IMAGEM DA RIMA MESMO FEITA NO COREL
FINAL DE VIAGEM A MARTE
Final com a participação de alguns textos de amigos.
Valdemiro Mendonça
“Trovador das Alterosas”
Valdemiro Mendonça
“Trovador das Alterosas”
Este final reservado para o fechamento do conto da nossa viagem fantasia a Marte mostra alguns textos escritos pelos amigos que participaram. Alguns não enviaram uma nota de despedida, mas serei sempre grato pela força que deram com os comentários de incentivo para que nos divertíssemos com os sonhos de talvez o último alento deste rimador caipira que ainda tem sonhos ou... Talvez seja apenas cumprindo a sina de quem se sente idoso e volta a ser meio criança. Pensei em colocar aqui os comentários recebidos e que me são muito preciosos, mas seria necessário escrever um livro para caber todos e acho que eles são para meu deleite, são o meu prêmio por ousar envolver meus amigos nas minhas loucuras fantasiosas muitos escreveram textos em suas páginas e fizeram comentários entre si, muitos me emocionaram ao comentar com carinho uma frase, um parágrafo que leram e se identificaram coniventes com fatos ou situações criadas.
Apesar de ser um conto de fantasia, eu fugi da minha rotina de escrever, pois, sempre o faço criando histórias voltadas para o cômico caipira que às vezes são chamados de “causos do dia a dia popular” desta vez tudo aconteceu de forma diferente e mesmo tentando levar para o lado risível, a história sempre esteve calçada na amizade pelos amigos ou nomes de quem esteve participando da odisseia, resumi muitas passagens dando apenas uma ideia do que poderia ser sem detalhar os fatos, isto porque uma ficção perfeita deveria ter dados técnicos que eu teria de pesquisar e copiar e não era este o proposto, uma fantasia apenas para que pudéssemos viver um pouco dos sonhos que eu sei que cada poeta carrega dentro de si, o desejo de paz para a humanidade. Um abraço pessoal e fiquem com alguns contos dos nossos amigos comuns que tão carinhosamente participaram começando pela Sonia Fátima que engloba o time destes/as escritores fantásticos do nosso “Recanto das letras”.
Um abraço galera e muito obrigado por terem aturado este Trovador das Alterosas por todos este tempo.
Apesar de ser um conto de fantasia, eu fugi da minha rotina de escrever, pois, sempre o faço criando histórias voltadas para o cômico caipira que às vezes são chamados de “causos do dia a dia popular” desta vez tudo aconteceu de forma diferente e mesmo tentando levar para o lado risível, a história sempre esteve calçada na amizade pelos amigos ou nomes de quem esteve participando da odisseia, resumi muitas passagens dando apenas uma ideia do que poderia ser sem detalhar os fatos, isto porque uma ficção perfeita deveria ter dados técnicos que eu teria de pesquisar e copiar e não era este o proposto, uma fantasia apenas para que pudéssemos viver um pouco dos sonhos que eu sei que cada poeta carrega dentro de si, o desejo de paz para a humanidade. Um abraço pessoal e fiquem com alguns contos dos nossos amigos comuns que tão carinhosamente participaram começando pela Sonia Fátima que engloba o time destes/as escritores fantásticos do nosso “Recanto das letras”.
Um abraço galera e muito obrigado por terem aturado este Trovador das Alterosas por todos este tempo.
Sonia de Fátima Machado Silva
Comentário deixado como despedida na minha página.
Caro amigo bom dia. É com o coração apertadinho que leio esse capítulo porque ele é o último. Foram tantos dias de sonhos sabe? Mas ficou muita coisa boa dessa viagem, que, a meu ver, foi para o céu. Acho que o Marte que revivemos é o céu. O paraíso que Deus nos prometeu. Então faço questão de reprisar aqui essas suas últimas palavras: *Marte estava vivo e com ele a promessa de finalmente a paz reinar para todos os seres humanos.* Vivi tanto esse conto que eu queria que essas últimas palavras fossem verdade. Mas mesmo sendo ficção, saiba que uma esperança foi plantada certamente no coração de cada poeta que dessa viagem participou. E estamos certamente mais sábios, pois compreendemos a importância da coletividade. Com ela, eu penso que tudo é possível. Não somos seres isolados, então é preciso pensar sim nessa coletividade. Olhe quero te dizer que você é uma pessoa que aprendi a admirar nessa viagem e cada palavra que escreveu mostrou o sonho que vive em você e que certamente é o sonho de todos nós: que possamos encontrar um mundo cheio de paz. Aplausos sempre pra ti. Deus o abençoe sempre. Abraços e até...
“Esta nota foi deixada como comentário de despedida na minha página... Carinho Sonia”.
A OUTRA FACE DA LUA
Comentário deixado como despedida na minha página.
Caro amigo bom dia. É com o coração apertadinho que leio esse capítulo porque ele é o último. Foram tantos dias de sonhos sabe? Mas ficou muita coisa boa dessa viagem, que, a meu ver, foi para o céu. Acho que o Marte que revivemos é o céu. O paraíso que Deus nos prometeu. Então faço questão de reprisar aqui essas suas últimas palavras: *Marte estava vivo e com ele a promessa de finalmente a paz reinar para todos os seres humanos.* Vivi tanto esse conto que eu queria que essas últimas palavras fossem verdade. Mas mesmo sendo ficção, saiba que uma esperança foi plantada certamente no coração de cada poeta que dessa viagem participou. E estamos certamente mais sábios, pois compreendemos a importância da coletividade. Com ela, eu penso que tudo é possível. Não somos seres isolados, então é preciso pensar sim nessa coletividade. Olhe quero te dizer que você é uma pessoa que aprendi a admirar nessa viagem e cada palavra que escreveu mostrou o sonho que vive em você e que certamente é o sonho de todos nós: que possamos encontrar um mundo cheio de paz. Aplausos sempre pra ti. Deus o abençoe sempre. Abraços e até...
“Esta nota foi deixada como comentário de despedida na minha página... Carinho Sonia”.
A OUTRA FACE DA LUA
Agora ante a possibilidade de pisar o solo lunar, meu coração dispara. O comandante da nave que nos levará a Marte dá as últimas instruções de como proceder. Confesso que tenho medo. Mais da decepção. Ela dói. Quantas vezes lá da terra olhei esse satélite altivo e frio e, ao mesmo tempo, quente e aliciador de versos. Quantas vezes lhe escrevi poemas da minha varanda enquanto sonhava como o infinito. Ela foi testemunha de sonhos e lágrimas. Às vezes se sentiu triste como eu. Às vezes zombou de mim. Ah! Lembrei-me da vez em que com apenas quatorze anos cantei “Luar do Sertão” de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco.
“Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão
A gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia
A nos nascer no coração”
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão
A gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia
A nos nascer no coração”
Era Natal e embalada pelo vinho e o som do violão de meu primo soltei a voz e arranquei lágrimas dos olhos de minha tia que hoje já não está mais entre nós. Por esse tempo eu ainda não conhecia os reveses da vida e o corpo era só anseio. Depois o tempo passou e me vi escrevendo versos lunares. Vi-me, eu própria, no mundo da lua.
Bem, mas o fato é que agora a lua está bem diante de mim e eu, aproximadamente 384.405 km do nosso planeta Terra tentando compreender onde foi parar seu brilho poético. Então fiquei pensando, e já havia pensado outras vezes que, a beleza e a admiração têm a ver com a distância. O inatingível é belo e misterioso. E surreal.
