E se só me restasse um dia?
Micro-Conto
São inúmeros os personagens que passam pelas histórias de ficção de um escritor ao longo do tempo, de características variadas. Tem aqueles que entram sem ser convidados e querem se impor; tem os que oferecem resistência e dão muito trabalho para se manter no enredo; tem os que reclamam seu destino final; tem os que querem aparecer como protagonistas e, até mesmo, aqueles que acordam o autor de madrugada para dá pitoca no texto. Tem ainda o vaidoso, o sarcástico e o apaixonado. Este último é o mais trabalhoso e é dele que quero falar. Numa das histórias de amor que escrevi, um personagem insatisfeito por ter tido seu romance desfeito, me desafiou dizendo que eu estava com ciúmes dele, e por este motivo desfiz o seu relacionamento com a protagonista e, saindo da ficção para a realidade, apareceu na minha frente, pedindo explicações.
Enquanto ele reclamava notei que era bem mais bonito que o descrito na tela do computador. Dizia ele: “Você está apaixonada por mim e por isso não tem coragem de ir adiante”.
. Fiquei sem palavras diante de tanta beleza, mas ordenei que ele voltasse ao seu mundo fictício, imediatamente. Ele resistiu tentando me escapar, mas personagem tem que obedecer. Daí em diante, me tornei uma personagem-autora, manipulando-o. Já não sabia mais onde terminava uma e começava outra. Mergulhei neste mundo sobrenatural por um bom tempo, vivendo uma grande história de amor fictícia, até onde pude, mas resolvi libertá-lo.
E, se só me restasse um dia eu o traria para a vida real e viveria uma grande aventura de amor.
Micro-Conto
São inúmeros os personagens que passam pelas histórias de ficção de um escritor ao longo do tempo, de características variadas. Tem aqueles que entram sem ser convidados e querem se impor; tem os que oferecem resistência e dão muito trabalho para se manter no enredo; tem os que reclamam seu destino final; tem os que querem aparecer como protagonistas e, até mesmo, aqueles que acordam o autor de madrugada para dá pitoca no texto. Tem ainda o vaidoso, o sarcástico e o apaixonado. Este último é o mais trabalhoso e é dele que quero falar. Numa das histórias de amor que escrevi, um personagem insatisfeito por ter tido seu romance desfeito, me desafiou dizendo que eu estava com ciúmes dele, e por este motivo desfiz o seu relacionamento com a protagonista e, saindo da ficção para a realidade, apareceu na minha frente, pedindo explicações.
Enquanto ele reclamava notei que era bem mais bonito que o descrito na tela do computador. Dizia ele: “Você está apaixonada por mim e por isso não tem coragem de ir adiante”.
. Fiquei sem palavras diante de tanta beleza, mas ordenei que ele voltasse ao seu mundo fictício, imediatamente. Ele resistiu tentando me escapar, mas personagem tem que obedecer. Daí em diante, me tornei uma personagem-autora, manipulando-o. Já não sabia mais onde terminava uma e começava outra. Mergulhei neste mundo sobrenatural por um bom tempo, vivendo uma grande história de amor fictícia, até onde pude, mas resolvi libertá-lo.
E, se só me restasse um dia eu o traria para a vida real e viveria uma grande aventura de amor.