A LENDA DE ANHANGÁ

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Anhangá é a um espírito que vaga pelas matas e florestas atemorizando os indígenas e homens do campo. O anhangá pode assumir qualquer forma, porém sua forma mais famosa é a de um portentoso gamo ou cervo, de cor avermelhada, chifres cobertos de pêlos, olhos de fogo e uma cruz na testa. As diversas formas tomam nomes diferentes, de acordo com a forma física em que se corporificam: mira-anhanga, tatu-anhanga, suaçu-anhanga, tapira-anhanga e pirarucu-anhanga. O Anhangá assinala sua presença com um assobio e a caça desaparece, por isso ele é tido como protetor da caça.

Dizem que se o caçador quiser ter uma caça tranquila, evitando a presença de Anhangá, logo que reconheçam seu assobio, com ele compactuem oferecendo-lhe tabaco. Dizem, também, que se um caçador ameaça uma fêmea amamentando seu filhote, é perseguido por anhangá.

Os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim distorceram sua figura, atribuindo-lhe a natureza do diabo, ou seja, o demônio cristão. Como é sabido, os índios não possuíam a noção, a idéia, de céu, inferno, purgatório, Deus, diabo, etc. ®Sérgio.

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Para saber mais sobre o assunto ver: BEZERRA, Ararê Marrocos; PAULA, Ana Maria T. de. Lendas e Mitos da Amazônia. Rio de Janeiro: Demec, 1985. 102p.

Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 09/08/2013
Reeditado em 13/10/2013
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