A emoção é muito forte embora tudo que eu consigo ver nesse satélite natural da terra sejam crateras enormes que, segundo estudiosos, se formaram quando asteroides e cometas colidiram na superfície lunar. Além das crateras vejo grandes montanhas e extensas planícies. Na verdade é tudo muito belo e meu coração quase sai do peito quando meus pés pisam o solo de minha eterna musa. Uma vasta planície como um mar de basalto se estende diante de mim até o ponto onde uma cordilheira de montanhas escarpadas e de cumes pontiagudos se erguem para uma atmosfera que parece não existir. Não muito longe vislumbro as primeiras crateras circulares ou elípticas em variadas dimensões. Ao admirar as crateras fiquei pensando em minhas próprias cicatrizes das diversas colisões que sofri na vida. Acho que elas são eternas, embora eu queira apagá-las de meu ser. Sei que não posso porque, de alguma forma, elas determinaram minhas superfícies e interiores tal como os asteroides fizeram com a lua. A pouca atmosfera da lua deixou-a a mercê desses elementos. E eu? Que dizer de mim então?
Mas não quero ficar aqui a lamuriar o passado ou o que quer que seja. Quero aproveitar e sair pela lua. Admirar suas crateras, correr por essas planícies e perder meu olhar em suas montanhas. Sentir-me talvez como Neil Armstrong comandante da nave Columbia da missão Apollo 11 que teve o privilégio de ser o primeiro humano a pisar na lua. Que teria ele, realmente sentido? Mas o fato é que a emoção não dá para ser descrita e prefiro admirar tudo. A mente vaga em versos que querem nascer. Interessante: não houve decepção. Antes vejo a lua mais bela e quero aproveitar cada momento dessa experiência. Talvez eu leve um pedaço de rocha para mostrar aos incrédulos e escreva ainda mais versos numa noite de lua cheia olhando-a e tendo a certeza de que um dia a toquei e a senti em minha própria pele ainda que numa viagem de fantasia.
A emoção é muito forte embora tudo que eu consigo ver nesse satélite natural da terra sejam crateras enormes que, segundo estudiosos, se formaram quando asteroides e cometas colidiram na superfície lunar. Além das crateras vejo grandes montanhas e extensas planícies. Na verdade é tudo muito belo e meu coração quase sai do peito quando meus pés pisam o solo de minha eterna musa. Uma vasta planície como um mar de basalto se estende diante de mim até o ponto onde uma cordilheira de montanhas escarpadas e de cumes pontiagudos se erguem para uma atmosfera que parece não existir. Não muito longe vislumbro as primeiras crateras circulares ou elípticas em variadas dimensões. Ao admirar as crateras fiquei pensando em minhas próprias cicatrizes das diversas colisões que sofri na vida. Acho que elas são eternas, embora eu queira apagá-las de meu ser. Sei que não posso porque, de alguma forma, elas determinaram minhas superfícies e interiores tal como os asteroides fizeram com a lua. A pouca atmosfera da lua deixou-a a mercê desses elementos. E eu? Que dizer de mim então?
Mas não quero ficar aqui a lamuriar o passado ou o que quer que seja. Quero aproveitar e sair pela lua. Admirar suas crateras, correr por essas planícies e perder meu olhar em suas montanhas. Sentir-me talvez como Neil Armstrong comandante da nave Columbia da missão Apollo 11 que teve o privilégio de ser o primeiro humano a pisar na lua. Que teria ele, realmente sentido? Mas o fato é que a emoção não dá para ser descrita e prefiro admirar tudo. A mente vaga em versos que querem nascer. Interessante: não houve decepção. Antes vejo a lua mais bela e quero aproveitar cada momento dessa experiência. Talvez eu leve um pedaço de rocha para mostrar aos incrédulos e escreva ainda mais versos numa noite de lua cheia olhando-a e tendo a certeza de que um dia a toquei e a senti em minha própria pele ainda que numa viagem de fantasia.
Nesse dia eu:
Vou sentar-me na varanda
E na penumbra escrever versos
A ti ó lua...
Versos banhados de teu próprio luar...
Versos iluminados na ponta de meus dedos
É ditados pelo coração...
Bem sabes que és musa
É habitar esse ser poético,
Cuja lucidez termina em versos...
Sabe lua?
Hoje não quero estar só
E nem sentir a lucidez de meu lirismo
A derramar vocábulos solitários...
Hoje quero a ti como companhia,
Mesmo fria na altivez de teu universo
Perene e iluminado...
Tu sabes, ó lua...
O quanto esse carma poético
Atormenta minha alma estratosférica
E preciso extravasar meus limites...
BAILE NA LUA
Vou sentar-me na varanda
E na penumbra escrever versos
A ti ó lua...
Versos banhados de teu próprio luar...
Versos iluminados na ponta de meus dedos
É ditados pelo coração...
Bem sabes que és musa
É habitar esse ser poético,
Cuja lucidez termina em versos...
Sabe lua?
Hoje não quero estar só
E nem sentir a lucidez de meu lirismo
A derramar vocábulos solitários...
Hoje quero a ti como companhia,
Mesmo fria na altivez de teu universo
Perene e iluminado...
Tu sabes, ó lua...
O quanto esse carma poético
Atormenta minha alma estratosférica
E preciso extravasar meus limites...
BAILE NA LUA
PF03 num gesto quase autômato coloca os brincos de Strass. Não gostava muito de brincos grandes, mas a ocasião merecia um pouco de exagero. Se é que se podia chamar de exagero o simples fato de ostentar dois belos brincos em lugar das medíocres argolinhas de ouro que sempre usava. Sempre se achara um pouco medíocre e sem graça. Sempre passava despercebida, exceto naquele dia na quermesse quando conquistara seu primeiro amor. Naquele dia também usava um vestido verde de florzinhas bem miúdas. Foi enquanto dançava que ele a pediu em namoro e trouxe-a de encontro ao peito num gesto quase ousado. Rubra e de coração aos saltos aceitou para depois viver as certezas e incertezas do amor. O primeiro amor se transformou no velho amor do passado...
Com certa amargura PF 03 tentou tirar essas lembranças da alma afinal hoje era dia de baile e queria brilhar. Não era sempre que acontecia um baile na lua. Ela que tantas vezes já havia dançado ao luar em noites de São João... Ensaiou um sorriso leve e maroto e rodopiou diante do grande espelho em sua cabine. A saia godê duplo de musselina verde varreu o espaço em leves passos de valsa e ela fechou os olhos levemente sonhadores e pode sentir os acordes dos “Contos dos Bosques de Viena” de Johann Strauss. De repente flutuava no ar na superfície da lua. Por instantes perdeu-se no seu próprio espaço. Quantas vezes fizera isso. Sempre fora uma sonhadora incorrigível. O infinito a tragava tão facilmente. Talvez por isso já tenha sentido as tramas do amor. Tudo nela era intenso. Até mesmo sua mediocridade de menina da roça que corria pelos campos a colher margaridas amarelas e sonhava com um príncipe de cavalo branco. Agora aos dezessete anos suas quimeras se misturavam por vezes em rebeldia. Aquela que a fazia cortar os estradões no velho Alazão e equilibrar-se sobre as tábuas do curral. Mas eram somente os anseios represados de uma menina que mal sabia o que era um beijo, mas que já sentia o fogo do desejo correr nas veias. Foi nesse enlevo que ela se viu novamente nos braços daquele velho amor e lhe entregava o olhar e o beijo que nunca ousara.
De repente, assustada com os rumos do pensamento PF03 volta à realidade até porque no grande salão da nave RM01 já se ouvia o som de música e risos. E depois não queria voltar ao passado embora quisesse viver algumas de suas emoções como ser tragada pelo olhar e beijo de algum poeta que talvez lhe tirasse para dançar.
