Atropelados pelo destino história de amor

Eu estava ali sentado conversando com Argel, que é um grande amigo, meu vi quando o velho passou;

Andava tão devagar, chegava quase parar. Mas seguiu em frente até que Chegou na curva do caminho, o pobre velho parou e se Sentou.

Vergado pelo peso da idade eu imagino quanta coisa esse Pobre homem

Já fez desde a sua mocidade.

Mas o que fez não interessa o momento é agora quem sabe eu possa ajudá-lo, agora que parece não ter ninguém por ele. Hoje eu tenho mulher e filho quem sabe um dia, eu fique assim como ele;

Este homem também foi jovem como eu e pode ter sido como eu, e está terminando sua jornada assim; pensando nessas coisas, cheguei e perguntei: - posso ajuda-lo senhor? Ele não respondeu; ele ergueu A mão direita; Peguei-o pelo braço levei-o para casa e cuidei. Minha esposa muito prestativa, em tudo me ajudou e do pobre velho cuidou.

Descontração

Cante comigo:

Alguns dias se passaram,

Os parentes não o procuraram

Eu fiquei muito curioso

Pois era um senhor idoso.

Sendo achado no caminho

E tratado com carinho

Quando a memória recobrou

O pobre velho chorou

Aquele Pobre senhor

Ninguém lhe dava amor

Um dia o peguei chorando,

De algo estava lembrando;

Vi mas não quis perguntar

Com muita ansiedade ele resolveu falar

Sua vida e sua esposa sempre me fazem lembrar,

Eu já tive uma esposa e um filho pra criar

Assim continua a história

O velho fala: - Eu me lembro que um dia, em um lugar não sei onde; Eu vivia como você.

Eu tinha uma mulher e um filho; eles Sumiram não sei por quê; eu amava meu filho dela Não me lembro muito bem; nem me lembro mais de ninguém.

Não me lembro de que eu vivia o que eu fazia tenho na verdade, uma vida vazia acho.Que preciso fazer alguma coisa para achar o ponto onde a minha vida parou

Vou pegar o meu caminho de volta para ver se encontro O meu passado;

Agora memória dele voltou, mas não vou O deixar só; com certeza, não saberá onde procurar. Nem por onde começar. Conversei Linaura minha esposa, que ficou ciente

Que só voltaria quando encontrasse o filho, ou esposa do velho, ou alguém que dele pudesse cuidar E saímos em dupla, a fim de saber alguma coisa do seu passado.

Rodamos algumas cidades, alguns estados, Por fim chegamos em uma cidade, onde começaram as coincidência, fomos bater na casa de um homem jácumo isso,

Depois De ter rodado por vários lugares,

Encontramos aquele Senhor, que disse: - aqui aconteceu um caso isso a muitos anos;

Um vizinho saiu de casa, deixando a esposa com um filho pequeno,

E foi a capital comprar o que faltava em sua fazenda, e na estrada foi

Abordado por salteadores, que levaram todo seu dinheiro, e seus pertenceis; o deixaram Como morto a beira da estrada.

Socorro

Transeuntes que o encontraram, pegaram, e levaram para o hospital; lá cuidaram dos ferimentos, a noticia correu, mas por estar sem uma identificação, e não se lembrar de

Nada, transferido para um manicômio; E quando procuramos, já não estava naquele hospital; Nunca mais tivemos noticia. E pode ser este homem, mas pelos anos, que tem, quem.

Vai conseguir associar a aparência desse homem com o desaparecido?

Mais uma tentativa em vão

Eu perguntei: - E a esposa dele e o filho o senhor sabe por onde vivem? Não sei; Ela foi embora daqui, e Também não soubemos mais dela.

O velho pergunta : - e esse homem, que foi internado, como era o nome dele?

O senhor se lembra? Lembro-me sim; há, mas isso não vai adiantar eu não

Sei o meu próprio nome! O senhor Jácumo se anima, e tem uma idéia brilhante; - Mas pode ser o senhor sim; que foi assaltado na estrada naquele dia como falei quem sabe?

Alguém que pode ajudar

Eu tive uma idéia: - tem uma pessoa aqui perto, que Poderá desvendar esse mistério: - quem? O rapaz Perguntou: - o senhor lembrou de algum parente do homem que desapareceu? Jácumo então disse: - é Matilda; Esse nome lhe lembra Alguma coisa senhor? Não, eu não tenho idéia de quem possa ser.

