto firme a cada voo

Proferindo fortaleza

Andorinha e Calafate

Deslumbramento mútuo em suas liberdades

Descobriram o êxtase do amor em toda a sua superioridade

Sem abandonar as suas verdades

Karla Barros
Enviado por Karla Barros em 05/01/2016
Código do texto: T5501485
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