De sorriso nos lábios olhou novamente para o espelho e a imagem que viu surpreendeu-a. Tinha apenas dezessete anos e parecia uma mulher madura com os cabelos levantados ao alto. Grandes mechas onduladas desciam pela face dando-lhe um olhar sedutor. Ah! O olhar... Já tinham lhe dito que seu olhar parecia falar. Achou engraçado porque seus olhos eram pequenos e talvez mais medíocres que sua própria vida. Foi um moço bem mais velho apresentado por sua madrinha justamente quando aquele velho amor partiu e deixou-a triste. Ficou meio sem jeito, mas não cedeu às investidas do moço. Não queria se envolver. A tentativa de sedução não deu certo...
Nessa grande noite havia se esmerado na maquiagem dos olhos fazendo-os pareceram maiores. Conseguiu o efeito esperado e talvez algum poeta atendesse aos seus apelos. Pensando assim sorriu para si mesma dizendo que hoje seria mais do que tivera sido outrora. Sua rebeldia e anseios estavam aflorados...
Depois de retocar o batom cor de romã pegou a bolsa prateada combinando com os sapatos e saiu da cabine com passos decididos que duraram apenas enquanto atravessava um extenso corredor rumo ao salão de festa da nave. Luzes de neon ofuscaram seus olhos e por instantes sentiu-se um pouco perdida e certo medo invadiu-lhe a mente. Foi então que pensou que somos o que somos eternamente. A identidade é construída dia a dia, mas o fato, é que ali, diante de todo aquele esplendor sentiu que ainda era e seria a mesma de antes: medíocre e tímida. Os passos mais lentos agora parecia serem medidos assim como fora medida toda sua vida: palavras e gestos. Quem tem pai autoritário aprende desde cedo essas coisas.
Parou por um instante e ficou admirando tudo que via à sua frente. Tudo era alegria no salão. Risos e danças... Não, não queria se perder em amarguras decidiu...
A primeira pessoa que viu foi PF01 em seu belíssimo vestido azul e cabelos louros. Parecia uma fada e logo ficou imaginando sua varinha de condão enfeitando o RL de belíssimas trovas e poesias. Sorriu e lembrou-se de seus próprios versos recheados de sensualidade, emoções e sonhos... Havia uma fase para cada um, inclusive aquela fase do cio pensou rindo. Sentiu-se mais segura e começou a caminhar quando sentiu um leve toque em seus baços alvos. Ao retornar o olhar deparou com PM03 que tinha vindo-lhe ao encontro e nem tinha notado. Num gesto romântico beijou-lhe as mãos. Estremeceu, pois jamais havia recebido um gesto desses na vida. Teve medo. Medo de apaixonar. Tudo era possível, ainda mais estando ali na lua, sua eterna musa. Deus! Como era tolinha. Tolinha e carente. Poetisas eram tolas e carentes. Bastava ler cada verso de seus poemas. Conseguiu sorrir com o coração sobressaltado e PM03 a convidou para dançar. Aceitou e ficou olhando aquela pista enorme e circular em cujo projetava sombras vindas dos globos reluzentes do teto abobadado da nave. Levada por PM 3 atravessou quase sem sentir o piso deslizante do salão. Parecia levitar. Sem conseguir tirar o sorriso dos lábios parecia mais ingênua e medíocre. Mas quando a valsa começou teve a certeza de que podia viver uma realidade num sonho. Um sonho de cinderela dos contos de fadas.
A valsa era justamente “Os contos dos bosques de Viena” de Johann Strauss e PM 03, decidido, na leveza e elegância dos acordes, enlaçou possessivamente a cintura delgada de PF03. Olhou-a dentro dos olhos e seu coração disparou enquanto sentia-se ser levada por aquele salão enorme rumo ao sonho e a ilusão. PM 03 tinha uma masculinidade madura apesar de seus dezessete anos. Sabia como ser cavalheiro e sedutor. Quais seriam sãs intenções? Apenas dançar ou algo mais em sua cabine mais tarde? O coração sobressaltou ante a possibilidade desse “algo mais”.
PF03 fechou os olhos a sonhar levada naquele som, suave e sereno, sucumbida por braços fortes a rodopiar, flutuando apenas com aquele ardente olhar. Não sabia se era a força da gravidade da lua ou da própria imaginação, mas o fato é que flutuava como pena e não queria mais abrir os olhos. A realidade é tão fria e cruel e por vezes se cansava dela. Hoje seria a noite da entrega. Não importava qual entrega fosse. Da alma e até do próprio corpo para viver volúpias reprimidas até então.
De repente sentiu que o mundo havia parado e não ouvia nem mais os belos acordes da valsa. A lua exercia uma força e energia tão grande sobre PF03 que ela pensou que tinha entrado em estado de Alfa e calmamente se encaminhava para o estado de Teta, pois em seu estado cerebral parecia não mais existir tempo e espaço. Foi então que sentiu um beijo como uma brisa amena e lentamente abriu os olhos. Foram micros minutos que parecera uma eternidade em seus sonhos. PM03 como um príncipe a havia despertado com um leve beijo na face. Olhava-a um pouco assustado, pois não compreendia esse seu enleio e ela ficou meio sem jeito. O que estaria pensando dessa menina sonhadora? Talvez risse em seu íntimo, pois homens estão acostumados com a razão dos fatos. Talvez ele não compreendesse o que se passava na cabeça de uma mulher que sonhava o infinito. Assim o sorriso que veio depois de PM03, ela não sabia se era deboche ou compreensão. Contudo, ele a tomou pela mão e levou-a até o bar. PF03 seguiu-o obediente e isso a incomodou, pois não gostava da possessividade dos homens. Mas desde menina sentira a do próprio pai. Isso era algo contra o qual seu interior lutava em busca de uma liberdade ainda que clandestina. Sua liberdade e sua felicidade sempre foram clandestinas pensou e suspirou. E ali estava a oportunidade de viver uma liberdade que não tivera.
PF03 não gostava de bebidas alcoólicas, mas aceitou um coquetel refrescante feito à base de rum jamaicano, suco de abacaxi e licor de ervas francês. PM 03 preferiu uma dose de uísque. Escolheu a marca do whisky mais famoso do mundo, um Johnnie Walker, talvez pelo fato de conhecer a história do mesmo, uma grande história de superação e determinação da família que o criara. E depois determinação era o que ele precisava ter ali naquele momento. Gostava de coisas fortes e talvez estivesse precisando disso agora para compreender a fragilidade daquela menina que quase desfalecera em seus braços. Apesar de saber que tomar Uísque é uma arte, um momento muito especial, tomou a sua dose quase de uma só vez, olhando PF03 através do liquido transparente Olhava-a de um de um jeito diferente. Quase inquisidor. Queria descobrir o que se passava na sua mente. Certamente um orgasmo a levaria ao céu. Ou a desfaleceria. Correria o risco? Será que ela iria até sua cabine?
PM 03 tomou as mãos de PF03 e levou-a até uma grande janela transparente que mostrava a superfície da lua. Por um momento ficaram olhando aquela paisagem desordenada. Era mágico estar nessa outra face da lua tão fria e sem cor, mas ao mesmo tempo sentir sua influência na alma. PF03 estremeceu e PM03 a enlaçou levemente pelos ombros e trouxe-lhe de encontro ao peito. Era um convite mudo e PF03 entendeu. Movida pela reação leve do álcool do Jamaican Rum Punch sentia as fibras de seu ser desordenadas e clementes. Quando olhou para PM03 sabia bem o que ele queria e conseguiu até sorrir de um jeito sedutor encorajando-o. Bastou isso para o beijo lunar acontecer e momentos depois o vestido de musselina verde cair docemente no tapete cor de creme...
FINALMENTE EM MARTE...
