Vinte e sete Zubos. (Capítulo 4)

CÓLENIS E ZUBOS

Essa tinha sido a semana mais louca da minha vida e a noite mais surreal da mesma. Ainda bem que aquele velho tinha aparecido (tarde, mas aparecera) pra me explicar logo tudo.

- Antes de tudo, meu nome é Vuldo. - dizia ele - Vuldo Mares. Agora preste bem atenção, Brapo. Esse cordão que está no seu pescoço não é nenhum brinquedinho tecnológico ou algo do gênero. Você foi escolhido.

- Escolhido?

- Sim.

- Mas pra que?

- Para defender o mundo e muitas criaturas que estão nele.

Ao mesmo tempo eu pensava "como assim criaturas?" e "como assim defender?"

- Brapo, há muito tempo atrás, o mundo foi atacado por várias criaturas chamadas Cólenis. Os Cólenis são seres aterrorizantes, não por sua aparência, mas sim por sua personalidade. Existem Cólenis que sentem prazer apenas em causar dor, tortura. Alguns outros têm vontade de dominar o mundo, outros têm o puro prazer de fazer o mal, enfim, existem várias espécies de Cólenis. Por sorte, nessa época o mundo já estava preparado, sendo protegido por Zubos. Zubos são os defensores do mundo. Os seres humanos normais não sabem o que são Zubos, e nem precisam saber. O que você precisa logo saber, Brapo, é que... - fez uma pausa.

Meus olhos não piscavam enquanto ele dizia, até que falei:

- É que?

- Você é um Zubo, Brapo.

- Não! Você tá louco, só pode. Eu não sou droga de Zubo nenhum. Essa história tá me deixando com sono, tenho muita razão na minha alma pra ficar acreditando nessas besteiras. Me desculpe, senhor Vuldo, tenho que ir embora.

- Espere, Brapo, isso não é nenhuma... Ah! Que seja, vá.

- Tchau. Ou adeus.

Vuldo não se despediu, se levantou e partiu.

- Cólenis... Zubos... Que seja, já ouvi contos de fada demais, estou com fome.