Inspirado em " As Borboletas não choram"
Eron Levy


Dois amores

Enxuguei e bebi lágrimas de tantas borboletas...No casulo, enquanto mãe-Lagarta, gestava, paria, depois da metamorfose, colorida borboleta... Voo solitário, guardava asas nas folhas de um livro.! "Livro de borboletas"!... Luz entristecida pelo breve plano de voo. Em completa harmonia de almas, sonhava em silêncio, silêncio triste, quase incompleto. Quase. Por um fio de almas-asas, alma sorria. Pele clara, quase pálida, mas de tamanho encanto, que não cabia em si seu sorriso e encantamento. Dentes brancos, feito a tez branca do dia e cabelos negros, encaracolados feito noite. Não eram trevas, iluminada noite pela Lua displicente, e arrebatadora. Voaram juntos pela finitude dos dias...Borboletas não falam, mas ouvem sussurros e gemidos, quiçá gritos. Inverno cinzento em nevoeiro Londrino. O vestido de chita e o choro, não se sabe de quem era. Lágrimas escorriam feito hera em muro e ventos cortantes, traziam mais lágrimas que choro. Bebendo lágrimas de grafite, ficaram cinzentas, precisavam de unguento, para dor no corpo celestial da poesia. Sabiam que suas vidas seriam curtas e breve feito a luz tênue do dia. O relógio da espera são toques de sinos e como badalam. Fazem eco nos ouvidos dos labirintos. Entre vida e morte, Trevas e Luz, renascem borboletas. Assim feito nós, gritando nos lençóis da reencarnação. A dança é o encantamento do choro e lágrima rola pela face da bailarina, entregando-se ao seu outro Eu no momento do amor-acasalamento. Una furtiva lácrima, perpetua o momento Sagrado de dois amores. A primavera abraça-se em cores e assim nasceram às flores.

Tony Bahi@.
Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 28/10/2013
Reeditado em 28/10/2013
Código do texto: T4545967
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