O misterio da escuridao PTE 03
Na manhã seguinte encontrei ao lado de minha cama um bilhete.
Meu caro Adraenn, não estarei no castelo até o fim da noite.
Kellen e eu investigamos uma área onde pode estar contida a primeira parte do fragmento. Um pequeno povoado ao leste daqui cujas historias sobre uma misteriosa figura que perambula pela noite na floresta são completamente fascinantes.
O nome do vilarejo é Sollonen, lá encontrarão uma amiga, seu nome é Tanya, ela irá te passar a localização exata do local.
Até mais ver.
Alastor Pickewat.
Preparava minhas vestimentas quando Irina me surpreendeu observando-me da porta do quarto.
-Olá Adraenn. Disse enquanto recostava seu corpo na lateral da porta.
-Olá Irina. Arrume suas coisas, vamos partir. Ah! E não se esqueça de avisar a seu irmão.
-Para onde vamos?
-Em busca do primeiro fragmento. Alastor nos deixou um bilhete, temos que ir a um vilarejo chamado Sollonen encontrar sua amiga.
-Sabe... Começou Irina com tom de desabafo. -... As coisas poderiam ter sido diferentes.
-Diferentes em que sentido? Sentei-me na cama para colocar as botas.
-Eu só... Seus olhos se encheram até a borda como uma represa a ponto de estourar.
Levantei-me e me aproximei de Irina. Não sei oque havia dado em mim, mas a abracei forte naquele momento e disse que tudo ficaria bem.
-Não precisa ir se não quiser. Afastei-me e olhei no oceano de seus olhos.
-Alguém precisa cuidar de Viktor. E não! Não pode ser você! Ela respondeu a uma pergunta que realmente eu estava prestes afazer.
-Então se apronte. Ela deu ás costas, colocou os cabelos atrás da orelha e caminhou na penumbra do infinito corredor de mármore negro.
Após sair de meus aposentos, algo me chamou a atenção na sala onde o mago ficava. Um mapa que talvez revelasse a localização de mais três fragmentos estava detalhado num dos cantos do papel, seguido de algumas anotações inacabadas.
-Gostaria de saber como Alastor chegou até aqui. Murmurei comigo mesmo.
-Talvez ele saiba mais do que parece. Disse a voz atrás de mim.
Viktor surgiu de uma maneira imperceptível, ou eu estava distraído demais para notar sua presença.
-O que quer dizer com isso? Indaguei.
-O velhote é misterioso e sempre anda com o curandeiro sinistro. Disse ele em meio a um sorriso.
-Todo mundo aqui é estranho. Disse devolvendo o sorriso. –Vamos logo para onde nos mandou o mago, e veremos se ele está certo.
-Minha irmã está nos esperando no portão principal. A mesa está pronta com seus pratos favoritos, quer que eu embrulhe para viagem?
-Leve algumas coisas, nunca é bom viajar de estômago vazio.
Irina nos esperava no portão como havia dito seu irmão. Envolvida por um manto púrpuro e já montada em seu cavalo. Não demorou muito Viktor chegou com o carregamento.
-Não faremos paradas até o destino. Quero chegar a Sollonen até o anoitecer.
-E falou o general. Arfou Viktor.
Sua irmã deu um sorriso espontâneo e bateu os pés em seu animal para que começasse a cavalgar. Ao passar pelo vilarejo, muitos dos que acreditavam que eu era o seu salvador veio nos desejar sorte e boa viagem. Nosso vilarejo não era um lugar ruim de viver, mas já havia sofrido bastante com os ataques inimigos, fossem eles humanos, magos, bruxos ou dragões.
Como o próprio nome dizia Falktah, que significava liberdade em uma língua que já morreu assim como os seus criadores, queríamos que esse fosse nosso propósito de lutar. Liberdade! Não era algo fácil de conseguir por aqui. Antes de finalmente atravessar as muralhas de Falktah, Viktor e sua irmã foram se despedir do deus Thalos, protetor dos viajantes.
