Fêmea impiedosa que seguia por uma longa estrada...
Trazia o ódio nos dedos e dentro do peito o amor desfeito...
Por onde passava destilava um veneno mortal
Raios saiam daquele corpo ampliando a propagação do mal...
No caminho não poupava nem sequer um passarinho...
Ao ver um filhote, se enfurecia e destruía o ninho!
O sol queimava os olhos verdes e os dedos vertiam sangue
Víbora deslizando e empurrando a lama no meio do mangue
De noite procurava alcançar uma vítima qualquer
Não fazia distinção; criança, idoso, homem ou mulher!
As mãos carregadas de vibrações cortantes...
Aos poucos proferia palavras conflitantes...
Quem a ouvia nunca ficava como antes!
Certa noite ao entrar num lugarejo viu uma luz muito forte...
Era um ser iluminado; ela foi de encontro para oferecer a morte...
Ofereceu o único sentimento que conseguiria doar
Ódio, muito ódio vertendo pelo olhar...
O ser de luz abriu os braços em cruz
Deixou o ódio se aproximar
E disse: Eu vou curar a sua dor!
E mostrou as mãos repletas de amor
Palavras fulminantes abrandaram aquele ser cruel...
Que olhou com os olhos rasos d’água para o céu
Aquela fêmea sinistra se entregou
Aceitou o afago que a luz ofertou
Foi a primeira vez que amou...
E isto a libertou!
O mal morreu...
E o bem venceu!
Janete Sales Dany
Obra protegida
Todos os direitos reservados
09/11/2014
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09/11/2014
Imagens que usei para fazer os gifs:
Pixabay: Domínio público