Sonho de Telas e Concepções

Foi um dia de intensa filosofia sobre as verdades reais e individuais! Deite-me com a cabeça dolorida de tanto pensar...

O sonho começou com um despertador tocando. Olhei pela janela e as estrelas mostravam a madrugada. O despertador marcava sete horas e setenta minutos, mas sentia que não estava quebrado...

Troquei de roupa, saí do apartamento e, quando apertei o botão do elevador, levei um choque - que não doeu, mas incomodou. Então, senti que sabia de tudo.

A porta do elevador se abriu. Apertei o botão que me levaria ao térreo e tive a impressão de que estava subindo. Foi quando reconheci vozes. Virei-me para o espelho e, em seu reflexo, não estava sozinho. Lá estavam muitas pessoas que passaram pela minha vida. Cada uma refletia, em sua voz, pensamentos que tive com nosso convívio.

Abriu-se o elevador e, ao sair, senti que não sabia nada. Minha cabeça pesava, mas consegui sair pela portaria e atravessar a rua. Lá estava uma cadeira, como providencia divina... Sentei-me nela.

Ao virar meus olhos para o prédio, percebi que os azulejos haviam dado lugar a telas de televisão. Eram de vário tipos, tamanhos e resoluções. Porém, a maior parte estava desligada. Haviam telas chuviscando, embaçadas, quebradas e algumas com boa qualidade de imagem. Em cada tela, reconheci um pensamento e as melhores tevês transmitiam os pensamentos que mais me sinto seguro ao discutir. Pude enxergar também, que, nos televisores, apareceram as pessoas que havia visto no espelho do elevador.

Despertei, e refleti sobre aquele estranho sonho... Agora, sabia o que precisava fazer. Deveria consertar, trocar e ligar minhas telas. Teria muito trabalho, pois, as telas boas e ligadas, ocupavam uma pequenina parte daquele prédio azulejado.

Majella Fraga
Enviado por Majella Fraga em 10/02/2014
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