-Não irá pedir proteção Adraenn? Perguntou Irina.
-Não acredito em deuses. Espero vocês ao lado de fora.
Depois de alguns longos minutos, seguimos caminho rumo ao nosso destino.
Pela posição que a lua tomava no céu, já devia estar beirando 7 da noite. Quando avistamos ao longe luzes de tochas trilhando um caminho até um grande portão de pedra. Cavalgamos até uma floresta que parecia tão imensa quanto o céu da terra. Finalmente depois de algumas estrelas contadas ao longo da jornada, chegamos ao nosso tão esperado encontro.
Na grande entrada uma mulher com longas vestimentas de um rubro intenso nos acolheu como se já soubesse a exata hora que chegaríamos ao local.
-Entrem meus amigos, estava esperando por vocês. Nos olhamos, Viktor fez que sim e todos entramos deixando com que os guardas selassem os cavalos.
-Eu sei meu jovem. Disse a dama de rubro antes mesmo que eu pudesse abrir a boca. –Eu sei que Alastor mandou que me procurassem.
-Então você é Tanya, a grande amiga de quem ele fala tanto. Contemplou Irina o grande circulo de pessoas que se formavam ao nosso redor.
-Pensei que fosse mais bonita. Desabafou Viktor virando seu rosto para que não pudesse ver Tanya.
-Os olhos enxergam somente oque sua mente lhe permite. Disse a senhora calmamente. –É algo que vai aprender com o tempo meu jovem guerreiro. Respondeu a algo que Viktor ainda nem sequer havia perguntado.
As pessoas nos acompanhavam para onde quer que fossemos, como se a atração da cidade houvesse chegado. Aparentemente eram pessoas que esperavam pela salvação de suas miseráveis almas.
Adentramo-nos aos aposentos de Tanya para que pudéssemos descansar depois de uma longa viagem. Irina e seu irmão foram aos comes e bebes que estavam sendo servidos pelas serventes do local. Comecei uma série de perguntas a Tanya, é claro que ela já sabia oque eu perguntaria, só não entendi porque ela não tocava logo no assunto e parava com a enrolação.
-Às vezes gosto de me sentir normal Adraenn. Finalmente começou a falar.
-Você é normal para mim Tanya.
-Eu não preciso que você abra a boca para que eu responda a todas as suas perguntas. Poderia te contar segredos sórdidos, crimes, amores que vivenciei ao longo de minhas idas e vindas.
-Eu entendo oque você quer dizer Tanya. Fitei esperando uma reação aos meus pensamentos.
-Não irei te incomodar decifrando suas palavras meu amigo. Quero ouvi-las da sua boca.
Havia chegado a hora de finalmente um guerreiro adivinhar os pensamentos de uma vidente e bruxa que era Tanya. Alastor havia me dito que suas habilidades para persuasão eram fantásticas. Certa vez ele me disse que ela previu a tática de um dos inimigos do rei Orion Arcanos. Um rei que não desejava nada além de paz para seu reino. Reinados do mundo inteiro não admitiam que tal bondade pudesse existir. O tesouro que acumulava durante anos, era dividido igualmente entre o povoado, tornando Sollonen um vilarejo completamente rico e com um povo fiel a seu mestre.
Numa noite, quando céu chorava e o sopro do vento movia montanhas. Um inimigo cuja identidade nunca foi revelada surgiu pelos mares em meio à noite tempestuosa. Muitos viram com ele um enorme dragão negro com olhos cor de sangue, trouxe junto a ele a morte dos homens, mulheres e crianças do vilarejo. O rei assistia imóvel do portão de entrada. Ao preparar sua espada para que começasse o combate, o guerreiro dos mares lançou um feitiço sobre o rei, o transformando em um demônio alado que se viraria em pedra a todo nascer do sol.
