Faquir Árabe

Seus olhos estavam a tremer, mas o véu vermelho não parecia lhe incomodar,

A areia que chega do norte teima em entrar em seus olhos,

Era um faquir trazido da índia, era o elemento terra...

O capricho árabe indica que ainda há vida na casca, e que ela já não existe mais,

Tornou-se mel, espalhado nas mãos do viajante. Velado, tudo era apenas poeira...

Um cisco irritou seus olhos, não chorou, lavou os olhos no rio que corta o deserto,

Onde construiu sua casa...

Guardava tudo de precioso em um saquinho de veludo, e o enterrava em seu bolso,

Que ladrão pensaria em procurar ali?

O bolso era muito profundo e escondido, rodeado por Basiliscos presos em uma corrente

De ouro que protege o bolso...

De turbante branco, virou-se para o oeste, e se viu protegido das cobras noturnas do deserto,

O tecido caiu, nem percebeu... Continuou sua viagem rumo a Pérsia antiga.