O Necromante - Batalha da mina PT2 -
Apresento a vocês a segunda parte da batalha entre os três caçadores orcs, encurralados em uma mina por um bando criaturas selvagens.
Esse conto faz parte do livro que venho trabalhando, "O Necromante".
Peço para que comentem, se possível, críticas e sugestões são muito bem vindas.
Deixo aqui adiantada as desculpas pelos persistentes erros.
Boa leitura.
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As criaturas avançavam, a primeira que pisou na lama deu um grito agonizante, quando a lama a sugou para baixo, em dois segundos as três que vinham a frente, estavam presas na lama fervente, gritavam mais de raiva do que de dor. Mas atrás vinham as sobreviventes da explosão, uma sem o braço direito e a outra chamuscada, mas inteira. Dentro da lama as criaturas afundaram ate o peito, tentavam manter o ritmo de avanço mas, aparentemente, não tinham apoio sólido debaixo daquele pequeno lamaçal. Ghan-tak terminou sua prece, na ponta de sua flecha havia agora uma pequena chama laranja, ele esticou a corda com toda sua força mirou e soltou, sua flecha ia deixando faiscas no ar, passou sobre o que seria o ombro esquerdo da caveira, que continuava a investida, e atingiu uma das criaturas um pouco abaixo do pescoço, matando-a . A ponta flecha ainda queimava quando apareceu do outro lado do pescoço do selvagen, porem quando tocou a lama negra, apagou.
- Que as sombras te abandonem U-bra. Porque não pegou fogo? - Ghan perguntou decepcionado, irado. Estava pronto para atirar, mas, ao invez disso, olhava para U-bra.
- É... Desculpa. - Ela respondeu, embaraçosa e ficando um pouco vermelha.
Seu feitiço era mal feito por isso não queimara, se ela tivesse praticado mais sua magia sairia perfeita, mais funda e inflamável.
- Mantenham o foco. - Snall disse áspero.
Parecia estar esperando o fogo também, porem não reclamou, soltou sua flecha e matou mais um dos que estavam na lama, Ghan soltara a sua flecha também e acertara o outro na cabeça.
As duas criaturas que sobrou alcançaram a lama, estavam descendo uma atrás da outra, em ziguezague, rápidas e ao perceberem os companheiros atolados ate o peito e mortos, não pisaram na poça. Na borda, sem perder a velocidade, deram um salto, passando por toda extensão do lamaçal sem esforço, uma oportunidade perfeita para os arqueiros atirarem, porem o esqueleto estava na frente agora. Assim que ambas tocaram o chão, o soldado de U-bra bloqueava o caminho.
Snall e Ghan tinham flechas prontas, mas não conseguiam atirar. A ação acontecia mais perto deles agora. A primeira criatura que tocou o chão já investia contra o esqueleto, deu um salto em direção ao crânio, porem o soldado que estava no meio da corrida se abaixou, escorregando sua perna direita para frente, ficando abaixado, de lado, sob o seu inimigo, levantou a espada, em um movimento muito rápido e forte de estocada, atingiu a criatura no meio do vôo, na barriga, atravessando a carne pegajosa e os ossos, banhando-se em sangue, seus ossos que eram branco ficaram, a maior parte, pretos com o sangue do animal. A ponta da espada atingira uma das vigas de madeira que sustentava a mina e ficou presa, o esqueleto parecia ter feito te propósito, pois logo largou a espada com a criatura pendurada, aos berros, sacudindo os pés, e com as mãos no cabo da espada tentando se livrar. O guerreiro esquelético fazia um som assustador a cada movimento, meio grito meio urro. A última criatura estava muito próxima, o guerreiro fez seu movimento de ataque, se apoiou no pé direito, girando para esquerda com o braço esquerdo esticado para frente, com a intenção de soca-la com as costas da mão. A criatura saltou para frente, mergulhou sobre o guerreiro, em direção a suas costelas, e usando sua mão, a única que sobrara, golpeou a mão da caveira, que iria atingi-la, estraçalhando seus ossos com as garras afiadas, deixando o osso do antebraço quebrado. A caveira deu um urro de agonia, o selvagem a atingirá também com seu peso, derrubando-a, ambos rolaram para tras um sobre o outro, o esqueleto terminou por cima do inimigo, e rapidamente agarrou seu pescoço usando a mão direita, estava apertando com muita força e encarava-o com os buraco negro no lugar dos olhos, a criatura tentou reagir, lavando a mão para golpear, mas antes disso o esqueleto usou seu antebraço recém quebrado como arma, o enfiando dentro do olho esquerdo do animal, dando um grito cruel, o golpe foi tão selvagem que quase atravessou pela nuca. Tudo que a criatura pode fazer de reação foi soltar um último grito de dor.
Os Orcs assistiram toda a cena com sua armas na mão, prontos para atacar. Suas expressões era de espanto, ate mesmo U-bra parecia surpresa, nunca vira nenhum de seus espíritos lutarem tão bem e com tanta selvageria. A frente deles havia uma criatura com a espada atravessada na barriga pendurada no teto, outra no chão de barriga para cima, com uma poça de sangue no lugar que estava seu olho esquerdo, e ao lado do corpo, uma caveira banhada em sangue negro, exalando uma áurea escura, com o antebraço cheio de vestígios de cérebro e tecidos, ate a altura do cotovelo, olhando-os com seus olhos assustadores. Snall se levantou, guardava sua flecha que estava a mão, Ghan fazia o mesmo. Quando um estrondo assustou eles, o corpo que estava preso na espada caiu, a pele cedeu a pressão do cabo. A espada continuava fincada na viga, a caveira foi ate ela, segurou seu cabo e fez força para tira-la de lá, conseguiu, virou-se para os Orcs, com a espada toda ensanguentada, da ponta ao cabo na mão e começou a caminhar ate eles, Ghan já sacara de novo sua flecha, a caveira ignorou, foi caminhando, Snall olhava pra U-bra e para o espírito, parecia querer checar que ela ainda mantinha o controle sobre ele. Mas isso não é uma coisa visível. U-bra olhava a caveira, com admiração, jamais pensara ser capaz de invocar um espírito assim, logo no primeiro nivel de treinamento. A caveira passou pelos arqueiros, ignorando-os, parou em frente a U-bra, ofereceu-lhe o cabo da espada, ela pegou, estava pegajoso, ela ignorou e devolveu a espada para seu lugar, na bainha a sua direita, ela fez um gesto de agradecimento com a cabeça, murmurou alguma coisa e, derrepente os ossos voltaram a ser apenas ossos. A sombra se foi, se dissolveu no ar, e os ossos caíram uns sobre os outros, voltando a ser apenas ossos, agora, inúteis.