O Triste Rei e os Deuses
O ouro pesava na cabeça, um fardo que lhe dobrava o pescoço
Fez do vinho água e da romã tirou o gosto...
O ventre da madre era perene a lhe castigar em escolha de sempre ser sufocado...
O tudo era um espaço oculto em um coração onde não havia nada.
Era um ser de si mesmo abandonado...
Afrodite, compadecida, reconhece nos olhos do abençoado um brilho de tristeza
Afrodite com sua respiração doce soprou-lhe encantos
Mas toda benção nutria tão somente o desespero coberto pelas sedas da juventude...
-Há quem o ajude?
O que fará Afrodite?
Ordenou a seu filho que fosse flechar o coração de tão sôfrego ser...
Mas falhou o cupido no seu dever
mesmo que o alvo fosse um enorme e exposto coração
Sua flecha não foi sentida, pois ali dor maior que paixão havia...
A mais bela das belas correu para o Sol, chamou por Apolo
Esse cavalgou o primeiro raio solar e se fez presente logo
Afrodite lhe contou a sina do pobre rapaz...
Pelas lagrimas de Afrodite Apolo correu
invadiu com sua luz o breu
Soprou poesia, musica e alegria
O pobre coitado usou daquele raio de luz e escreveu belos poemas
Todos carregados de dor...
Então souberam os deuses que o brilho de seu ouro atraia o traidor...
Afrodite tanto se dedicou que logo todos os deuses se compadeceram...
Atena lhe deu sabedoria que o ajudou a dissimular a tristeza
Afrodite não o tocava com sua doce respiração
Mas deu a ele seu perfume, e assim ele foi amado mesmo em fraqueza
Um amor obrigado, que fenece se não for, com sacrifício, alimentado...
Todos os Deuses ainda mais lhe abençoaram!
Como se fosse pouco a benção que lhe veio do berço...
Ares que o tornou temido, que empunhou com ele a espada
Adorou a juntura e alegou-se nele, pois nem todo infeliz era destemido como ele!
Hades também se alegrava, pois na morte poderia lhe comer a alma
E haveria de ser uma saborosa alma!
Zeus só observava, o via pelos olhos de uma águia que por seus caminhos o acompanhava...
Não lhe deu nada... Pois pensava e pensava: “O que agradaria tal homem?”
Mas um dia Zeus leu em seus sonhos o que lhe causava dor
Com tanto ouro e gloria quem encontraria amor?
Zeus pensou: “Tanto ouro equilibrado em sua cabeça... Deve doer
Mas como tira-lo da glória sem o fazer sofrer?”
Então Zeus esperou...
Enquanto isso ouro e homem tornaram-se um só
Todos tentavam lhe roubar as conquistas...
Mas ele persistia, sem a mão dos deuses que antes lhe conduzia
No entanto o homem, ainda triste, não falava o que lhe faltava.
Sozinho Zeus teve de descobrir o que ele queria...
Mas Enquanto isso os deuses já não o amava mais, e sim o temia
Ares o invejava e Atena lhe emburreceu
Dionísio o embriagou de vinho e ele foi o ultimo bago da uva que o Sátiro comeu
Afrodite passou a ser um bafo quente da desorientada paixão
Apolo não gostava da canção
Hades tentava matá-lo, mas ele era impenetrável
Afugentava a morte com um brado de trovão!
Zeus mergulhou no sal dos mares e buscou por Poseidon
Este que não era no rapaz interessado
mas o deus do mar não se fez de rogado
com ajuda, Zeus finalmente, resolveu presenteá-lo...
Fez do rapaz os ventos inalcançáveis
que toca, mas não pode ser tocado
rarefeito, não pode ser aprisionado
Pode ser brisa e tempestade...
O ouro que lhe pesava e instigava a ganância de todos
tornou-se espuma do mar...
Sendo vento ele soprava o seu legado onde mergulhava a sereia
E toda sua majestade tornou-se ondas do mar beijando a areia
Os homens o procuram
os deuses que abençoavam, enfurecidos agora não podiam se vingar
Pois sendo vento e sendo mar
ninguém jamais pode o encontrar...
E Zeus lhe deu o que deus nenhum pode dar
A transigência com sua alma
Aquela gota de silêncio que o mundo não trás
Ele tinha tudo, mas não tinha nada
e por isso Zeus lhe abençoou com PAZ
O ouro pesava na cabeça, um fardo que lhe dobrava o pescoço
Fez do vinho água e da romã tirou o gosto...