Tudo bem Mesmo assim vamos procurá-la. Acrescentou o senhor Jácumo

Saímos ao encontro dessa tal de Matilda, sem saber o que o nosso amigão

Pretendia;

Ela realmente ajudou

Chegando lá, ele perguntou: - Matilda você se lembra de um homem

Que morou e por sinal era proprietário da fazenda fortaleza, que um dia saiu e foi vitimado por salteadores na estrada? Claro que me lembro! Por que a pergunta?

Tudo bem então vamos começar: - Esse senhor esteve internado, não sabe por quanto tempo, por que perdeu sua memória, Não sabe nem o seu próprio nome; tudo me leva a crer que esse senhor pode ser ele; quem sabe você pode nos ajudar em algum detalhe

Para descobrir se é ele;

Matilda disse ele está muito diferente, de quando o conheci; mas tenho quase certeza que é ele sim. É fácil saber; Para ser o homem que gostaríamos que fosse, ele teria uma marca que acho que pouca gente sabia. Se for ele basta que confirme uma pergunta que vou fazer por que a memória ele pode ter perdido, mas aquela marca jamais: - o senhor tem uma Marca na virilha onde recebeu um coice de cavalo?

Ele chamou Jácumo, o homem Que tentava ajuda-lo, e perguntou como ela sabe que eu tenho essa marca? O seu mais Novo amigo respondeu: - Eu trouxe vocês aqui, justamente por isso; só ela eu tinha convicção que saberia Algum detalhe do seu corpo. Não entendi ainda exclamou o velho; eu posso explicar: - agora, nós temos certeza de que você pertenceu o nosso meio você e eu éramos muito Amigos, e eu sabia do particular de vocês. Você e Matilda, eram amantes.

Então ela conheceu minha mulher e meu filho; você também, como era o nome dela? O nome de sua

Esposa, era Isabel; Isabel? Que coincidência! Disse o rapaz que primeiro lhe ajudou: - minha mãe é Isabel! Não é

Coincidência? É, e seu pai como se chama? : eu não sei minha mãe não me disse; ela só me falava, que meu pai era uma pessoa excelente; tinha bom caráter, sempre cumpriu com seus deveres, até que um dia, ele saiu de casa e não voltou. Eu sempre quis saber por que ele não voltou, e ela cortava o assunto; quando resolveu dizer, ela faleceu sem me contar a parte mais importante da história.

Aquela senhora Matilda, tinha algo a revelar; Ela me fazia perguntas a meu respeito; primeiro perguntou: - Como é seu nome? Laurêncio. Respondi, e ela fez ainda outra pergunta que acho fundamental e Quantos anos você Tem? Vinte e cinco. Respondi; Muito bem seu pai era um homem muito bom, assim como você; outra coisa que me deixou intrigado, de onde ela tirou a idéia de que meu pai era bom?

Esse homem que você está querendo ajudar, querendo não, está ajudando digo isso, por que pelo que estou sabendo, você desde que o viu pela primeira vez, vem fazendo tudo para Protege-lo. Por que faz isto? Algum motivo em especial, ou por que você é uma pessoa de muito bom coração? Você nem o conhece; você imaginou que ele pudesse ser seu pai, ou faria o mesmo por qualquer pessoa na mesma situação? : - sabe essa idéia pai nem me passou pela cabeça.

Claro que eu faria por qualquer pessoa; por que em minha opinião, para se fazer o bem, não se escolhe a quem. Eu percebi que o pobre homem, precisava de cuidados, então eu fiz a minha Parte, levei-o e cuidei como se fosse meu pai realmente, mas sem pensar nessa questão. Eu cuidaria muito bem se fosse realmente meu pai. Mas não é por ele não ser que seria diferente eu não deixaria de ajuda-lo e cuidar dele na medida do possível.

Matilda pergunta: - se seu pai aparecesse assim e você descobrisse quem era, você não teria ressentimento? Não, pois na verdade, eu nem sei se tenho um. Matilda acrescenta: - você está certo de não ter ressentimento ele pode não ter tido culpa de você ter sido Um filho criado sem pai.

: escuta Matilda, agente nem se conhece, mas você que é uma pessoa de grande experiência, o que você acha de minha mãe ter me criado sem pai, e escondido de mim a identidade do meu verdadeiro pai? De ela nunca ter me contado nada sobre alguém que pudesse ser meu pai? Sendo que ela demonstrava que detinha com sigo um segredo relacionado a isso, é verdade que ela decidiu falar mas já era tarde demais; isso já foi na hora de sua morte, e não teve mais tempo, o que pode ser?