Ao amanhecer daquele mesmo dia, os moradores de Sollonen ao ver aquela monstruosa figura de pedra segurando a espada real, o jogaram no mar para que pudesse se afogar. Segundo alguns, o rei morreu ao cair da noite, pois já tocava o fundo do mar com os pés de demônio. Seu corpo foi achado perto da costa leste em meio ao porto dos navios.
-Você se sente sozinha assim como eu. Falei enquanto pegava uma maçã encima da mesa. –Foi preciso se afastar de quem você ama para que pudesse protegê-lo. Seus dons atrapalhavam tudo oque tentava fazer.
-Não é preciso ser um vidente para me desvendar não é Adraenn? Comentou Tanya.
Percebi que Viktor, Irina e alguns dos serventes da casa não estavam mais presentes. Já se passavam da meia noite quando finalmente subi para meus aposentos. No quarto havia uma cama onde se encontrava Irina e na cama à direita, Viktor. Deitei-me ao lado de sua irmã, cobri seu corpo com o tecido de seda que se encontrava aos seus pés. O doce cheiro de jasmim que surgia de seu corpo me deixava louco. Pude sentir sua respiração em meu rosto e, seu hálito fresco me fez trepidar. Virei-me para o lado oposto à ela e, o sono começou a pesar em meus ombros.
No amanhecer do dia seguinte, abri meus olhos e vi que Irina envolvia seus braços em meu corpo, sua perna estava encima de minha cintura e, seu rosto colado ao meu.
-Irina. Falei entrecortado. –Irina! Sacudi seu ombro e seus olhos azuis encontraram os meus.
Ela agiu como se fosse natural nos olharmos daquela maneira apaixonada, sorriu e pôs de pé com graça e leveza, sua bochecha ficou rosada e meu coração pareceu o trotar de um cavalo. Não nos falamos naquela manhã e, descemos em silêncio até o salão central para que Tanya nos desse as coordenadas do nosso tão esperado artefato. Viktor continuava a roncar no quarto.
A mesa já estava posta, e avista para o jardim era como a visão do paraíso. Uma pequena cascata natural surgia bem em meio as paredes ao redor da porta deixando o ambiente sempre fresco e, as frestas colocadas ali planejadamente, faziam com que o local fosse sempre bem arejado.
Comemos até que ficamos completamente satisfeitos. Viktor apareceu e começou a comer enquanto Tanya nos contava como chegar ao artefato sem sermos mortos no caminho. Explicou-nos como era perigoso o local onde se encontrava. Um mago que havia feito um pacto com um deus ancião, habitava a escuridão das catacumbas de Alteriam. Seus poderes se igualavam aos dos cavaleiros sagrados, e não seria nada fácil adquirir a peça que ele carregava em seu pescoço, o amuleto de Osíris. A primeira parte do fragmento do éden.
Quando partimos em direção as catacumbas de Alteriam, o sol apontava 8 da manhã. Chegamos à entrada da caverna envolta em trevas, cheirava a morte, e seu interior guardava segredos que em que talvez a morte fosse recebida de braços abertos. Isso não era nem o começo do pesadelo.
Antes de nos adentrarmos na caverna escura e úmida, Irina sentiu um enorme arrepio quando ouviu um grito de horror penetrar em seus ouvidos, vindos de dentro das trevas imundas de nossa próxima habitação.
- Você está bem? Perguntei, ela fez que sim com a cabeça.
Coloquei os pés do lado de dentro, Viktor fez igual seguido por sua irmã. O cheiro de podre foi parar no meu cérebro em questão de segundos.
-Que cheiro é esse?-Adraenn eu disse que nao era pra ter comido tanto.
Ouvi quando Irina tentou se conter e soltou um riso em forma de berro.
-Os ovos nao me cairam bem, sinto muito. Todos riram e continuamos a andar. Era aprimeira vez que eu havia feito uma piadinha, tinha medo de começar a me aproximar muito de alguem e terminar assim como Audric e eu. Separados pelo que acreditavamos, ele queria a dominaçao dos fracos e eu a libertaçao. Foi nos passado nossos espiritos guerreiros para lutar pelo que acreditavamos. Quando comecei a libertar aqueles que meu irmao havia aprisionado em seus dominios, começou uma guerra familiar e, isso ja faz alguns longos anos.
