O TOURO

No passado quando éramos crianças, tudo era fantasia, e lúdica lembrança. Sonhávamos, nos divertíamos, a dor era breve, e tudo era fantasia.

Mas em um certo lugar do mundo, uma carta inusitada chegou causando espanto profundo, e, a quem fora endereçada não era o mais intrigante, mas, sim quem a assinava, isto sim, era impressionante.

Endereçada ao mais temido toureiro, vinha uma carta curiosa, era uma carta de apelo.

A carta iniciava assim:

Ao Ilmo. Sr. Ramirez.

Venho por meio desta, fazer-lhe um pedido importante, que em sua noite de estréia, trate com brandura o seu oponente.

Sei que em algumas pelejas, não é preciso matar seu adversário podendo apenas vencê-lo, se o mesmo demonstrar cansaço, caso ele após algumas corridas, demonstre-se cansado. Sei que ele vai cansar, e sua vida poderás poupar, pois ele também poupará a sua, proporcionando um espetáculo a altura

mas como toda mãe que se enternece por sua cria, peço-te que o poupes de uma morte tão fria. Ainda que a plateia que em fúria delira, mais uma vez imploro por meu filho, que o livre desta agonia, e que, por sua bondade lhe seja acrescido ao menos mais um dia. É tudo o que eu lhe pediria.

Desde já, grata por sua atenção, aqui me despeço, sim, sou a Srª Vaca, mãe daquele que pra mim, ainda é um bezerrão!

JLLIMA
Enviado por JLLIMA em 01/09/2014
Reeditado em 01/08/2017
Código do texto: T4945831
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