O garoto e a bola
Uma tarde de verão, uma brisa suave e um intenso calor; um campo de terra batido, um belo campo, esburacado na verdade, mas um belo campo, aos olhos de um garoto, o amigo da bola, amante das boas coisas da vida, ou seja, pra ele, T.V. e uma partida de futebol naquele campinho de terra batida onde os sonhos são reais e a realidade se mistura à fantasia...
O garoto e a bola, amigos para sempre. Nos pés do garoto, ela é como a pena do poeta, onde a história se completa e a platéia aos delírios, sempre chamando pelo nome do craque que deixa os adversários sem ação, nos dribles perfeitos e de uma ginga desconcertante até a porta do gol e lá a bola parece entender o seu amigo vai balançar as redes. pra alegria da platéia que grita em êxtase o nome do garoto amigo da bola...
O jogador é rei; os dribles são perfeitos, os opositores são reais, a platéia, só o garoto a ouve; mas a bola o entende, ela é sua amiga de todas as tardes de jogo no mesmo campinho de terra batida pelos pés descalços do garoto amigo da bola.
Por Paulo Siuves