Ainda que eu fosse dono do mundo.

Ainda que eu fosse dono do mundo, nada seria tão perfeito, era o que dizia o sujeito sujo e imperfeito que se apelidava de Nando, que queria ser livre, mas não ser livre de uma prisão ou coisa parecida, ele queria ser livre do ser humano, de si mesmo, ele achava que era melhor ser invisível, ser no mínimo pra gente, totalmente esquisito.

Mas de nada ele desistia, não desistiu da vida, pra que desistir de ser invisível? Qual é a lógica disso sua família pensava... Na verdade nem mesmo eu sei, mesmo sendo pobre e indefeso, sua imaginação era rica e bem fértil.

Um dia ele tentou ser “invisível” do jeito que podia se escondeu dentro de uma casa de madeira, Nando ficava sozinho, com sua imaginação, ele até conheceu uma menina que era mais esquisita que ele, tinha cabelos vermelhos, e olhos mais azuis que o céu era a mais linda que ele já tinha conhecido o nome dela era Sarah.

Dois dias passados Nando e Sarah conversaram muito, Nando descobriu por que a tão repentina aparição daquela menina na casa de madeira que ninguém conhecia, ela disse algo como “Estou tentando salvar alguém que tem raiva do mundo, e quer ser invisível”. Mas o rosto de Nando ficou espantado, e do nada ele desmaiou.

Nando acordou lentamente e avistou um lugar totalmente branco, e com um homem, normal, nem tão grande e nem tão pequeno, que a todo o momento lhe olhava com um sorriso simpático e lhe disse “Não tem como tentar fazer felicidade, se separando de mim, e nem dos Homens, a separação só acabara com tudo e com todos e ainda que você fosse dono do mundo, nada teria amor, nada seria tão perfeito se você se separasse deles”.

Nando acordou assustado, viu que Sarah não estava mais lá, percebeu que tanto ela e tanto o sonho vinha de alguém em especial, não precisava ser Deus, mas era alguém que nos ama.