A Verdadeira Mitologia Cap 1 - Loki

Loki não gostava de ser acordado, mas a voz de seu amor nunca o irritava.

- Ei meu príncipe acorde, recebemos uma carta de Odin, temos uma missão a cumprir, disse Lili, a minha amada.

Loki levantou, e em um estalar de dedos, literalmente um estalar de dedos, seu traje apareceu em seu corpo, sua armadura dourada com parte de esmeralda, seu capacete dourado com chifres semelhantes ao de um bode, e virou – se para Lili, - Eu não tenho nenhuma missão, principalmente uma a mando de Odin.

- Loki eu sei de seu ódio por Odin, assim como você eu também fui tratada mal por Odin e por todos os Asgardianos – a forma com que ela pronunciou aquela palavra me fez lembrar Odin. Mesmo existindo várias raças de deuses nunca pronunciamos as mesmas, pois pode gerar discórdia. – Mas não sou burra, Asgard está prestes a entrar em guerra, e a nossa missão vai ser uma peça fundamental para trazermos a vitória ao nosso reino, e o rei dos Asgardianos nos prometeu... – Basta. – Mas Loki, nós vamos poder... – EU DISSE BASTA.

O quarto ficou em um silêncio tão perturbador que Loki não aguentou e se aprontou para ir treinar, mas algo chamou sua atenção, Lili estava quieta olhando para uma foto, e eu finalmente entendi o que estava acontecendo – Ei Lili, eu vou trazê-los de volta, e eu juro que farei Odin pagar por ter aprisionado os nossos filhos, e eu juro que... Lili se levantou com uma expressão tão estranha que me fez ficar sem fala, ela realmente estava irritada. Parecia que ela cogitava me matar, na verdade, acho que estava prestes a fazer isso. De repente quando eu estava preso nos meus pensamentos uma adaga prateada passou de raspão pela minha orelha, deixando um pequeno corte, que acertou uma maça em um fruteiro em cima da mesa. Por um breve período Lili deu um sorriso vanglorioso, mas acabou se tornando naquela expressão assustadora de antes.

Lili bateu seus braceletes mágicos formando um “X” e um brilho branco tão grandioso que parecia que Apollo estava prestes a explodir a minha casa, quando a luminosidade diminuiu Lili já estava com sua armadura completa, com uma áurea de determinação tão forte como o majestoso brilho de seus braceletes.

Mesmo Loki sendo um deus grande ficou sem reação com o fato de Lili ter mudado tão rapidamente, e principalmente, de forma tão extraordinária deixando de ser apenas aquela mulher bela e doce por quem Loki se apaixonou.

- Assim como você estou decidida do que vou fazer – Lili foi em direção ao fruteiro, pegou sua adaga e a maça que mesmo com um pouco do líquido amarelo chamado Ícor, sangue dos deuses, de Loki aparentava estar muito deliciosa. Depois de uma boa mordida Lili abriu a porta e olhou na direção de Loki, – Essa vai ser a última chamada meu herói, você sabe que os nossos soldados irão me seguir, afinal estamos cansados de sermos tratados como os inimigos, e Odin propôs acabar com isso, caso consigamos concluir a missão. Normalmente se qualquer outro tivesse desafiado Loki assim como Lili já teria sido assassinado pelo deus da travessura, mas ele não conseguia causar mal à sua amada.

Loki respirou fundo. – Convoque os generais, precisamos tomar uma decisão urgentemente, mas que fique bem claro eu não ligo se Asgard está precisa de nós eu só quero a sua felicidade – Lili correu em direção de Loki e o beijou. Depois que Lili retornou a sua postura de durona, ela seguiu para fora da cabana.

Lili entrou chutando a porta animada assustando Loki justamente quando ele estava ensaiando o seu discurso – Todos estão prontos. Demorou pouco para Loki perceber porque Lili estava tão entusiasmada, quando ela disse “Todos” ela quis dizer TODOS, o acampamento inteiro estava vestido para entrar a batalha, quando Loki saiu de sua cabana todos exceto Lili ajoelharam, e assim ficaram até que Loki gesticulasse para que eles se levantassem. E todos ficaram em silêncio até que Loki gritou de forma autoritária – TRAVESSOS, mesmo eu sendo o líder de vocês eu não posso escolher algo sem consulta-los, os Titãs e os gigantes estão se unindo para derrubar Asgard, e Odin, o rei dos Asgardianos, nos mandou uma carta pedindo a nossa ajuda, e então eu pergunto para vocês, devemos ajudar o reino que sempre nos tratou como monstros, ou ajudar aqueles que querem a destruição dos nossos inimigos? – Todos começaram a bater suas lanças em seus escudos.

- Devemos destruir Asgard – Disse um arqueiro.

- Odin deve pagar – Disse um soldado.

Lili fez uma cara de surpresa, e fez uma cara de chateada e correu em direção ao estabulo, alguns soldados seguiram-na, Loki tentou acompanha-la – Ei Lili, me espere, você precisa entender- mas os soldados animados com a batalha que iriam participar impediram sua passagem, e ergueram Loki enquanto gritavam “Rei de Asgard” Loki ficou tão feliz que esqueceu Lili, mas quando se lembrou, ela e seus seguidores já estavam longe demais do acampamento, quando botaram o deus da travessura no chão ele disse – TRAVESSOS, durmam, pois nossa jornada vai ser longa.

