O Retorno do Pedreiro

Era uma vez um jovem, que precisou fugir de sua aldeia porque odiava o senhor da gleba e ateou fogo em um celeiro, causando-lhe um enorme prejuízo. Pôs o pé no mundo e, depois de muito peregrinar, chegou em um lugar onde ouviu dizer que um grande rei desejava iniciar a construção da maior e mais bela obra de arquitetura já vista sobre a face da Terra, que na verdade era uma cidade inteira, com castelo, muros, templos, monumentos.

O jovem se engajou na obra e ali trabalhou durante 30 anos, cortando pedras, desbastando e polindo, entalhando estátuas e outras peças decorativas. Quando a obra foi concluída, com saudades do pai e dos irmãos, reuniu suas economias e voltou para casa.

Ao chegar de volta à cidade de origem, seu pai já estava morto há anos, e foi informado que senhor da gleba mantinha prisioneiro um de seus irmãos, em seu lugar. Usou então todo o dinheiro que tinha para resgatar a liberdade do irmão. Novamente pobre, abriu mão dos sonhos de comprar uma pequena fazenda, e resignou-se à vida de agricultor da gleba da qual fugira na juventude.

No entanto, sua fama de bom pedreiro havia se espalhado e o rei de um reino vizinho o mandou chamar para ser o mestre-de-obras em um castelo que pretendia construir. Embora já se sentisse velho e cansado, aceitou a proposta e levou consigo seus irmãos e sobrinhos, e lá viveram todos felizes, para sempre.

Moral da história: “Tudo o que fazemos tem um preço ou uma recompensa. Se não pagamos o preço, alguém paga por nós. Os méritos que acumulamos podem ser aproveitados por outros. Porém, no final das contas, tudo volta para quem de direito.”

Marco Antonio Mondini
Enviado por Marco Antonio Mondini em 12/06/2014
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T4842729
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