Quando a névoa dentro da cabine se dissipou, PF03 saiu para o salão principal da RM01 ainda um pouco tonta. Os segundos que levaram para transporem da lua à Marte lhe deram certo medo e ansiedade, mas tudo foi tão rápido que, quando o coração disparou, a nave RM01 já plainava a trinta metros do solo marciano. Sobre seus montes avermelhados e frios... Por um grande painel aberto na parede da nave por comandante Mirote já se podia ver um pouco daquela paisagem soturna que parecia adormecida e guardada por deuses-Finalmente no Planeta vermelho... Pensara PF03, ao mesmo tempo se lembrando da terra tão distante. Sentiu certa apreensão e, ao mesmo tempo, uma áurea estranha. -Energias marcianas, talvez... Quem sabe estivessem por perto os espreitando e esperando o momento certo para desintegrá-los. - Bobagens. Pensou PF03. Afinal não estavam mais nos anos 1800. E microrganismos captados por robôs não eram prova de existência de seres inteligentes e evoluídos, senão não teriam se dizimado.
O que PF03 sentia era emoção... Sim... Talvez pelo fato de Marte estar registrado em sua mente como um planeta mitológico. Aprendera há algum tempo que esse planeta para diversas civilizações antigas era tido como um deus. Sabe-se, por exemplo, que na mitologia helênica, Marte era reconhecido como o deus da fúria e da guerra, em razão de sua cor avermelhada. Grécia e Egito também tinham suas versões. Foram os romanos que lhe deram o nome de Marte. Para os babilônios era conhecido como "A Estrela da Morte" e as suas observações tinham cunho religioso enquanto que os gregos eram mais racionais, pois já o reconheciam como uma estrela errante ou um planeta.
PF03 lera em algum lugar que a ideia de uma suposta civilização marciana surgira por volta de 1877 a partir de observações do norte-americano Percival Lowell que, convencera- se de que Marte era um planeta que estava secando e que uma civilização marciana buscava formas de salvá-lo, por exemplo, construindo canais para enviar água para as cidades sedentas. Nesse tempo essa visão de civilização marciana, inclusive invadindo a terra caiu na mente popular. A partir de então missões com sondas exploraram o planeta, mas não encontraram vestígios de civilização, exceto suposições de, por exemplo, haver água no subsolo (isso já bem recentemente, em 2005), e que, isso, daria a possibilidade de ter havido vida ali. Não seres como os humanos, mas outras espécies de microrganismos. Isso era fato comprovado pela NASA. Sendo assim, os tripulantes da RM01. Certamente não encontrariam algum marciano por ali, mas, talvez, fantasmas dos mesmos, descansando em lagos congelados...
Enquanto olhava pelo grande painel da RM 01 as extensas dunas, crateras e montes frios da superfície de Marte, PF03 ficou pensando em sua mais recente leitura, pois desde que soube da viagem a Marte, entregara-se aos livros para saber um pouco mais desse planeta vermelho. Lera, por exemplo, que, nos últimos séculos, os cientistas da NASA acreditavam ser possível colonizar o planeta, fazerem uma espécie de “terra formação”. Talvez pelo fato de acreditarem que possivelmente já tenha havido vida por ali. Para isso precisariam construir a atmosfera e aquecê-la. PF03 não entendia como isso se faria, mas ficou pensando se não seria essa a missão da RM01. Seria mesmo possível refazer uma atmosfera? Como por exemplo, construir camadas de gases que pudessem captar e aprisionar a radiação solar, pois, como se sabe, a temperatura média de Marte é de aproximadamente 59 graus Celsius negativos. Não era uma missão fácil. Mas certamente a mente humana saberia como fazê-lo. Seria mesmo uma missão para os tripulantes da RM01? Isso só o comandante Mirote saberia dizer. - Ou iludir... Pensou PF03 com o olhar perdido num ponto qualquer de Marte.
Com certa amargura PF 03 tentou tirar essas lembranças da alma afinal hoje era dia de baile e queria brilhar. Não era sempre que acontecia um baile na lua. Ela que tantas vezes já havia dançado ao luar em noites de São João... Ensaiou um sorriso leve e maroto e rodopiou diante do grande espelho em sua cabine. A saia godê duplo de musselina verde varreu o espaço em leves passos de valsa e ela fechou os olhos levemente sonhadores e pode sentir os acordes dos “Contos dos Bosques de Viena” de Johann Strauss. De repente flutuava no ar na superfície da lua. Por instantes perdeu-se no seu próprio espaço. Quantas vezes fizera isso. Sempre fora uma sonhadora incorrigível. O infinito a tragava tão facilmente. Talvez por isso já tenha sentido as tramas do amor. Tudo nela era intenso. Até mesmo sua mediocridade de menina da roça que corria pelos campos a colher margaridas amarelas e sonhava com um príncipe de cavalo branco. Agora aos dezessete anos suas quimeras se misturavam por vezes em rebeldia. Aquela que a fazia cortar os estradões no velho Alazão e equilibrar-se sobre as tábuas do curral. Mas eram somente os anseios represados de uma menina que mal sabia o que era um beijo, mas que já sentia o fogo do desejo correr nas veias. Foi nesse enlevo que ela se viu novamente nos braços daquele velho amor e lhe entregava o olhar e o beijo que nunca ousara.
De repente, assustada com os rumos do pensamento PF03 volta à realidade até porque no grande salão da nave RM01 já se ouvia o som de música e risos. E depois não queria voltar ao passado embora quisesse viver algumas de suas emoções como ser tragada pelo olhar e beijo de algum poeta que talvez lhe tirasse para dançar.
De sorriso nos lábios olhou novamente para o espelho e a imagem que viu surpreendeu-a. Tinha apenas dezessete anos e parecia uma mulher madura com os cabelos levantados ao alto. Grandes mechas onduladas desciam pela face dando-lhe um olhar sedutor. Ah! O olhar... Já tinham lhe dito que seu olhar parecia falar. Achou engraçado porque seus olhos eram pequenos e talvez mais medíocres que sua própria vida. Foi um moço bem mais velho apresentado por sua madrinha justamente quando aquele velho amor partiu e deixou-a triste. Ficou meio sem jeito, mas não cedeu às investidas do moço. Não queria se envolver. A tentativa de sedução não deu certo...
Nessa grande noite havia se esmerado na maquiagem dos olhos fazendo-os pareceram maiores. Conseguiu o efeito esperado e talvez algum poeta atendesse aos seus apelos. Pensando assim sorriu para si mesma dizendo que hoje seria mais do que tivera sido outrora. Sua rebeldia e anseios estavam aflorados...
Depois de retocar o batom cor de romã pegou a bolsa prateada combinando com os sapatos e saiu da cabine com passos decididos que duraram apenas enquanto atravessava um extenso corredor rumo ao salão de festa da nave. Luzes de neon ofuscaram seus olhos e por instantes sentiu-se um pouco perdida e certo medo invadiu-lhe a mente. Foi então que pensou que somos o que somos eternamente. A identidade é construída dia a dia, mas o fato, é que ali, diante de todo aquele esplendor sentiu que ainda era e seria a mesma de antes: medíocre e tímida. Os passos mais lentos agora parecia serem medidos assim como fora medida toda sua vida: palavras e gestos. Quem tem pai autoritário aprende desde cedo essas coisas.
Parou por um instante e ficou admirando tudo que via à sua frente. Tudo era alegria no salão. Risos e danças... Não, não queria se perder em amarguras decidiu...