O ventre da madre era perene a lhe castigar em escolha de sempre ser sufocado...
O tudo era um espaço oculto em um coração onde não havia nada.
Era um ser de si mesmo abandonado...
Afrodite, compadecida, reconhece nos olhos do abençoado um brilho de tristeza
Afrodite com sua respiração doce soprou-lhe encantos
Mas toda benção nutria tão somente o desespero coberto pelas sedas da juventude...
-Há quem o ajude?
O que fará Afrodite?
Ordenou a seu filho que fosse flechar o coração de tão sôfrego ser...
Mas falhou o cupido no seu dever
mesmo que o alvo fosse um enorme e exposto coração
Sua flecha não foi sentida, pois ali dor maior que paixão havia...
A mais bela das belas correu para o Sol, chamou por Apolo
Esse cavalgou o primeiro raio solar e se fez presente logo
Afrodite lhe contou a sina do pobre rapaz...
Pelas lagrimas de Afrodite Apolo correu
invadiu com sua luz o breu
Soprou poesia, musica e alegria
O pobre coitado usou daquele raio de luz e escreveu belos poemas
Todos carregados de dor...
Então souberam os deuses que o brilho de seu ouro atraia o traidor...
Afrodite tanto se dedicou que logo todos os deuses se compadeceram...
Atena lhe deu sabedoria que o ajudou a dissimular a tristeza
Afrodite não o tocava com sua doce respiração
Mas deu a ele seu perfume, e assim ele foi amado mesmo em fraqueza
Um amor obrigado, que fenece se não for, com sacrifício, alimentado...
Todos os Deuses ainda mais lhe abençoaram!
Como se fosse pouco a benção que lhe veio do berço...
Ares que o tornou temido, que empunhou com ele a espada
Adorou a juntura e alegou-se nele, pois nem todo infeliz era destemido como ele!
Hades também se alegrava, pois na morte poderia lhe comer a alma
E haveria de ser uma saborosa alma!
Zeus só observava, o via pelos olhos de uma águia que por seus caminhos o acompanhava...
Não lhe deu nada... Pois pensava e pensava: “O que agradaria tal homem?”
Mas um dia Zeus leu em seus sonhos o que lhe causava dor
Com tanto ouro e gloria quem encontraria amor?
Zeus pensou: “Tanto ouro equilibrado em sua cabeça... Deve doer
Mas como tira-lo da glória sem o fazer sofrer?”
Então Zeus esperou...
Enquanto isso ouro e homem tornaram-se um só
Todos tentavam lhe roubar as conquistas...
Mas ele persistia, sem a mão dos deuses que antes lhe conduzia
No entanto o homem, ainda triste, não falava o que lhe faltava.
Sozinho Zeus teve de descobrir o que ele queria...
Mas Enquanto isso os deuses já não o amava mais, e sim o temia
Ares o invejava e Atena lhe emburreceu
Dionísio o embriagou de vinho e ele foi o ultimo bago da uva que o Sátiro comeu
Afrodite passou a ser um bafo quente da desorientada paixão
Apolo não gostava da canção
Hades tentava matá-lo, mas ele era impenetrável
Afugentava a morte com um brado de trovão!
Zeus mergulhou no sal dos mares e buscou por Poseidon
Este que não era no rapaz interessado
mas o deus do mar não se fez de rogado
com ajuda, Zeus finalmente, resolveu presenteá-lo...
Fez do rapaz os ventos inalcançáveis
que toca, mas não pode ser tocado
rarefeito, não pode ser aprisionado
Pode ser brisa e tempestade...
O ouro que lhe pesava e instigava a ganância de todos
tornou-se espuma do mar...
Sendo vento ele soprava o seu legado onde mergulhava a sereia
E toda sua majestade tornou-se ondas do mar beijando a areia
Os homens o procuram
os deuses que abençoavam, enfurecidos agora não podiam se vingar
Pois sendo vento e sendo mar
ninguém jamais pode o encontrar...
E Zeus lhe deu o que deus nenhum pode dar
A transigência com sua alma
Aquela gota de silêncio que o mundo não trás
Ele tinha tudo, mas não tinha nada
e por isso Zeus lhe abençoou com PAZ