A vingança das rosas
 
N
um país longínquo, havia um castelo muito antigo e misterioso, habitado pelas cinco Deusas das Rosas, assim chamadas, por cultivarem belas e brilhantes rosas vermelhas no majestoso jardim. Nos arredores, haviam muitas mulheres possuídas de inveja, pela beleza dessas flores e das deusas que as cuidavam com dedicado esmero.
As rosas carmesins tinham um dom peculiar: a de tornar cada vez mais belas todas as mulheres que a
tratassem com carinho e, se alguém as maltratasse, se transformariam em bruxas envelhecidas e aterrorizantes,
sendo sugadas por elas e depois lançadas ao chão, fadadas asono eterno.                                          
Mas as vizinhas sarcásticas e incrédulas, sondavam o maravilhoso jardim, na ânsia de roubarem as rosas para que se tornassem muito belas! Passados alguns dias, após várias tentativas, algumas rosas se desfolharam de tanto maltrato inundando o solo de lágrimas vermelhas.                                   
Cumprindo-se o dom mágico que possuíam, a volumosa mãe das rosas sugou cada mulher desalmada, já transfiguradas, e lançou-as ao chão cobertas de pétalas.       
  
 
As Deusas das Rosas percebendo do triste destino das mulheres, e dotadas de um bom coração, compadeceram-se delas. Aproximaram-se lentamente de todas as mulheres que jaziam adormecidas e suplicaram as suas queridas amigas rosas o perdão por tão maldosas injúrias.                                  
Sem poder negar ao pedido das deusas bondosas, as mulheres horrendas foram tocadas pelas rosas e, ao acordarem, tiveram que cumprir um pacto: para que se reabilitassem e se tornassem belas, deveriam plantar novas rosas no lindo jardim e cumprirem o compromisso de levarem a todo povoado a idéia de cultivarem muitas flores, e não destruírem a natureza.

Assim, o grande castelo iluminou-se, cercado de reluzentes rosas vermelhas.


 
   
Cida Maia Oliveira
Enviado por Cida Maia Oliveira em 30/01/2015
Reeditado em 30/01/2015
Código do texto: T5119310
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