O Mergulho

Ele fechou os olhos e mergulhou. E a cada respiro sentia estar mais perto daquilo que sempre buscou, em seus elevados picos de consciência, em seu jeito de tratar o mundo. Quando conversava olhava atentamente, conseguia ver o fogo nos olhos que todos têm, mas ele admirava com quem via uma obra de arte.

Continuou a respirar, o ar entrava por seus pulmões e a cada inspiração conseguia ir mais fundo Seus músculos nunca estiveram tão soltos, seu corpo enfim estava leve e as sensações eram extremas. As memórias foram se perdendo, mas ele continuava a saber quem era.

Enfim uma energia confortável o fez parar. Mãos o puxaram pelos braços, havia um perfume no ar. Abrindo os olhos, não fazia sentindo algum, mas fazia sentido sentir, era a compreensão que interessava. A beleza, a pureza, o silêncio a sensação de que já esteve ali, ele estava preenchido de tal bem-estar. Era todo e o antes, esses já não mais existia, talvez não tenha existido, o agora era o essencial.