O Vento prateado -Parte final- A Forma da Máscara - 1/3

Templo da Cidade de Nooalh, Data desconhecida

Aquelas ruinas eram familiares, pareciam com as ruinas que ele viu em um sonho. Todas as construções eram brancas como no sonho, mas não pareciam colocadas na vespera. Estavam como ruínas deveriam ser, desgastadas velhas, acinzentadas e repletas de plantas que começavam a brotar das fendas entre os blocos dos edifícios. Algo estava estranho, as plantas que eram apenas brotos, começando sua briga por luz solar, estavam murchando. A grama começava a secar, as árvores estavam todas sem folhas, quase mortas.

Foi uma longa caminhada, desde as planicies centrais até as ruinas da cidade, foram meses duros e penosos. Uma caminhada solitária, não havia mais niguem naquele mundo, ele era o ultimo homem que existia. Ele só se mantinha de pé pois ainda tinha uma missão a cumprir, pecados a redimir.

Ele sabia para onde ir, era o murro de uma construção gigantesca. No sonho foi lá onde ele se encontrou, mas ali oque encontraria? Encontraria a morte? Um recomço? A verdade? Nada disso era oque ele queria encontrar, oque ele queri encontrar era vermelho, vermelho como a flor que carregou.

Os passos começavam a ser mais curtos, enquanto o homem se aproximava da parede. Era uma espécie de medo, aquele homem não temia a morte ou a dor, a única coisa que ele temia provavelmente estaria a poucos passos dele, aquele homem só tinha medo do nada.

Quando o homem atravessou o buraco na parede que, outrora foi uma porta, havia um lago. Era uma lago calmo e tranquilo, e o homem atravesou a porta."Bem vindo" disse o lago, o lago se movia ao som da voz na mesma frequencia, do centro do lago para as bordas. Era uma visão um tanto aterradora, mas isso não mudou a expressão do homem.

O homem continuou andando até a borda do lago "Você fez uma longa caminhada até aqui" continou a voz vinda do lago. "Nada, foi por isso que você veio aqui. Eu ja venci, esse mundo caminha para desaparecer você é a única pedra em meu caminho" o homem pegou uma pedra qualquer e jogou no lago, ela bateu na superficie três vezes e afundou."Você não pode me matar. Enquanto eu existir voê não pode vencer" disse o homem, e o lago estremeceu "Eu não posso te matar é verdade mas, ele pode" E o vulto de cabelos brancos apareceu atraz dele empunhando a espada que antes jazia enterrada em seu torax. O homem sabia que ele apareceria, e esperava por apenas uma palavra "obrigado" e foi oque ouviu enquanto o vulto caminhava até o lago.

P H R Garrit
Enviado por P H R Garrit em 06/09/2013
Reeditado em 16/09/2013
Código do texto: T4470204
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