Benjamin
Ele não estava entre os mais quistos, por isso se sentia sempre desprezado. Talvez deslocado, fosse o termo mais apropriado, que mais se encaixasse com ele.
Benjamin, fazia terapia. O que para alguns era a contestação de que aquele garoto não batia bem da cabeça. Anos mais tarde, em uma sessão, descobriu que as pressões que sofria eram infundadas e partiam de pessoas que o invejavam de certa forma. Elas viam algum potencial nele, que não tinham, e se beneficiavam de sua inocência.
Sendo assim, ele decidiu que dedicaria sua vida para 'salvar' os desafortunados como ele. Benjamin se sentia acuado e muito perturbado. Era muita pressão para ele. Querendo se desvencilhar e talvez até se desligar das coisas ao seu redor, ele decidiu elevar seus pensamentos, de forma que ele pudesse esquecer, mesmo que provisoriamente, um pouco da sua realidade. Com isso, ele acabou desenvolvendo sem saber e perceber um poder mediúnico [acho que podemos chamar assim...].
Certo dia, caminhando pelas ruas da cidade, Ben viu alguns meninos importunarem um outro menino, então se pegou desejando fortemente em sua mente que aqueles perturbadores deixassem aquele pobre rapaz em paz. De repente, vendo que a situação havia sido apaziguada e o volume dispersado, Ben se sentiu aliviado, mesmo sem entender o que aconteceu, preferiu continuar no anonimato.
Pensando mais tarde no que aqueles bossais mereciam, isso era seu praxe, imaginar como puniria as "más ações", se habilidades físicas tivesse, ele ficou estasiado como as coisas aconteceram e como aquilo que desejou aconteceu instantaneamente. Talvez fosse Deus ou a força dos seus pensamentos, mas toda a fantasia de ter um poder mental, era tudo o que ele mais gostaria de ter, já que habilidades físicas não eram o seu forte.
Alguns podem dizer que ele é um bom homem, um homem de fé. Outros que apenas tem um bom coração, mas reconhecer o que nem mesmo ele reconhece, fez apenas com que ele se tornasse um homem melhor do que qualquer outro.
Enquanto esta estória é transcrita, lágrimas escorrem no canto dos olhos, pelo rosto do autor que vos escreve. Talvez sejam apenas o reflexo do cansaço da jornada diária.