Caminhamos até onde os olhos conseguiram ver através da claridade da lua.
-Está escuro aqui, e esse cheiro fica cada vez mais forte. Sibilou Viktor apontando o indicador para garganta como se fosse vomitar.
-Esperem um pouco, tenho uma ideia.
Irina começou uma serie de movimentos com as maos, seus braços se moviam como as ondas ao luar , seu rosto se tornou como o de um anjo. Meus olhos se echeram de luz assim como o breu em que nos rodeava. Quando finalmente percebemos onde estavamos pisando, faltavam somente menos de trinta centimetros pra cair em um enorme abismo que nao parecia ter fundo.
-Uau! Faltou pouco hein grandao. Disse Viktor referindo-se a mim.
Mal consegui esconder meu medo, os olhos arregalados me condenaram.
-Como vamos pasar? Falei tentando achar uma resposta.
Irina se aproximou de mim passando apertado por seu irmao.
-Com licença guerreiro. Falou enquanto seus labios quase tocaram os meus, o espaço era pequeno demais, e ela teve de passar para observar as sombras abaixo de nós. Meu coraçao acelerou e minhas maos ficaram tremulas, senti sua respiraçao em meu ouvido e meus pelos se eriçaram. Nao me contive e me aproximei um pouco mais propositalmente de forma que meus dedos tocassem sua cintura e seu corpo se colasse ao meu.
-Calma Adraenn, só quero passar e analisar a passagem.
Com toda aquela luz nos rodeando foi impossivel nao ver eu ficando vermelho. Todos rimos novamente e Irina sugeriu uma ideia.
-Podemos passar por esse pequeno espaço na parede, só que alguem vacilar vai cair por pelomenos uns sessenta metros.
Olhei para Viktor e reconheci sua cara de panico.
-Está com medo samurai? Disse a ele com um sorriso canino. -Se quiser posso ir sozinho com sua irma. Dessa vez quem ficou vermelha foi ela.
Viktor tomou a frente quase me derrubando e, começou a travessia, seguido por mim e depois sua irma.
Vimos algo rastejar sob nossos pés e novamente a sensaçao de morte tomou conta de nós.
-Oque...
-... Foi aquilo?Completou Viktor quando nao pude terminar a frase.
Voltamos o pelo caminho que haviamos começado a percorrer para ficar em algum lugar,qualquer lugar que fosse longe daquele poço sem fundo.
Irina novamente começou seus movimentos mas, dessa vez retirou de dentro de sua bolsa uma espécie de cetro. Apontou em direçao ao lugar onde apareceu a criatura e, lançou uma espécie de bola de energia que irradiava luz. Parte do local ficou iluminado revelando a cara nojenta do monstro a nossa frente. A parte inferior de seu corpo parecia nao existir e a superior se assemelhava a de uma mulher ou algo do tipo, seus braços eram mais longos que o normal e suas vestes se assemelhavam a um vestido macabro e inacabado.
A criatura ficou ali parada como se nao estivesse notando toda aquela luz a sua frente. Irina movimentou a luz até que tocasse a cabeça da coisa, ela se desesperou e começou a quebrar tudo ao seu redor tentando em vao golpear a energia icndescente que a tocou.
-Como eu suspeitava. Indagou Irina.
-Suspeitava de que? Seu irmao e eu falamos ao mesmo tempo.
-É uma sereia das sombras, deve ter sido enfeitiçada. Começou. -Obra de algum mago que nos vigia de perto.
-Sereia? Perguntei enquanto me abaixava atrás de uma rocha para admirar a sereia. -Ela nao sao aquaticas?
