Nem um homem sobrevive sem amor
Em torno da cidade haviam algumas Fazendas uma pertencia ao senhor Ludovico; - outra ao senhor Fabiano Lucena; vamos até a Fazenda do senhor Ludovico, vamos ficar a distancia, por que como eu disse, ele é meio esquisito;
é ali aquela casa grande com alpendre de madeira torneada, e envernizado; a casa tem oito quartos, sala, copa e cozinha; pintada em branco gelo. toda madeira usada ali é peroba do campo, ou cedro. Só foi usado madeira nobre para a construção.
Você pode notar que o assoalho fica a uma altura que dá para entrar um cavaleiro montado. A escada tem um declive suave; pena que o dono não é nada agradável.
A Fazenda do senhor Fabiano Lucena, também é alta e construída com muito bom gosto, e um pouco maior, esta é pintada em tom areia ;
Só que lá fomos convidados a entrar e tomar um café com bolo de mandioca.
Aqueles dois Homens Viviam em guerra; Ludovico era um sujeito muito estranho, ele não se relacionava bem com ninguém, não só com o seu confrontante de terras, como com seus serviçais, e as outras pessoas
Ludovico era um homem que achava o amor era uma bobagem; ele achava que o ser humano só fazia alguma coisa, por interesse; por que ele era assim! Ludovico não gostava que dona Gabriela sua esposa, falasse de amor com ele; esse homem tachava a palavra amor como frescura, e ato de amor como o caminho para conseguir alguma coisa; e assim ele vivia ou pensava que era vida, estranho na forma como encarava as coisas do coração.
Se alguém dissesse que ama seus filhos, ele dizia filhos não precisam de amor, eles precisa de comida e roupa, remédio quando está doente; dona Clarice falou com ele: - você ama seus filhos, não quer admitir; ele continuou: - isso é uma grande besteira ai entrou dona rute e disse se não ama, por que se preocupa? E amou também a mãe deles
As senhoras estão me irritando; quando Gabriela fala que eu a amei um dia, eu dou-lhe uns tabefes.
Regina que estava perto perguntou: - e por que casou-se com ela? Por que homem não é como bicho que acasala sem essas idiotice; foi por isso que casei. Reginaldo quietinho no seu canto, mas resolveu entrar na conversa: - quer dizer que o senhor só se casou para fazer filhos? Sim, você conhece outra forma para preservação da espesse? Essa não, disse Carlos, um outro que também ouvia aquele disparate;
Este homem seus empregados na fazenda, sofriam com suas atitudes impiedosas; seu Jonas conta, que um dia sua mulher passou mal para ter um filho, o senhor Ludovico não deixou ele sair para buscar a parteira ele disse que se ela quisesse ter o filho, que fosse até a casa da parteira; senhor Jonas disse que teve medo de sair, e o senhor Ludovico agir com violência contra ele, por que lá na fazenda todos tinham medo, por que ele seria diferente?
O neném nasceu e goza de boa saúde
Poucos dias depois ele cavalgava pelas divisas, e viu um rapaz sentado naquele tronco de peroba rosa que ele mesmo tinha mandado cortar, porque fazia sombra para o lado do vizinho e os animais do outro fazendeiro, ficavam ali se refrescando; e o filho do outro fazendeiro, estava sentado ali enquanto seu cavalo descansava e pastava naquela moita de capim gordura ele gritou o que faz aqui? O jovem disse o senhor não está vendo? Ludovico não perdeu tempo pegou o chicote e deu uma coça no rapaz que o deixou caído.
Seguiu seu caminho e o pobre rapaz ficou todo machucado la no meio do mato quando o pai descobriu, mandou tocaiar o miserável e matar, mas como ele sempre corria as divisas ficaram esperando veio ele e mais dois capangas mas não esperava pela emboscada quando venham chegando os homens do pai do rapaz começaram atirar mataram os capangas, e ele amararam e foram puxando com o cavalo levou até a fazenda, e o fazendeiro Fabiano Lucena falou: - você não sabe o que você fez, você não sabe quanto eu amo meu filho, se fizesse comigo, eu mandava te matar logo, mas pelo amor que tenho pelo meu filho, você vai sofrer bastante antes de morrer.