A primeira pessoa que viu foi PF01 em seu belíssimo vestido azul e cabelos louros. Parecia uma fada e logo ficou imaginando sua varinha de condão enfeitando o RL de belíssimas trovas e poesias. Sorriu e lembrou-se de seus próprios versos recheados de sensualidade, emoções e sonhos... Havia uma fase para cada um, inclusive aquela fase do cio pensou rindo. Sentiu-se mais segura e começou a caminhar quando sentiu um leve toque em seus baços alvos. Ao retornar o olhar deparou com PM03 que tinha vindo-lhe ao encontro e nem tinha notado. Num gesto romântico beijou-lhe as mãos. Estremeceu, pois jamais havia recebido um gesto desses na vida. Teve medo. Medo de apaixonar. Tudo era possível, ainda mais estando ali na lua, sua eterna musa. Deus! Como era tolinha. Tolinha e carente. Poetisas eram tolas e carentes. Bastava ler cada verso de seus poemas. Conseguiu sorrir com o coração sobressaltado e PM03 a convidou para dançar. Aceitou e ficou olhando aquela pista enorme e circular em cujo projetava sombras vindas dos globos reluzentes do teto abobadado da nave. Levada por PM 3 atravessou quase sem sentir o piso deslizante do salão. Parecia levitar. Sem conseguir tirar o sorriso dos lábios parecia mais ingênua e medíocre. Mas quando a valsa começou teve a certeza de que podia viver uma realidade num sonho. Um sonho de cinderela dos contos de fadas.
A valsa era justamente “Os contos dos bosques de Viena” de Johann Strauss e PM 03, decidido, na leveza e elegância dos acordes, enlaçou possessivamente a cintura delgada de PF03. Olhou-a dentro dos olhos e seu coração disparou enquanto sentia-se ser levada por aquele salão enorme rumo ao sonho e a ilusão. PM 03 tinha uma masculinidade madura apesar de seus dezessete anos. Sabia como ser cavalheiro e sedutor. Quais seriam sãs intenções? Apenas dançar ou algo mais em sua cabine mais tarde? O coração sobressaltou ante a possibilidade desse “algo mais”.
PF03 fechou os olhos a sonhar levada naquele som, suave e sereno, sucumbida por braços fortes a rodopiar, flutuando apenas com aquele ardente olhar. Não sabia se era a força da gravidade da lua ou da própria imaginação, mas o fato é que flutuava como pena e não queria mais abrir os olhos. A realidade é tão fria e cruel e por vezes se cansava dela. Hoje seria a noite da entrega. Não importava qual entrega fosse. Da alma e até do próprio corpo para viver volúpias reprimidas até então.
De repente sentiu que o mundo havia parado e não ouvia nem mais os belos acordes da valsa. A lua exercia uma força e energia tão grande sobre PF03 que ela pensou que tinha entrado em estado de Alfa e calmamente se encaminhava para o estado de Teta, pois em seu estado cerebral parecia não mais existir tempo e espaço. Foi então que sentiu um beijo como uma brisa amena e lentamente abriu os olhos. Foram micros minutos que parecera uma eternidade em seus sonhos. PM03 como um príncipe a havia despertado com um leve beijo na face. Olhava-a um pouco assustado, pois não compreendia esse seu enleio e ela ficou meio sem jeito. O que estaria pensando dessa menina sonhadora? Talvez risse em seu íntimo, pois homens estão acostumados com a razão dos fatos. Talvez ele não compreendesse o que se passava na cabeça de uma mulher que sonhava o infinito. Assim o sorriso que veio depois de PM03, ela não sabia se era deboche ou compreensão. Contudo, ele a tomou pela mão e levou-a até o bar. PF03 seguiu-o obediente e isso a incomodou, pois não gostava da possessividade dos homens. Mas desde menina sentira a do próprio pai. Isso era algo contra o qual seu interior lutava em busca de uma liberdade ainda que clandestina. Sua liberdade e sua felicidade sempre foram clandestinas pensou e suspirou. E ali estava a oportunidade de viver uma liberdade que não tivera.
PF03 não gostava de bebidas alcoólicas, mas aceitou um coquetel refrescante feito à base de rum jamaicano, suco de abacaxi e licor de ervas francês. PM 03 preferiu uma dose de uísque. Escolheu a marca do whisky mais famoso do mundo, um Johnnie Walker, talvez pelo fato de conhecer a história do mesmo, uma grande história de superação e determinação da família que o criara. E depois determinação era o que ele precisava ter ali naquele momento. Gostava de coisas fortes e talvez estivesse precisando disso agora para compreender a fragilidade daquela menina que quase desfalecera em seus braços. Apesar de saber que tomar Uísque é uma arte, um momento muito especial, tomou a sua dose quase de uma só vez, olhando PF03 através do liquido transparente Olhava-a de um de um jeito diferente. Quase inquisidor. Queria descobrir o que se passava na sua mente. Certamente um orgasmo a levaria ao céu. Ou a desfaleceria. Correria o risco? Será que ela iria até sua cabine?
PM 03 tomou as mãos de PF03 e levou-a até uma grande janela transparente que mostrava a superfície da lua. Por um momento ficaram olhando aquela paisagem desordenada. Era mágico estar nessa outra face da lua tão fria e sem cor, mas ao mesmo tempo sentir sua influência na alma. PF03 estremeceu e PM03 a enlaçou levemente pelos ombros e trouxe-lhe de encontro ao peito. Era um convite mudo e PF03 entendeu. Movida pela reação leve do álcool do Jamaican Rum Punch sentia as fibras de seu ser desordenadas e clementes. Quando olhou para PM03 sabia bem o que ele queria e conseguiu até sorrir de um jeito sedutor encorajando-o. Bastou isso para o beijo lunar acontecer e momentos depois o vestido de musselina verde cair docemente no tapete cor de creme...
FINALMENTE EM MARTE...
Quando a névoa dentro da cabine se dissipou, PF03 saiu para o salão principal da RM01 ainda um pouco tonta. Os segundos que levaram para transporem da lua à Marte lhe deram certo medo e ansiedade, mas tudo foi tão rápido que, quando o coração disparou, a nave RM01 já plainava a trinta metros do solo marciano. Sobre seus montes avermelhados e frios... Por um grande painel aberto na parede da nave por comandante Mirote já se podia ver um pouco daquela paisagem soturna que parecia adormecida e guardada por deuses-Finalmente no Planeta vermelho... Pensara PF03, ao mesmo tempo se lembrando da terra tão distante. Sentiu certa apreensão e, ao mesmo tempo, uma áurea estranha. -Energias marcianas, talvez... Quem sabe estivessem por perto os espreitando e esperando o momento certo para desintegrá-los. - Bobagens. Pensou PF03. Afinal não estavam mais nos anos 1800. E microrganismos captados por robôs não eram prova de existência de seres inteligentes e evoluídos, senão não teriam se dizimado.
O que PF03 sentia era emoção... Sim... Talvez pelo fato de Marte estar registrado em sua mente como um planeta mitológico. Aprendera há algum tempo que esse planeta para diversas civilizações antigas era tido como um deus. Sabe-se, por exemplo, que na mitologia helênica, Marte era reconhecido como o deus da fúria e da guerra, em razão de sua cor avermelhada. Grécia e Egito também tinham suas versões. Foram os romanos que lhe deram o nome de Marte. Para os babilônios era conhecido como "A Estrela da Morte" e as suas observações tinham cunho religioso enquanto que os gregos eram mais racionais, pois já o reconheciam como uma estrela errante ou um planeta.