Há meu querido, pelo que já conversamos, eu imagino que o motivo que ela teve para

Não contar, é que ela não queria que você se decepcionasse. Um pouco você já sabe eu não tenho dúvida nenhuma disso; você tem vinte e cinco anos

Este homem que está sentado lá na sala, sumiu á vinte e três anos eu me lembro muito

Bem que ele tinha um filho com idade de dois anos eu presumo; a mãe do filho dele,

Chamava-se Isabel; ele, eu tenho certeza, que é Lauro e me lembro que escolheram o

Nome do filho, tirado do nome do pai . : E como era nome do filho dele? Vai ser muito

Difícil responder sua pergunta. A é claro tanto tempo, não dá mesmo para lembrar do nome de Uma criança de apenas dois anos;

Laurêncio, nesses poucos instantes, que nos conhecemos, você pode ter dois pensamentos negativos sobre mim; o que o Jácumo falou de eu ser amante desse homem, você pode pensar essa mulher explorava esse homem enquanto a mulher dele, nem sabia que o marido sustentava essa aí não é verdade; eu não fui amante dele; ta bem eu acredito; você não foi amante apenas, viu

Ele despido. : - Isto eu vi ele despido sim, mas não fui sua amante, ele não me sustentava; ele me pagava. : - não entendi; :- eu vou

Explicar:- você já viu falar de cabaré? Sabe o que é? Claro que sei; então, veja, eu fui uma Mulher de cabaré, e ele freqüentavam a casa que eu trabalhava. Entendeu agora?

Entendi. A outra coisa que você pensou de mim, é que eu não me lembraria o nome de

Uma criança de dois anos depois de muito tempo; eu me lembro sim; me lembro tão bem, que quando eu disser, você é capaz de sair correndo e abraçar aquele velho que está la na sala, e chama-lo de pai. Você não acha coincidência demais, Esta serie de acontecimentos, é Verdade, as coincidências levam a pensar nessa possibilidade.

Pois então vai abraçá-lo e diga a ele que descobriu que ele é teu pai e que perdoa sua mãe por nunca ter lhe falado dele por que não sabia como te explicar. Que procurou por muito tempo até que desistiu pois ninguém dava noticia. E que a teu pai não tem o que

Perdoar pois sabe que uma pessoa sem memória, não poderia ser responsabilizada. E não sendo identificada, nem as próprias pessoas tinham culpa de não dar informações pois não sabiam com quem estavam lidando. De quem estavam cuidando.

Laurêncio agora, tem uma grande novidade a contar para sua esposa.

E Matilda que era uma morena linda, foi tirada do cabaré a alguns anos pelo fazendeiro

Simplíssio que a pouco faleceu deixando-a viúva e muito bem de vida, pediu que queria ficar com o velho para cuidar dele;

Como o filho ficou sabendo da existência do pai, também queria cuidar dele;

Jácumo que tomou parte na descoberta, e viu aquele estado de animo em torno do velho,

Ele lembrou: - Existe uma possibilidade, de vocês ficarem perto, e tanto você com sua família, quanto Matilda, desfrutar de uma nova vida com o velho; a fazenda eu dei para

Uns amigos morar e tomar conta, ela está bem cuidada, só peço que não deixe meus amigos na rua.

Esta é a história de um rapaz, que viveu vinte e cinco anos para descobrir que tinha um Pai; quando isso aconteceu, ele se propôs a cuidar dele enquanto vida tiver. Mas reconhece que deve muito a senhora Matilda; por esse reencontro Fantástico, reconhece também, que não tem o direito de tirar dela o mesmo prazer; ela também quer cuidar dele; afinal de contas, de uma forma meio torta, mas tiveram um passado.

Três meses se passaram.

Eles resolveram assumir a fazenda, e Laércio o morador e administrador que hora estava, continuou como tal; time que está ganhando, não se meche assim pensaram os donos da propriedade; Lenilza, a esposa de Laércio ficou muito feliz, ela gostou muito de Linaura; ambas, eram pessoas muito amáveis; dona Matilda, que foi muito bem aceita pela família, pediu que o velho passasse a fazenda para o nome do filho, para que não pensassem que ela estava com interesse na fortuna dele;

O pobre velho desmemoriado, recebeu de volta sua memória e uma família; mulher

Filho, nora, e neto. O geninho, ganhou um

Avô.

Assim, fornaram uma familia feliz.

jômuniz
Enviado por jômuniz em 01/05/2007
Reeditado em 01/05/2007
Código do texto: T471292
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.