Foram arrastando até ele parar de gemer acharam que estava morto, pegaram-no e jogaram despenhadeiro abaixo; lá ele ficou inerte; mas como ele precisava conhecer o amor, ele não morreu ficou em uma posição, que o senhor Romeu vindo com sua esposa
Camile avistou ao longe e disse: - é uma pessoa que está caída no despenhadeiro; ele ficou ali, e pediu que a senhora camile, assumisse a direção e fosse até a delegacia comunicar ao delegado; em seguida veio e mandou tirá-lo de lá e levar para o hospital.
Ele havia levado um tiro, certamente para poderem pega-lo o mais era arranhões e costelas quebradas muitas escoriações pelo corpo; Romeu pagou toda despesa inicial, e falou para ele, que se precisasse de mais alguma coisa poderia mandar procurá-lo
Ele chamou Romeu e perguntou por que está fazendo isto Romeu disse: - eu faria por qualquer pessoa. Ele perguntou: - o senhor é algum samaritano? Romeu disse: - não, eu amo as pessoas; a medida que eu puder ajudar eu as ajudo sem interesse
O senhor Ludovico disse eu duvido que não esteja interessado em alguma coisa; Romeu disse: - eu vou sair daqui, que seu modo de ver as pessoas está me dando nojo; parece até que não é deste planeta! Á moço eu sou assim mesmo, eu fui criado assim, quando eu era pequeno, de tanto minha mãe pedir meu pai deixou que eu fosse a escola, e lá a professora ensinava essas coisas, mas a primeira vez que esbarrei em um senhor e pedi desculpas meu pai me deu uma surra e disse que se ouvisse eu pedir desculpa a alguém que ia me tirar daquela maldita escola que faz os garotos virar mocinha pedindo desculpinha; outro dia eu ganhei uma bola e falei obrigado, foi a gota d água ele nunca mais deixou que eu pisasse na porta da escola, na opinião de meu pai, se agradece quando se pede e que eu não ia precisar pedir nunca.
E hoje eu percebo que meu pai estava totalmente errado com essa atitude e eu também eu gostaria que meu pai passasse pelo que eu passei, para que ele percebesse como é difícil perceber quanto as pessoas se esforçam para ser gentis com agente mesmo sabendo que vivemos em um mundo completamente diferente do mundo que eles vivem depois do que me aconteceu
Eu descobri que meu pai criou um mundo diferente para mim e é por isto que eu digo ele deveria ter passado por uma experiência dessa para aprender e poder me colocar no mundo onde pessoas como vocês vivem. Mas eu não tenho mas jeito de me enquadrar nesse sistema agora meu filhos estão pequenos ainda podem viver civilizadamente.
Agora que meu pai já morreu, eu posso sair por ai tentando rir para as pessoas e pedindo desculpas; mas tenho uma preocupação: - e se elas não quiserem me desculpar? Romeu educadamente diz: - o senhor não precisa fazer isso, basta que faça as coisas de forma que não precise pedir desculpas, como por exemplo tratar educada mente, quando pedirem ajuda, não será obrigado a ajudar mas se puder, ajude; e se por ventura receber algum tipo de ajuda, agradeça, não custa nada, procure agradar, não ofender, e mesmo sem querer, se ofende desagrada nem sempre se faz por vontade, mas se precisar, peça desculpas! O que passou deixa, só de verem a sua mudança, já se sentirão bem; mesmo aqueles a quem deve desculpas;
Acho que você perdia seu tempo falando com aquele homem disse – camile – eu nunca vi pessoa tão estranha; é verdade disse - Romeu - ele é muito estranho, mas pelo visto o pai dele era pior; ele pode consertar por que a pessoa é aquilo que ela quer ser; e ele parece que está arrependido do tempo em que viveu assim.