PF03 lera em algum lugar que a ideia de uma suposta civilização marciana surgira por volta de 1877 a partir de observações do norte-americano Percival Lowell que, convencera- se de que Marte era um planeta que estava secando e que uma civilização marciana buscava formas de salvá-lo, por exemplo, construindo canais para enviar água para as cidades sedentas. Nesse tempo essa visão de civilização marciana, inclusive invadindo a terra caiu na mente popular. A partir de então missões com sondas exploraram o planeta, mas não encontraram vestígios de civilização, exceto suposições de, por exemplo, haver água no subsolo (isso já bem recentemente, em 2005), e que, isso, daria a possibilidade de ter havido vida ali. Não seres como os humanos, mas outras espécies de microrganismos. Isso era fato comprovado pela NASA. Sendo assim, os tripulantes da RM01. Certamente não encontrariam algum marciano por ali, mas, talvez, fantasmas dos mesmos, descansando em lagos congelados...
Enquanto olhava pelo grande painel da RM 01 as extensas dunas, crateras e montes frios da superfície de Marte, PF03 ficou pensando em sua mais recente leitura, pois desde que soube da viagem a Marte, entregara-se aos livros para saber um pouco mais desse planeta vermelho. Lera, por exemplo, que, nos últimos séculos, os cientistas da NASA acreditavam ser possível colonizar o planeta, fazerem uma espécie de “terra formação”. Talvez pelo fato de acreditarem que possivelmente já tenha havido vida por ali. Para isso precisariam construir a atmosfera e aquecê-la. PF03 não entendia como isso se faria, mas ficou pensando se não seria essa a missão da RM01. Seria mesmo possível refazer uma atmosfera? Como por exemplo, construir camadas de gases que pudessem captar e aprisionar a radiação solar, pois, como se sabe, a temperatura média de Marte é de aproximadamente 59 graus Celsius negativos. Não era uma missão fácil. Mas certamente a mente humana saberia como fazê-lo. Seria mesmo uma missão para os tripulantes da RM01? Isso só o comandante Mirote saberia dizer. - Ou iludir... Pensou PF03 com o olhar perdido num ponto qualquer de Marte.
JEANE DIOGO
Minha querida amiga Jeane, poetisa e brilhante personagem admirada por todos no recanto e com um carisma que eu acredito ela carregou à vida inteira e é sua marca registrada. Obrigado Jeane “nossa” doce namorada.
Uma fantástica viagem...
Meu querido amigo Valdemiro Mendonça, o poeta Trovador das Alterosas e que nos mostrou seu enorme talento no conto maravilhoso onde me levou, junto a vários poetas até Marte, merece aplausos. Muitos aplausos!
Além de proporcionar-nos momentos alegres e diferentes do cotidiano deixa em seu conto, uma bela utopia, uma mensagem maravilhosa, pois coloca a humanidade colonizando Marte, de uma maneira humana e ao mesmo tempo sublime, pois os que lá viverão serão humanos evoluídos, construirão um mundo onde não haverá guerras, disputas, drogas e luta pela sobrevivência. Será um mundo de amor, paz sabedoria, felicidade e muita beleza.
A você, que eu carinhosamente chamo de Miro, quero deixar os meus aplausos, de pé, pois sua criatividade e seus belos sonhos são maravilhosos, dignos do homem talentoso e sensível que és.
Obrigada por ter me conduzido nesta maravilhosa aventura.
Beijos no coração amigo lindão.
Jeane Diogo.
Miro espero que sejam estas! Beijos
OÍ MARTE...
Já dentro da grande nave
desejo pra Marte ir...
Mas ao comandante cabe
dar a ordem para partir!
EM MARTE...
Vou usar imaginação
um Marciano vou criar
Se feito com perfeição
Terá amor para m dar!
Obrigado linda, muito carinho.
"EU QUE AGRADEÇO LINDA
CARINHO SEMPRE"
Maria Luiza Bremide
OÍ MARTE...
Já dentro da grande nave
desejo pra Marte ir...
Mas ao comandante cabe
dar a ordem para partir!
EM MARTE...
Vou usar imaginação
um Marciano vou criar
Se feito com perfeição
Terá amor para m dar!
Obrigado linda, muito carinho.
"EU QUE AGRADEÇO LINDA
CARINHO SEMPRE"
Maria Luiza Bremide
Minha querida amiga Maria Luiza Bremide também fez o favor de escrever sobre nossa viagem deixando um comentário de despedida, obrigado minha amiga de aventuras, já tivemos uma crônica fantasia juntos e foi muito divertido e agora ela participou ativamente de tudo e seu incentivo sempre me ajudou a continuar até o final proposto no conto.
Comentário de despedida.
Querido amigo poeta Trovador das Alterosas, vim te dizer que hoje chorei quando vi que nossa viagem a marte terminou confesso, se eu pudesse, não voltaria a vida real. Olha obrigada por ter me convidado pra esse encontro que conheci pessoas maravilhosas que aprendi a respeita-las e ama-las. Quero dizer pra você que te admiro como um grande homem, “poeta e pensador”, não tenho palavras bonitas pra agradecer essa grande alegria que tive de participar desse conto e de ser uma das personagem dele. Deixo pra você mil beijos no seu coração.
Baile na nave
Rima mesmo
Minha querida amiga Diogo
Nosso desfile sideral ta bombando
Venha conhecer a mais nova moda
Que Estrela ta lançando
Vem comprar logo o seu
Que a noite ta avançando...
E o baile já está começando...
"Viagem a marte"
Rima mesmo
Minha querida amiga Diogo
Nosso desfile sideral ta bombando
Venha conhecer a mais nova moda
Que Estrela ta lançando
Vem comprar logo o seu
Que a noite ta avançando...
E o baile já está começando...
"Viagem a marte"
Chegamos à lua. Com nosso guia saímos para pesquisar os encantos da lua que da terra nos atraia tanto. Eu olhava e tudo era novidade e com a câmera na mão filmava tudo. De repente olhei e vi em outro grupo um lindo rapaz, “era o PM 03 sorridente e feliz com seus dezessete aninhos” eu me encantei, então pensei é hoje que vou me dar bem, com todo o meu charme sorri pra ele e ele sorriu pra mim.
O que eu não contava que a PF 01 alta, loira e seus lindos olhos azuis já estava de namorico com o PM 03 e chegou e disse vamos amor.Eu sem saber o que fazer comecei a chorar,fiquei ali parada.Resolvi voltar pra nave,quando me levantei vi na minha frente um homem lindo ,um metro e oitenta olhos azuis ,pensei é uma miragem enxuguei minhas lagrimas com meus cabelos, não era uma miragem era o TM xx que me olhava parecendo comer -me com os olhos.
Ai eu pensei, agora vai dar certo, nem cheguei a olha-lo direito a TF xx chegou perto dele e deu uma cutucada em sua costela e os dois sairão abraçados e felizes. Resolvi voltar pra nave, quem sabe em marte tenho mais sorte e encontro o amor do meus sonhos...
O que eu não contava que a PF 01 alta, loira e seus lindos olhos azuis já estava de namorico com o PM 03 e chegou e disse vamos amor.Eu sem saber o que fazer comecei a chorar,fiquei ali parada.Resolvi voltar pra nave,quando me levantei vi na minha frente um homem lindo ,um metro e oitenta olhos azuis ,pensei é uma miragem enxuguei minhas lagrimas com meus cabelos, não era uma miragem era o TM xx que me olhava parecendo comer -me com os olhos.
Ai eu pensei, agora vai dar certo, nem cheguei a olha-lo direito a TF xx chegou perto dele e deu uma cutucada em sua costela e os dois sairão abraçados e felizes. Resolvi voltar pra nave, quem sabe em marte tenho mais sorte e encontro o amor do meus sonhos...
"Valeu minha doce amiga.
Carinho sempre".
Jânia Martins
Carinho sempre".
