Rainha KeKayaan

Há muitas e muitas milhas atrás, existia um reino. Pois se existia um reino, existia uma rainha e ela se chamava KeKayaan. Filha de uma deusa, possuía inúmeras qualidades sagradas para o povo que ali habitava. Mas KeKayaan possuía um defeito, dando contraste as tantas perfeições que possuía. Amava ouro. Amava diamantes. Amava riqueza. E com isso, era fria, bem mais fria que rochas que habitam o mais extremo fundo do mar. A todo instante procurava sua sala sagrada onde guardava suas montanhas de ouro que nem possuíam horizontes. Houve um dia em que se deparou com algo na imensidão das montanhas: era algo pequeno e escuro, e trazia a sensação de frieza e escuridão, mas apenas no olhar, pois KeKayaan não sentiu nada. Mandou seus homens procurarem aquele bicho horrendo que desaparecera a sua vista. Não encontrando nada após uma longa busca, seus homens foram descansar e ela também. Entrando ao quarto, foi logo tirando a roupa e reparando que suas empregadas habituaram o quarto com um novo espelho, e foi até ele para se deparar com sua beleza. Chegando à frente do espelho, KeKayaan se assustou. Não era sua imagem, muito menos de uma deusa. Era o horrendo animal, que agora estava o dobro do que estara da última vez que o vira. Ele tomava todo o espaço do grande espelho que agora refletia escuridão. KeKayaan tentou afastar seus olhos e voltar a frente do espelho, mas a cada vez que fazia isso o animal crescia mais. Aquilo foi tomando seu quarto através do reflexo até que houve um momento em que a Rainha chorou. Chorou gotas de ouro, pois era isso que predominava sua alma. Chorou tanto que se desgastou e morreu ao imenso perdão de nunca ter dado amor aqueles que tanto admiravam sua perfeição.

O que sai de ti através de lágrimas, é o que te predomina, sempre se lembre! Pode ser um sentimento ruim, que tu podes sim, torná-lo bom e saudável, apenas precisas de coragem e força de vontade.