Vinte e sete Zubos. (Capítulo 2)

A CERTEZA CHEGOU, O CORDÃO É SURREAL

Já era noite.

- Eu estou realmente querendo saber se tem algo a mais nesse cordão? Por favor, o que está havendo comigo? Não sou nenhum louco pra acreditar nessas asneiras. - Resmungava eu - Vou guardar este pedaço de corda e tratar logo de dormir.

Na manhã seguinte, enquanto meus olhos se abriam no despertar do dia, eu já acordara lembrando do que havia acontecido...

- Ok, irei me levantar, escovar os dentes, comer algo e pegar um pouco de ar lá lá fora. Talvez se eu puser o cordão antes de sair, o barbudinho me procure de novo.

Minha casa não era muito grande. Era uma casa simples, porém, bonita e confortável. Eu andava nos corredores de casa pensando sobre o cordão e sobre o que eu iria fazer com ele. A luz do sol tocava diretamente a parede do corredor em frente ao banheiro. A manhã estava linda.

- Agora sim. Já comi, vamos pegar um pouco de ar.

Fui em direção ao armário onde tinha posto o cordão. O peguei e pus no meu pescoço. Saindo de casa, eu avistava a serena e macia areia. As sombras das árvores deixava aquela paisagem mais bela ainda.

Então algo aconteceu... Enquanto eu andava em direção à uma duna, a pedra começou a brilhar forte, mas não apenas forte, brilhando de forma realmente discrepante, como se aquela pedra fosse realmente surreal, pois até então eu não sabia que pedras de esmeralda (se é que aquela pedra era de fato de esmeralda) brilhavam tanto. Seria bom se tivesse acontecido apenas isso, mas pra minha maior surpresa, a pedra não só brilhava, mas se erguia. Ela não se levantava, mas girava para o lado, como se a ponta da pedra apontasse pra algum lugar. Ela ficava com sua ponta pra baixo, mas quando brilhou, sua ponta subiu e apontou pra outro sentido. Enquanto a pedra apontava pra direita, eu apenas olhava pasmo. Ou você iria querer que eu achasse aquilo tudo padrão?

Eu pensei em seguir a direção que a pedra me apontou, mas não fui, pois pensei melhor. Depois de aproximadamente vinte segundos, pensei de novo, e de novo, e de novo, até que minha curiosidade venceu o medo e fui direto onde a pedra apontava. Fui andando e andando, até que cheguei em um ponto que a pedra havia parado de brilhar. Eu havia andado por volta de oitenta metros. Meus olhos estavam olhando somente pra pedra, mas quando ergui a cabeça e voltei a olhar pra frente... Havia um garoto no chão, sangrando! Não consegui pensar em mais nada! Minha cabeça estava tão confusa quanto um garoto que recebe um cordão de um velho barbudo e estranho, com um pingente que brilha e aponta diretamente pra uma direção que acaba tendo como limite um garoto machucado!