Jânia Martins
A menina de São Matheus, escritora e poetisa que me deu todo apoio nesta empreitada de fantasia, foi edificante ter sempre sua companhia nos comentários e na maneira carinhosa de estar sempre relatando com um conto em sua própria página nossas peripécias nestes caminhos dos cosmos. Obrigado menina.
MARTE,
O PLANETA DO NOSSO POETA
TROVADOR DAS ALTEROSAS.
Marte planeta que incita a curiosidade de todos os países... No momento está ainda mais em evidência no conto do nosso poeta Trovador das Alterosas. A Nave Rima mesmo 01 levou poetas e poetisas para conhecer o planeta vermelho e habitá-lo; uma aventura inigualável. Um show de sensações acontece a cada minuto neste planeta... Os poetas divertem-se feito crianças. A felicidade ali é sempre plena e generosa.
Nosso comandante Mirote e seus fiéis "cientistas" estão estudando e arrumando várias maneiras de habitar o planeta do futuro da humanidade. E o astro que não tem luz própria é fenomenal... Cada dia vivido em seu solo causa-nos uma surpresa. O planeta vermelho será o santuário dos novos povos; e os amigos do comandante Mirote são os primeiros a presenciar o futuro que já chegou. Marte já tem paisagens feitas pelos "cientistas" do nosso Mirote... Paisagens bucólicas, lindas, que agradam aos poetas. Brandura e carinho e esperança...
Nosso comandante Mirote e seus fiéis "cientistas" estão estudando e arrumando várias maneiras de habitar o planeta do futuro da humanidade. E o astro que não tem luz própria é fenomenal... Cada dia vivido em seu solo causa-nos uma surpresa. O planeta vermelho será o santuário dos novos povos; e os amigos do comandante Mirote são os primeiros a presenciar o futuro que já chegou. Marte já tem paisagens feitas pelos "cientistas" do nosso Mirote... Paisagens bucólicas, lindas, que agradam aos poetas. Brandura e carinho e esperança...
PROSA FICTÍCIA É CLARO; FEITA EM HOMENAGEM AO CONTO DA VIAGEM A MARTE, DO POETA TROVADOR DAS ALTEROSAS. PARA SABER MAIS DESSA VIAGEM VISITEM A PÁGINA DO TROVADOR DAS ALTEROSAS E VEJAM OS CAPÍTULOS. É SENSACIONAL A ESTÓRIA.
Jânia Lopes Martins
Alienado momento estelar.
Época preciosa, florida, de estrelas brilhantes... Dimensão espacial presencia o que nasce... O amor esperado pelo tempo celestial. A eternidade sela o que nasce. Espontâneo... Expressivo, esplêndido... Alienado momento estelar. A via láctea abre caminho para o amor... A radiante feição risonha da lua conspira; participa, induz os apaixonados ao momento de amar.
Alienado momento estelar.
Época preciosa, florida, de estrelas brilhantes... Dimensão espacial presencia o que nasce... O amor esperado pelo tempo celestial. A eternidade sela o que nasce. Espontâneo... Expressivo, esplêndido... Alienado momento estelar. A via láctea abre caminho para o amor... A radiante feição risonha da lua conspira; participa, induz os apaixonados ao momento de amar.
Poema dalangola
Cálido planeta Marte
Celestial astro, deus da guerra
Cintilante estrela de fogo
Colonizaremos teu solo
cultivaremos nosso futuro.
Oitava Fechada
(Conto de Valdemiro)
Estória bela... Galhardia...
Gera-nos uma inquietação;
Curiosidade e simpatia,
Levando-nos à fascinação.
Conto de plena beleza;
tem grande intensidade;
De sonhos, amores, pureza,
Contado com suavidade.
Oitava Fechada.
Planeta Azul.
Habitamos no planeta azul
Que nos propõe muita evolução
Em Brasília ou em Istambul
Causa-nos a mesma impressão.
Terra das primaveras simpáticas,
terceiro planeta do sistema solar;
cada estação é enigmática
Trazendo consigo mudanças a encantar.
Tu orbitas com elegância o sol;
A lua, teu único satélite natural,
também te orbita
Iluminando-te como um farol.
A lua influencia tuas marés
cada fase um tesouro a dar-te
Terra amada carinhosa tu és.
Oitava fechada
(Estrelas... Galáxias...)
Pelos visores da nave
Há estrelas... Galáxias...
O cosmos... Esplêndida visão;
Admirar o planeta azul é zen...
O terceiro planeta solar
É a terra, parece flutuar;
Observo a real grandeza,
O infinito e sua beleza.
Cálido planeta Marte
Celestial astro, deus da guerra
Cintilante estrela de fogo
Colonizaremos teu solo
cultivaremos nosso futuro.
Oitava Fechada
(Conto de Valdemiro)
Estória bela... Galhardia...
Gera-nos uma inquietação;
Curiosidade e simpatia,
Levando-nos à fascinação.
Conto de plena beleza;
tem grande intensidade;
De sonhos, amores, pureza,
Contado com suavidade.
Oitava Fechada.
Planeta Azul.
Habitamos no planeta azul
Que nos propõe muita evolução
Em Brasília ou em Istambul
Causa-nos a mesma impressão.
Terra das primaveras simpáticas,
terceiro planeta do sistema solar;
cada estação é enigmática
Trazendo consigo mudanças a encantar.
Tu orbitas com elegância o sol;
A lua, teu único satélite natural,
também te orbita
Iluminando-te como um farol.
A lua influencia tuas marés
cada fase um tesouro a dar-te
Terra amada carinhosa tu és.
Oitava fechada
(Estrelas... Galáxias...)
Pelos visores da nave
Há estrelas... Galáxias...
O cosmos... Esplêndida visão;
Admirar o planeta azul é zen...
O terceiro planeta solar
É a terra, parece flutuar;
Observo a real grandeza,
O infinito e sua beleza.
Estamos na lua...
Comandante Mirote, a viagem é um sucesso. Estou super-agradecida a você. No momento, estamos sobre a lua, minha fiel confidente. Olhando-a de perto, vejo-a tão diferente. Sinto- me um pouco decepcionada. Ela não é tão bonita, nem brilhante, como quando é vista da terra; mas o solo poeirento e de cores escuras está ali, próxima a mim, junto a mim, e é a minha amiga lua de sempre, minha fiel confidente. Fico feliz por poder levitar em sua força gravitacional. Sei que ela me reconheceu e está radiante por eu ir visitá-la. Lua longe ou perto, sempre transmite confiança, com segredos a desvendar e um conforto a doar.
Viagem a Marte.
Relato do passeio a bordo da nave RP 01
Alguns passageiros masculinos da nave RM 01 estavam sentindo tédio. Reclamaram com a TF 20. Queriam mais aventuras, mais adrenalina. "Esses poetas são mesmo loucos". Disse alto ao passar pelo corredor da nave em direção à cabine do comandante. Quem estava por ali ouviu e não entendeu a queixa da loira. TF 20 passou as reclamações queixosas dos PM para o comandante.
Cheio de ideias o comandante Mirote reuniu todos os passageiros avisando-os que fariam um passeio pela lua, na nave RP 02 (Rima pouco 02). Ordenou ao general TM 15 Que providenciasse o desacoplamento da nave mãe. O embarque foi rápido. Em menos de meia hora o TM 15, deu ordem de partida, e lá se foi a RP 02...