-Nao mais. Há muito tempo elas se venderam aos magos para conseguir se adaptar a qualquer ambiente. Trocaram a liberdade que tinham, para poder servir como escravas aos senhores da terra. Pelo que li a alguns dias na biblioteca de Alastor, existem cinco tipos de sereias, sendo elas elementais, terra, ar, fogo, agua e algumas mestiças como talvez seja o caso de nossa amiguinha ali. Disse enquanto apontava para a sereia que flutuava e, as vezes se escondia dentro do solo.-Dominam mais de um elemento e, parece ser ar e terra, o pior é que sao elementos completamente completamente opostos.
-E isso significa? Perguntou seu irmao.
-Nada de mais, só que ela é extremmente forte.
-Só isso? Ah, achei que fosse imortal, aí sim era motivo para eu me preocupar. Comentei sorrindo com loucura. -Voce só nao percebeu uma coisa Irina!
-Oque?
-Que as coisas se tornam mais faceis quando a criatura nao enxerga.
Irina se voltou a criatura e reparou que oque eu dizia era verdade.
-Adraenn? Adraenn? Começou a me sacudir e Viktor sacou sua espada.
-Adraenn, oque ha com seus olhos? Perguntou o garoto.
Peguei minha espada e ele apontou a sua para minha garganta. Pela lamina de minha própria espada pude ver que meus olhos flamejavam chamas negras e, minha expressão de ódio se resplandeceu entre nós, traçando meu destino, causando minha ruina.
-O que está havendo com você Adraenn? Gritou Viktor com severidade em sua voz.
-Reichwein! Gritei ao meu espirito. -Pare com isso!
-NAO TENTE DOMINAR OQUE NAO PODE CAVALEIRO. Reichwein gritou para que todos os outros pudessem ouvir. -EU SOU SEU DONO ADRAENN, E NAO O CONTRARIO!
-Não! Não é assim Reichwein. Disse me forçando a ficar de pé, me livrando de sua alma. Realmente ele era indomável? -Você só existe porque eu quero! Coloquei-me de pé e comecei a luta interior entre homem e dragão. Talvez eu quisesse ser dominado, eu ansiava por poder, mas aquela nao era a hora nem o lugar. -Eu sou seu dono, você não passa de um verme que rasteja a minha sombra, que vive de mim.
Nao houve alguem no mundo que ousasse desafiar um dragao, era fato de que se alguem o fizesse, o portador seria aniquilado. Eu nunca teria desafiado Reichwein daquela forma mas, algo dentro de mim, como se existisse um pequeno guerreiro dentro ou algo que lutasse para que fosse libertado.
Dor e agonia era oque eu sentia, como se algo sugasse minhas forças e prendesse minha respiraçao. Soltei um grito tao alto, que mais pareceu um rugido de uma fera. As asas em forma de chamas negras nasceram em mim, a armadura que carregava se modificou se tornando tenebrosa. -Nawa! Invocou Irina seu espirito.
-Wyndar! Viktor fez o mesmo.
-Nao, nao pode ser! Naquele momento em que eu lutava contra meu espirito, Nawa e Wyndar trocaram um olhar desesperado.
-Este é...
-Esses olhos negros...completou Wyndar.
- A forma definitiva de Reichwein! Disseram os dois espiritos juntos.
Viktor e Irina se viraram, pela entrada da caverna pude ver uma figura.
-Eu ja desconfiava! Disse Tanya se aproximando. Mas oque ela estaria fazendo ali? E porque nao me ajudava?
Minha visao se tornou turva, só consegui ver quando os dois irmao se puseram de joelhos e logo cairam inconscientes.
-Alastor? Tanya? Havia varias formas, todas as possiveis.
-Nao! Sibilou a voz.
Seus dedos apertaram meu queixo com uma força irreconhecivel.
-Olá irmao. Vim trazer um pouco de diversao para voce!
Minha respiraçao falhou. Seria aquilo tudo uma alucinaçao? Senti meu peito pulsando como se algo lhe fosse devolvido. O chao pareceu ter sumido, e todas as lembranças que eu havia perdido pareciam ter voltado.