Deitado em sua cama Loki não conseguiu cumprir suas próprias ordens, a falta de Lili causava sua insônia, não saber se sua amada estava segura superava a raiva que sentia por ela ter abandonado o acampamento. Loki levantou se e foi para fora de sua cabana. O acampamento dos travessos estaria completamente em silêncio senão fosse pelo som das fogueiras e dos roncos de alguns soldados. Loki foi em direção ao estabulo onde encontrou seu filho Sleipnir, o lendário corcel roxo de oito patas que Loki havia gerado para dar de presente para Odin que logo depois ao se rebelar contra Asgard o deus da travessura trouxe seu filho para o seu lado. Sleipnir é o cavalo mais rápido eu poderia encontrar Lili facilmente, mas meu exército não irá me perdoar e mesmo se eu a encontrasse ela está me odiando. Loki começou a subir no corcel de oito patas ignorando seus pensamentos, mas foi impedido por seu general Skull, um soldado esqueleto que foi presente de Ares por Loki tê-lo ajudado em uma batalha contra Atena, mesmo com uma roupa de dormir Skull ainda seria capaz de transmitir medo para seus inimigos, - Mestre Loki, creio que o senhor veio aqui fora apenas para tomar um ar, ou o senhor está pensando em fugir? . Loki sempre confiou em Skull, afinal os dois sempre estiveram lado a lado nas batalhas. Loki se afastou de Sleipnir e percebeu que estava sendo egoísta. Eu sou um líder, e preciso agir como tal. – Como sempre você me ajudando Skull, obrigado – disse Loki enquanto dava um tapinha amigável em Skull que estranhou a ação do deus da travessura – Não a de que mestre Loki, mas recomendo o senhor ir dormir, afinal nossa jornada vai ser longa.

No inicio do sonho Loki se viu em um casebre no meio de uma floresta colorida com pássaros a cantarolar e o som de uma cachoeira saindo pela parte de trás de seu casebre. Loki avistou Lili e então correu para abraça-la enquanto estava seguro nos braços de sua amada, Loki observou pela janela seus dois filhos, Vali e Nari batalhando com suas espadas de madeira imitando bravos guerreiros. Vali por ser mais ágil conseguia desviar e atacar Nari com mais facilidade, porém Nari era mais forte e quando conseguia acertar seu irmão era claro que Vali ficava abalado com o impacto. Loki saiu correndo de casa animado e abraçou seus dois filhos gêmeos, mas de repente o sonho de Loki ficou turvo e tudo se transformou em uma escuridão. Quando a luz retornou Loki não estava mais em seu casebre, mas que ele não conseguiu identificar com facilidade devido a uma luz que estava cegando-o. Quando sua visão voltou ao normal, Loki estava novamente seu casebre, só que todas as coisas belas que lá estava haviam desaparecido, a floresta colorida foi tomada por flores negras, os pássaros que cantarolavam agora viraram corvos esqueléticos que berravam a procura de uma carne, Loki estava em seu quarto que por sinal estava todo destruído com a cama de cabeça para baixo o armário todo quebrado, e a janela atrás da cama quebrada podendo ver onde ficava a cachoeira que ele ouvia em seu sono mais cedo, só que agora essa cachoeira era feita de lava pronta para queimar qualquer coisa. Loki saiu do quarto e seguiu por um corredor repleto de quadros com fotos de massacres e de crianças mortas, ao chegar ao fim do corredor Loki desceu uma escada que levou direto para cozinha onde Lili estava, mas não era a Lili por quem Loki é perdidamente apaixonado, Lili estava com um tom de pele cinza, vestida com toda a sua armadura e sua adaga em mão, ao se aproximar Loki acabou esbarrando em uma cadeira fazendo com que Lili partisse para cima do deus da travessura. Loki conseguiu facilmente desarmar a sua amada, mas que por sua vez mesmo sem armas não desistiu de ataca-lo. Loki chutou-a para longe, mas rapidamente ela se levantou, jogou uma cadeira nele e correu para desligar o gerador de energia, Loki tentou atrapalhar arremessando uma boleadeira de ferro que se prendeu nas pernas de Lili fazendo com que ela caísse no chão, mas conseguindo deixar todo o casebre em completa escuridão. Uma voz arrastada estava dentro de sua cabeça. Não importa o que você faça deus travesso, a guerra já está definida e vocês deuses vão perder.

- Eu não estou do lado dos deuses, eu irei me unir a Cronos para derrotar aqueles deuses idiotas que tanto me trataram mal – Mesmo com medo Loki conseguiu se acalmar e falar de forma tranquila.

Pensa que sou tola? Eu já sei o que você planeja fazer. Seu orgulho e audácia foi sua fraqueza. Eu capturei sua amada e seus filhos, você nunca mais os verá.

- Quem é você? – disse Loki não conseguindo mais controlar seu medo - Deixe Lili e meus filhos em paz, ou você irá pagar.

Eu sou aquela que não pode ser derrotada. Loki não conseguia se mexer, parecia que o chão estava fazendo-o de prisioneiro. Sou aquela que está em todos os lugares. De repente o chão começou a sugar Loki para dentro deixando apenas sua cabeça e seus braços de fora. Sou o pesadelo de todos os deuses. Agora Loki estava soterrado sem conseguir respirar, quanto mais se mexia tentando subir mais afundava e mais ficava sem ar. Como eu disse deus travesso não tem como você me nem ninguém me vencer. A falta de ar fazia com que a sensação que Loki estava tendo era de que sua cabeça estava prestes explodir, foi então que o deus da travessura desistiu de lutar, e se entregou ao solo. Foi então que a voz disse: EU SOU A TERRA, EU SOU GAIA.

Gabe Monteiro
Enviado por Gabe Monteiro em 28/08/2015
Código do texto: T5362004
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