As Deusas da Magia - Livro Um: O Poder da Escuridão (Prólogo)

No distante planeta chamado Stolle, o avanço tecnológico causou a destruição de grande parte da vida existente, transformando um planeta repleto de verde num local quase completamente desértico.

De cada tipo de ambiente, restou apenas uma pequena porção; o mar diminuiu tanto que mais parecia um lago que cerca os ambientes em conjunto e é cercado pelo árido deserto que anteriormente estava escondido sob a água salgada.

Dos bilhares de habitantes que ocupavam o planeta, restaram apenas cinco mil, devido às catástrofes causadas pelo desgaste da natureza.

Essa população restante decidiu abolir toda tecnologia e viver de forma simples. Assim espalharam-se pelos ambientes que formavam um tipo de continente e conectaram cada ambiente com estradas em linha reta, a fim de que os povos que ali habitassem pudessem ter ligação direta com os outros e trocarem mercadorias entre si ou resolverem os problemas políticos.

Nesses ambientes foram criadas vilas, sendo uma em cada e estas foram nomeadas de acordo com o ambiente no qual foram fundadas.

As vilas são: Vila da Terra, do Vento, do Fogo, do Gelo e da Água.

Algumas pessoas ficaram descontentes com a abolição da tecnologia e secretamente começaram a construir um complexo laboratorial, no Grande Deserto, a fim de recriar aquilo que quase destruiu tudo.

Quando os descontes foram descobertos agindo de forma inaceitável pela população das cinco vilas, surgiu a necessidade da criação de um regime político que até então não havia claramente existido. As populações das cinco vilas se reuniram e decidiram que era necessário fundar um governo representativo, constituído por cinco membros, sendo cada um de uma das vilas.

Os cinco foram eleitos, cada um escolhido pelas pessoas de sua vila e foram nomeados como Ataipes. O órgão governante que formavam foi então nomeado de O Orake dos cinco Ataipes e a eles foi dado o poder soberano das decisões sobre as cinco vilas.

Os cinco membros do Orake se reuniram e discutiram o que deveria ser ser feito para punir os descontentes que agiram de forma errada para com todos nas vilas e decidiram dar a eles uma escolha: desistiam da tecnologia e viviam em paz nas suas vilas ou retiravam-se para o Grande Deserto.

Embora muitos fossem os descontentes e tivessem ajudado na construção do complexo laboratorial no Grande Deserto, apenas dois escolheram a opção de morar no Grande Deserto, pois em sua maioria não queriam abandonar a comodidade de suas casas nas vilas. Assim, as duas pessoas que haviam feito sua escolha, apanharam os bens que tinham, receberam um barco e partiram para o deserto.

E mesmo estando sozinhos ali, os dois indivíduos terminaram de construir o complexo, tornando-o habitacional também e viveram ali, sem incomodar ninguém por um tempo.

Até que simplesmente declararam guerra contra as cinco vilas, dizendo possuírem um exército de robôs.

Em resposta à declaração de guerra, o Orake dos cinco Ataipes se reuniu e decidiu que cada vila devia fundar uma organização governamental propria para supervisionar a criação de uma força de combate própria e assim garantir a segurança da vila e também o combate aos inimigos.

O povo aceitou a decisão e em cada vila houve eleições de dez Eitapos para constituírem um Orake próprio da vila.

Os Orakes de cada vila, realizaram uma reunião logo após terem sido eleitos e decidiram que seria necessário criar uma força militar de defesa contra as ameaças.

Informaram a toda população de cada vila sobre a decisão e deram a oportunidade para que cem pessoas de cada se declarasse decididos a defende-la no campo de batalha.

E cem pessoas de cada vila se apresentaram a seus Orakes e se candidataram para defenderem seus familiares, embora as palavras do juramento dissessem que estavam se alistando para defender a vila. Essas pessoas formavam o primeiro regimento de guerreiros.

Mas os Orakes não estavam satisfeitos e então criaram uma força de defesa constituído por cem membros; porém, também era necessário saber os planos exatos dos inimigos e tentar sabotá-los, assim surgiram os espiões. Ainda assim não era o bastante, pois armas não garantiriam sempre a vitória, de modo que seria necessário o uso de outro instrumento de combate, a magia e assim surgiram os guerreiros mágicos.

Os Descontentes iniciaram a guerra que seria conhecida como A Grande Guerra dos Robôs e com as forças de defesas prontas, as cinco vilas entraram em guerra sem hesitar e venceram.

Por alguns anos, os Descontentes permaneceram quietos novamente e não houve necessidade das forças militares e os membros voltaram a suas vidas simples.

Mas a paz um dia chegou ao fim e novamente, os Descontentes declararam guerra contra as vilas.

Os Orakes de cada vila se reuniram novamente e convocaram as forças militares para se apresentarem à guerra, mas os oficiais estavam muito velhos para combater e isso levou os Orakes de cada vila a solicitar uma reunião do Orake dos cinco Ataipes para resolver.

A reunião resultou na decisão da criação de uma nova força militar, cujos membros seriam treinados pelos antigos oficiais.

Os jovens foram treinados, a nova força de defesa fora constituída e a Segunda Grande Guerra dos Robôs ocorreu e novamente as vilas saíram vencedoras.

Os descontentes ficaram quietos por mais dez anos, até que enviaram outra declaração de guerra, afirmando que possuíam um exército imbatível e assim os Orakes tiveram de decidir pela ação da força de defesa novamente.

Edu Marchezini
Enviado por Edu Marchezini em 14/04/2014
Código do texto: T4768294
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.