Onde mora o bruxo
Onde mora o bruxo
Sob pesadas frondes do velho carvalho,cujo telhado coberto pelas folhas secas amareladas,resistia ao tempo,a velha casa em que o belo jardim fora desfeito e,somente,o mato crescera ao redor.Não se via ou ouvia o cantar de pássaros,nenhuma flor desabrochava,pois,ali,habitava o mais tormentoso vazio...As vidraças não mais existiam,pois,as pedras atiradas pelos moleques destruíram os coloridos vitrais.
O meu espírito aventureiro me compeliu a vencer os limites do portão e,sem pensar nas conseqüências fatais,abri a velha porta que,semi travada,gemia ante a minha força no esforço em abrir.Agarrei-me ao pensamento de Nietzsche ;"O que não provoca a minha morte ,faz-me mais forte"...
O abandono se estendia para onde meus olhos miravam,até que descobri,coberto por grossas teias,um velho e grosso livro.O título escrito em dourado:“A casa do bruxo”.Folheei as primeiras páginas e deparei com este poema.
Saio desta vida,pois,minh’alma agoniza
Esquecida da ventura,fenece,aos poucos
Pudera,cultivei,sim,o sonho mais louco!
Que a formosura de amor,deveras,eterniza.
Como poderia,então ser aquele homem ser chamado de bruxo?Que motivo oculto estaria,enfim,guardado naquela velha casa?
Sem entender o que acontecia,fui acometido por estranha sonolência e dei conta que estava em deslumbrante recanto,onde a beleza se alternava a cada instante.Aquele bondoso senhor transmutava em dádivas
multicores as pétalas brancas,embelezava o cantar dos passarinhos e,simplesmente,sorria,bondosamente.
Contudo,ninguém o entendia,pois,incapazes de reproduzirem os encantados fenômenos,simplesmente,chamaram-no de bruxo e o apedrejaram até a morte.O vizinhos temiam que o velho
contaminasse a todos com tamanha feitiçaria e,alguma coisa carecia ser feita...
Hoje,a vila prosperou,pois,todos estão ricos,com residências opulentas e,apenas,aquela velha casa persiste...
Entristecido,reúno sonetos,bucólicos poemas e atiro sobre os altos muros das moradias!
“Ah!Que me alegro dizer que amo!
Não temo a ti,insensível inimigo
Pois,para viver da querência,chamo
Abro meu coração a ti,meu amigo”
Os anos passaram e sinto que meus preparativos de viajem estão concluídos...Parto com destino incerto,porem,minha alma intui que ,qual aves migratórias,alcançarei a terra daqueles que sonham...
Ah!Que entendera que o bruxo era eu!
Onde mora o bruxo
Sob pesadas frondes do velho carvalho,cujo telhado coberto pelas folhas secas amareladas,resistia ao tempo,a velha casa em que o belo jardim fora desfeito e,somente,o mato crescera ao redor.Não se via ou ouvia o cantar de pássaros,nenhuma flor desabrochava,pois,ali,habitava o mais tormentoso vazio...As vidraças não mais existiam,pois,as pedras atiradas pelos moleques destruíram os coloridos vitrais.
O meu espírito aventureiro me compeliu a vencer os limites do portão e,sem pensar nas conseqüências fatais,abri a velha porta que,semi travada,gemia ante a minha força no esforço em abrir.Agarrei-me ao pensamento de Nietzsche ;"O que não provoca a minha morte ,faz-me mais forte"...
O abandono se estendia para onde meus olhos miravam,até que descobri,coberto por grossas teias,um velho e grosso livro.O título escrito em dourado:“A casa do bruxo”.Folheei as primeiras páginas e deparei com este poema.
Saio desta vida,pois,minh’alma agoniza
Esquecida da ventura,fenece,aos poucos
Pudera,cultivei,sim,o sonho mais louco!
Que a formosura de amor,deveras,eterniza.
Como poderia,então ser aquele homem ser chamado de bruxo?Que motivo oculto estaria,enfim,guardado naquela velha casa?
Sem entender o que acontecia,fui acometido por estranha sonolência e dei conta que estava em deslumbrante recanto,onde a beleza se alternava a cada instante.Aquele bondoso senhor transmutava em dádivas
multicores as pétalas brancas,embelezava o cantar dos passarinhos e,simplesmente,sorria,bondosamente.
Contudo,ninguém o entendia,pois,incapazes de reproduzirem os encantados fenômenos,simplesmente,chamaram-no de bruxo e o apedrejaram até a morte.O vizinhos temiam que o velho
contaminasse a todos com tamanha feitiçaria e,alguma coisa carecia ser feita...
Hoje,a vila prosperou,pois,todos estão ricos,com residências opulentas e,apenas,aquela velha casa persiste...
Entristecido,reúno sonetos,bucólicos poemas e atiro sobre os altos muros das moradias!
“Ah!Que me alegro dizer que amo!
Não temo a ti,insensível inimigo
Pois,para viver da querência,chamo
Abro meu coração a ti,meu amigo”
Os anos passaram e sinto que meus preparativos de viajem estão concluídos...Parto com destino incerto,porem,minha alma intui que ,qual aves migratórias,alcançarei a terra daqueles que sonham...
Ah!Que entendera que o bruxo era eu!