Crônicas do Trono Abandonado - Capitulo 2

Capitulo 2: O Porto da Enseada - Comitiva Anã

Ondas espumantes por todos os lados, um abismo de azul. O mar num dia limpo ensolarado como este facilmente se confunde com o céu. Apesar dos poetas adorarem a confusão entre agua e ar, Agda o desprezava. O abismo de azul a entediava e o balanço a enjoava. Não era do seu gosto fazer viagens de navio, em uma carruagem pode-se ao menos observar os camponeses seguindo com suas rotinas normais, no mar só o balanço da água.

Seus aposentos eram grandes demais, talvez fosse por sua baixa estatura. Tudo deve parecer grande pra uma anã- pensou ao começar uma caminhada pelo quarto. Se dirigiu até sua escrivaninha, inúmeros documentos estavam espalhados. Neles estavam descritos vários assuntos a serem tratados pela comitiva na sua visita ao Reino de Aureum, todas desculpas usadas pra justificar essa missão diplomática que estava liderando.

Descobrir o que está havendo no reino, está era a sua verdadeira missão. Agda já estava acostumada à vida de diplomata, uma das poucas funções relevantes que uma mulher poderia realizar num reino anão. Sendo a filha mais nova do Ancião, Oleg Stalhorn, sua posição veio natural, afinal só assim ela poderia sair de Toppjarn. Mulheres são raras entre os anões sendo tratadas como uma mercadoria rara, o único meio de grandes casas continuarem sua linhagem. A vida feminina dentro do reino subterrâneo girava entorno de obter um bom pretendente, rotina que Agda não suportava.

Jogando alguns dos papeis de lado a anã alcançou um pequeno pedaço de rocha entalhada. Estes símbolos eram runas que ela mesma havia feito na pedra. Nesta pedra estavam as marcas de luz, ocupando a maior parte do objeto, e ar, em pequenos detalhes. Um aperto mais forte de sua parte fez o objeto começar a flutuar e emitir uma luz branca intensa. Runas era o melhor que os anões tinham em termos de mágica, não tendo nenhum tipo de colégio ou guilda de magos o uso de mana era usada somente pelos engenheiros utilizando runas para dar forma a energia.

Uma batida na porta dos seus aposentos, interrompeu a sua reflexão

- Entre!- Agda exclamou para a porta

Entra um dos homem que estão na sua guarda, para Agda seu rosto era indistinguível de qualquer outro dos seus homens, usava armadura apesar de estar completamente desarmado.

- Já estamos atracando milady.- disse o homem que parecia estar mais apavorado de falar com ela do que enfrentar um dragão.

-Obrigada, pode se retirar- Agda declarou com desprezo

Tendo arrumado alguns de seus bens pessoais em uma bolsa, o resto seria levado por seus servos. Saindo de sua cabine e entrando no convés a primeira pessoa que encontrou foi Cristan Goldensun. provavelmente o anão mais bem arrumado que vira. Cristan era um político de peso em Toppjarn tendo lugar permanente no Conselho.

- Bom dia minha senhora. Como foi a viagem?- O homem falou em um tom tão charmoso quanto um homem da política podia soar.

- Entediante. Imaginei que já estaria no porto a essa hora. - apertando mão e bajulando lordes pensou Agda

- Fiquei para fazer companhia a lady - Disse sorrindo

- O senhor não precisava.- disse Agda tentando ser educada- Tenho uma guarda para me proteger

- De fato - mudou seu tom para um cochicho, cheirando a intriga - O homem liderando sua guarda...

- Capitão Alek? Qual o problema? - as palavras de Cristan despertaram a insaciável curiosidade da anã.

- O homem foi condenado por matar seu superior... Não me sentiria confortável deixando Agda Stalhorn sozinha com tal monstro.

Era verdade ela mesma já havia ouvido este rumores. Como lhe contaram, ele matou seu capitão na batalha pelo vale gelado, ele teria sido perdoado após liderar seus homens numa emboscada que levou a captura de um forte, que havia sido tomado por bárbaros. Claramente um homem com habilidade para violência. Suportar a companhia de Cristan já não parecia tão ruim.

- Estarei honrada de ter sua companhia - falou Agda , ensaiando o seu melhor sorriso diplomático

- Em frente então!- O homem, feliz de ter sucedido em seus esquemas.

Podendo finalmente andar pelo convés Agda segue para o desembarque. Seguida por Cristan, Agda desembarca do grande navio por um pequena ponte de madeira com cordas como corrimão. A ponte de carvalho lustrado ao brilho acaba e dá começo a um cais velho. A madeira, maltratada pela exposição ao mar, já estava preta gostas pingavam do teto da gruta que estava permeado de estalactites. O porto era escuro, apenas iluminados por tochas as únicas almas presente eram marujos na distancia e sua guarda esperando sue chegada. Alek resmungou uma saudação:

- Milady demorou para chegar- Apesar de Alek ser um anão tinha tamanho próximo de um homem e braços do tamanho de um urso.

- Com pressa mestre Alek? - Odessos falou usando a voz mascarada da diplomata

- Desculpa milady, mas se a senhora odiasse tanto essa maldita coisas como eu, também teria pressas de sair deste troço. Minhas entranhas não combinam com a agua salgada.

- Então...- Cristan se intrometeu- vamos andando

Acompanhada agora por Alek e Cristan, Agda liderou a comitiva. Passando por marujos locais com estranhos olhares. Antes que fosse possível, esquecer a troca de olhar que havia recebido, um grito estridente ecoou pela cova. Um dos guardas que acompanhava estava no chão arpão alojado nas costas.

Agora conseguia ver o que havia de errado nos marujos, seu olhos cinzas, sua pele azulada, inchada, coberta de moluscos. eles surgiam de todos os lugares agora, janelas, portas, e da água atacando tudo em seu caminho. Alek brandiu seu poderoso machado, atacando com fúria os monstros, protegendo seus homens. Cristan agora com espada em mãos a empurrava para longe da ação.

- Temos que achar um lugar seguro!- O, agora descabelo ,Cristan gritava repetidamente.

Seguindo Cristan, Agda correu. Sem olhar pra trás. Sem olhar para o homem que mais cedo ela havia ignorado,e agora estava empalado por um arpão.

EM CONSTRUÇÃO

DropnRoll
Enviado por DropnRoll em 12/12/2015
Reeditado em 13/12/2015
Código do texto: T5478236
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