RETRATO DE DEUS

Em uma aula de artes para crianças, a professora perguntou a uma menina o que ela iria desenhar e ela disse que iria desenhar o retrato de Deus. A professora perguntou se ela tinha visto Deus e como iria desenhar o retrato de Deus? A menina respondeu que nunca tinha visto, mas que iria ver agora.

O desenho, claro, ficou lindo, cheio de emoção e de Deus no coração. Gostaria de ter visto.

Quando crianças somos todos artistas. Muitos perdem esse dom quando crescem, seja por não se interessarem mais, por vergonha, por até esquecerem como se desenha uma árvore, como se dança, como se canta ou como se escreve uma poesia.

O desenho da criança é lindo, natural, cheio de histórias nascidas de sua fantasia e criatividade, sem o mínimo receio de não agradar. E é proibido colocar defeito, criticar ou corrigir as artes infantis, pois elas são perfeitas na sua imaginação infantil artística.

Hoje se aceita qualquer coisa que transforme seus sentimentos, em arte. Uma grande vantagem vanguardista.

Levar a arte para a vida, criar, fazer fluir a imaginação, liberar as luzes que se encontram presas dentro do lado bom do ser humano. Voltar a sentir como criança, seja na dança, na música, na pintura, na escrita, na escultura, na arte de representar e ser livre na arte de viver.

Ver Deus, desenhar Deus, cantar Deus, dançar Deus, poesiar Deus, sentir-se um Deus.

Assim é a arte que nasce da educação pela vida, que transforma a existência a ser arte, mente, corpo e alma em vida.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 11/07/2015
Reeditado em 14/07/2015
Código do texto: T5307810
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