Os passageiros que queriam aventuras cada vez mais malucas estavam felizes, no entanto nós, as PF, não. Estávamos apreensivas e receosas, porém a curiosidade dominava o ambiente; pois a viagem estava sendo extraordinariamente fenomenal. A nave RP 02 diminuía o brilho exagerado do sol, assim todos nós podíamos apreciar as belezas e os detalhes extravagantes do universo e da lua. PF 01 notou algo diferente em uma cratera lunar. Curiosa perguntou: - O que é aquilo? Olhem, nunca vi nada igual! O comandante Mirote, que estava do outro lado da nave, veio em direção à mocinha. Também estava curioso. Assim que viu os objetos concluiu que eram espaçonaves alienígenas e máquinas, deixados para trás por OVNIS, quando visitaram o nosso sistema solar. - Seres extraterrestres?- Perguntou PF 04, mal acreditando no que ouvira. "Mulheres... Sempre curiosas." O comandante pensou sorrindo interiormente.
Eu o observei e deduzi o que se passava em sua mente - Sim - enfim o comandante respondeu- eles existem. Houve um burburinho de protesto, mas o comandante não recuou. - Vocês tem as mentes feitas por religiões. Elas precisam mudar e explicar Deus de uma forma diferente. Não há como negar que os extraterrestres nos visitaram. Os astronautas que estiveram aqui na lua sabem muito bem disso, porém foram obrigados a calarem-se. Os Estados Unidos não quiseram informar à população, para não causar pânico na terra. A missão da Apollo 11, por exemplo, avistou OVNIS. Eles relataram até que os alienígenas chegaram a acompanhá-los em sua nave. É claro que não foi a NASA, nem o governo americano que revelou ao povo, isso veio a público graças a radioamadores. Os astronautas viram naves pousadas, algumas até dentro de crateras, como essa que a PF 01 viu.
Um dos poetas que era teólogo protestou veementemente irritado e muitos outros também. O comandante não quis retrucar. Disse que cada um pensasse e escrevesse o que quisesse, só pediu para que ninguém mentisse, pois poetas não mentem, só sonham com as belezas misteriosas... Muitos passageiros filmavam e outros tiravam fotos. Nada parecia real. Ali estava um conto de fadas. Fantástico demais! - Inacreditável - Exclamou a PF 14. Vários poetas vieram ver o que ela tanto olhava extasiada. Havia várias espaçonaves estacionadas na borda de uma cratera e pareciam nos observar. Nelas, luzes branco-azuladas na frente e verde atrás, brilhavam incessantemente. Seus formatos eram de nozes. De repente alçaram voos, vindo em direção da RP 02. Houve gritos de horror. O comandante ordenou ao general para que retornassem à nave mãe.
As naves extraterrestres pararam, ficando no mesmo lugar, esperando que nossa nave desaparecesse. Tempos depois... - Eles não queriam nos fazer mal. Tranquilizou-nos o comandante. Só não aprovaram a nossa presença ali... Voltamos à nave Rima mesmo 01, e agora estou aqui escrevendo os acontecimentos, quase dramáticos, de hoje. Confesso que quase tive um ataque de pânico. E ainda estou temerosa por uma retribuição de visitas da parte dos extraterrestres na nave, no entanto o comandante garantiu que não há perigo e que eles não nos farão mal são apenas robôs deixados aqui na lua por visitantes alienígenas. Agora provavelmente eles voltaram para a cratera de onde saíram. Estou relatando mais ou menos os fatos acontecidos no conto da imaginação do comandante Mirote e minha também. É claro que é pura fantasia, ou não?...
PS: A Apollo 11 é real e sua missão também.
Jânia Lopes Martins
Obrigado sempre Jânia.
Muito carinho.
Alguns passageiros masculinos da nave RM 01 estavam sentindo tédio. Reclamaram com a TF 20. Queriam mais aventuras, mais adrenalina. "Esses poetas são mesmo loucos". Disse alto ao passar pelo corredor da nave em direção à cabine do comandante. Quem estava por ali ouviu e não entendeu a queixa da loira. TF 20 passou as reclamações queixosas dos PM para o comandante.
Cheio de ideias o comandante Mirote reuniu todos os passageiros avisando-os que fariam um passeio pela lua, na nave RP 02 (Rima pouco 02). Ordenou ao general TM 15 Que providenciasse o desacoplamento da nave mãe. O embarque foi rápido. Em menos de meia hora o TM 15, deu ordem de partida, e lá se foi a RP 02...
Os passageiros que queriam aventuras cada vez mais malucas estavam felizes, no entanto nós, as PF, não. Estávamos apreensivas e receosas, porém a curiosidade dominava o ambiente; pois a viagem estava sendo extraordinariamente fenomenal. A nave RP 02 diminuía o brilho exagerado do sol, assim todos nós podíamos apreciar as belezas e os detalhes extravagantes do universo e da lua. PF 01 notou algo diferente em uma cratera lunar. Curiosa perguntou: - O que é aquilo? Olhem, nunca vi nada igual! O comandante Mirote, que estava do outro lado da nave, veio em direção à mocinha. Também estava curioso. Assim que viu os objetos concluiu que eram espaçonaves alienígenas e máquinas, deixados para trás por OVNIS, quando visitaram o nosso sistema solar. - Seres extraterrestres?- Perguntou PF 04, mal acreditando no que ouvira. "Mulheres... Sempre curiosas." O comandante pensou sorrindo interiormente.
Eu o observei e deduzi o que se passava em sua mente - Sim - enfim o comandante respondeu- eles existem. Houve um burburinho de protesto, mas o comandante não recuou. - Vocês tem as mentes feitas por religiões. Elas precisam mudar e explicar Deus de uma forma diferente. Não há como negar que os extraterrestres nos visitaram. Os astronautas que estiveram aqui na lua sabem muito bem disso, porém foram obrigados a calarem-se. Os Estados Unidos não quiseram informar à população, para não causar pânico na terra. A missão da Apollo 11, por exemplo, avistou OVNIS. Eles relataram até que os alienígenas chegaram a acompanhá-los em sua nave. É claro que não foi a NASA, nem o governo americano que revelou ao povo, isso veio a público graças a radioamadores. Os astronautas viram naves pousadas, algumas até dentro de crateras, como essa que a PF 01 viu.
Um dos poetas que era teólogo protestou veementemente irritado e muitos outros também. O comandante não quis retrucar. Disse que cada um pensasse e escrevesse o que quisesse, só pediu para que ninguém mentisse, pois poetas não mentem, só sonham com as belezas misteriosas... Muitos passageiros filmavam e outros tiravam fotos. Nada parecia real. Ali estava um conto de fadas. Fantástico demais! - Inacreditável - Exclamou a PF 14. Vários poetas vieram ver o que ela tanto olhava extasiada. Havia várias espaçonaves estacionadas na borda de uma cratera e pareciam nos observar. Nelas, luzes branco-azuladas na frente e verde atrás, brilhavam incessantemente. Seus formatos eram de nozes. De repente alçaram voos, vindo em direção da RP 02. Houve gritos de horror. O comandante ordenou ao general para que retornassem à nave mãe.
As naves extraterrestres pararam, ficando no mesmo lugar, esperando que nossa nave desaparecesse. Tempos depois... - Eles não queriam nos fazer mal. Tranquilizou-nos o comandante. Só não aprovaram a nossa presença ali... Voltamos à nave Rima mesmo 01, e agora estou aqui escrevendo os acontecimentos, quase dramáticos, de hoje. Confesso que quase tive um ataque de pânico. E ainda estou temerosa por uma retribuição de visitas da parte dos extraterrestres na nave, no entanto o comandante garantiu que não há perigo e que eles não nos farão mal são apenas robôs deixados aqui na lua por visitantes alienígenas. Agora provavelmente eles voltaram para a cratera de onde saíram. Estou relatando mais ou menos os fatos acontecidos no conto da imaginação do comandante Mirote e minha também. É claro que é pura fantasia, ou não?...
PS: A Apollo 11 é real e sua missão também.
Jânia Lopes Martins
Obrigado sempre Jânia.
Muito carinho.