O Ministério - Capítulo Um: Gato Negro - PARTE 02

Victor encarou-o, agora sério. Contudo, sua seriedade não vinha por medo, mas sim pelo o que via. Dentro daqueles círculos, inscritos dentro dos triângulos estava escrito o nome dos treze ministros e suas respectivas posições, indo do mais forte ao mais fraco, do menor ao maior. Duas coisas chamaram a atenção de Victor: o porquê de ele ser o segundo e não Scorpion e por que seu nome estava naquela lista.

01 – Chica; 02 – Stefani; 03 – Christian; 04 – Sebastian; 05 – Esther; 06 – Luck; 07 – Ibis; 08 – Lilith; 09 – Elizabeth; 10 – Dark Lucius; 11 – Scorpion; 12 – Victor; 13 – Gato Negro.

– O que o nosso nome faz aí?! – Gritou Victor enquanto percebia a seriedade da situação. Resmungou, agora em um sussurro. À medida que seus olhos encaravam aquele estranho triângulo ele percebia o inevitável: eles nunca deixaram de ser controlados por Gato Negro. – Libertação Utópica: a Quebra do Contrato! – Victor agora gritava, rezando para seu encantamento não fosse cancelado pelo outro – Décimo Segundo - Victor; Oitavo - Lilith; Sétimo – Ibis: Libertar!!!

Três dos treze triângulos estouraram, porém os círculos mantiveram-se intactos. Victor olhou atônito àquela cena. Ele acabará de usar um poderoso encantamento. Por mais que não parecesse, aquela magia de libertação era capaz de estraçalhar fortíssimos selamentos, mas aquele era diferente: ele manteve-se. Ou será que não? Aguçando seus olhos em meio a, agora, escuridão ele visualizou uma pequena rachadura nos três círculos, isso foi o suficiente para que ele conjur... – Scorpion. Dark Lucius. Elizabeth.

Não! Não foi o suficiente. Gato Negro havia previsto aquele movimento! Enquanto Victor se preocupava em destruir o contrato ele já havia efetuado a invocação de três de seus Ministros Santos. E não eram quaisquer Ministros. Eles eram os três Ministros mais fortes. Eles eram superiores de outros seis Ministros. Eles eram conhecidos como a Elite de Guerra do Ministério. Eles eram a Guarda Pessoal de Gato Negro.

E por mais que soe como uma loucura: Victor não deixou de conjurar seu encantamento. Pelo contrário! Ele continuou com a maior calma do mundo. Parecia até que tudo até ali fora uma muito bem pensada armação. Sua antiga face desesperada, agora estava calma, aliás, calma não é o adjetivo correto. Correto seria dizer que sua face transparecia a segurança e determinação do mais convicto dos humanos. O baiano sabia que agora seu mais ousado devaneio poderia tornar-se verdade. E por mais que ele soubesse que as chances de dar certo eram quase nulas: ele iria prosseguir. Não importava o sacrifício necessário, fosse sua vida ou de sua Guarda, seu plano deveria se concretizar.

– A Quebra. A Troca. A Razão. Os conceitos outrora desvendados se tornam enigmáticos. Como em um devaneio: eu inverto, eu troco, eu oponho. Desequilíbrio Celeste! Venha minha Guarda Pessoal: LILITH! IBIS! Eu os invoco!

– Em pensar que você usaria uma invocação completa para chamar sua Guarda Pessoal. Parece que ainda não há uma ligação forte o suficiente entre vocês. Venham. – A elegância na voz de Gato Negro era notável, mas a sua calma era o que mais chamava a atenção. Ao término de sua frase aconteceram diversas fatos em um mesmo instante. Naquele instante,

A Lua se mostrou e esta estava cheia. E como estava! Parecia que ela sabia daquele evento sobrenatural, aquele evento que mudaria as vertentes daquele Universo, se não do Todo. Seu brilho irradiou Gato Negro e Victor, mas não apenas estes. Ao lado de Gato Negro havia três pessoas, enquanto ao lado de Victor havia duas. Sob o brilho de tamanha lua cheia aquele momento pareceu único, todos os seis estavam agora iluminados por aquela belíssima luz prateada.

Victor agora em pé sobre o Elevador Lacerda era iluminado de forma majestosa, ao lado direito estava Lilith, enquanto do lado esquerdo estava Ibis. Os três de pé sobre o grande elevador observando seus inimigos suspensos no ar. A Cidade Baixa agora estava tão movimentada, pessoas e mais pessoas seguindo seu rumo. A grande maioria voltando para casa, enquanto uma pequena parcela ia aos seus trabalhos noturnos, mas ambas sem saber o que estava acontecendo naquele momento. As vertentes do Universo estavam prestes a mudar, e eles lá, apenas seguindo seus rumos preocupados apenas com seus pequenos e insignificantes problemas.

A natureza estava decidida a colaborar com aquele evento, tudo naquela noite estava girando ao redor daquele momento único. Sincronismo. Essa era a palavra. Parecia que o dia, a hora e o local foram agendados não entre os Ministros e Ex-Ministros, mas sim com a própria natureza, que hoje decidirá ser a grande responsável pelos efeitos sonoros e visuais. A Lua agora ainda maior iluminou com força o ambiente, enquanto o vento rugia violentamente fazendo cabelos voarem.

“Eles finalmente se encararam.”

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Victor Said ss
Enviado por Victor Said ss em 14/04/2013
Código do texto: T4240482
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