Um ano depois do lamentável incidente.
Encontrei o senhor Irineu, que trabalha na fazenda do Ludovico e perguntei: - como vão as coisas lá na fazenda cedro rosa seu
Irineu? A vai muito bem doutor, o patrão está tão bom que não dá nem para reconhecê-lo ele reuniu todos os empregados e falou – vocês que trabalham aqui na fazenda a mais de cinco anos, vão ter um pedaço de terra para plantar de meia. E os de menos tempo, vão continuar do mesmo jeito até chegar sua vez.
Seu madruga já está velho, vai tomar conta da venda, e ninguém vai mais comprar no caderno; ai o Tone que é afobado como que,
Perguntou uai sô, e o que a gente vai comer? Calmo sujeito, ele
Respondeu – eu vou pagar o ordenado de vocês em dinheiro e vocês vão poder comprar onde quiser, até no mercado do Furgenso. Ai foi eu que perguntei: - ele não seu inimigo patrão? A se quiser ser que seja! Eu não quero saber de picuinha com ninguém. Daqui por diante só quero paz
Fabiano Lucena era um fazendeiro que apesar de ter suas horas para fazer algumas maldades, ele tinha atitudes normais; só que não acreditava que o Ludovico teria mudado tanto, só pode ser por medo de levar outra como aquela. Eles se encontraram e o Ludovico procurou passar por ele sem problema, mas o outro ali no meio de varias pessoas, ele quis aparecer; deu uma gargalhada, e disse para o zé do facão tem gente que precisa levar uma surra para se consertar Ludovico puxou a rede virou o
Cavalo e disse: - eu sabia que alguém ia me dizer alguma gracinha eu mudei realmente, mas não deixei de ser homem tirou a arma, quando zé do facão levou a mão para puxar, ele deu o primeiro tiro no peito ele caiu, é patrão agora ´somos nós
O que tem agora para me dizer o fazendeiro sozinho não se garantia; Zé do facão caído; ele disse eu só estava brincando
Eu também, disse - Ludovico – eu também só estava brincando,
Agora começo a falar sério; diz ai o que tem a dizer que possa me humilhar; - fala desgraçado! Deu um tiro na perna ele caiu do cavalo, para tentar puxar sua arma. Ludovico deixou quando puxou ele atirou de novo na mão que segurava a arma; outro no joelho; - me mata logo pediu – Lucena; não. Eu sofri muito, e você vai sofrer um pouco menos, porque eu não o deixarei vivo.isso aconteceu na frente do armazém do zanette.
Zé do facão estava caído ali naquele chão encima daquelas pedrinhas miúdas e o fazendeiro caído para o lado esquerdo sem poder se mover, mas não morreu; Ludovico disse que ele não ia sofrer tanto quanto ele, por que seria morto, mas dona caterina mulher de do don do armazém mandou avisar o delegado que veio imediato não dando tempo do fazendeiro morrer Ludovico se retirou ao presenciar a chegada da policia; levaram o homem para o hospital Zé do facão não resistiu e faleceu; o fazendeiro
Foi tratado com todo cuidado mas uma das balas não pode ser extraída ficando alojada entre duas vértebras da coluna, que o fez perder os movimentos tornou-se um paraplégico.
Isso é que é sofrimento nem se compara com o de Ludovico; ele foi intimado e na presença do delegado, e de seu advogado disse que está procurando mudar sua maneira de ser, que sabe não era correta, mas não deixou por isso de ser homem.
E assim continua Ludovico procurando melhorar mais e mais; e o Lucena empurrando sua cadeira de rodas; Zé do facão ganhou esse nome por usar o facão para intimidar as outras pessoas. Esse morreu mesmo.
obrigado por
ler; abraço leitor