CAPITULO 05/07

PM 14 #### Todos pensam que o pessoal do Norte só sabe lutar vale tudo na televisão ou tirar borracha nos seringais, catar açaí e castanha para vender... É por que não conhecem a fundo este povo maravilhoso, que convivem com os bichos e os elevam em versos cantando também a flora, os rios e as belezas das suas terras. Assim é este caboclo que nos encanta com suas poesias maravilhosas e canta o verde diáfano das suas árvores onde se escondem os pássaros de cantos maviosos as miríades de cores que maravilham os olhos de quem tem a sorte de ver. Este moço, PM 14 é assim, bonachão, sorridente, grande pai, grande avô, grande amigo, mas, sobretudo um poeta versátil que conhece as riquezas que existem no solo da sua terra, nos mistérios das suas lendas que ele descreve com a lírica com a qual elas são criadas. Talvez pensem que ele é apenas um poeta, mas ele faz mais do que isto, foi governador do seu estado por dois mandatos consecutivos e tem em cada uma das suas cidades uma estátua que o imortaliza com os dizeres nas placas ao pé dos monumentos: Símbolo da honestidade, alegria e amor ao povo. Para ele, acostumado a ser reverenciado pelo povo, os dizeres é o que faz sua consciência tranquila, pois, sabe que entrou na política com o que tinha para viver com dignidade e saiu com esta mesma dignidade intacta se recusando a as vezes até a receber proventos que não condizia com sua ética de homem do povo. Olhou seu reflexo no portal e riu às bandeiras despregadas, estava bonito e faceiro, ah, os seus que o perdoassem, ia dar uma namoradinha nesta viagem, nem que fosse só no flerte. Olá senhor da Guerra.

PF 14 #### Romancista consagrada, esta escritora de um dos estados do Sudeste, é uma mulher sem pecados cabeludos, com formação acadêmica, um pouco tardia, pois, se casou cedo e primeiro a prole e o companheiro, até que pudessem andar sozinhos, depois sim a realização dos seus sonhos. Agora lhe vem um maluco destes que se parece com profeta, mas se diz existencialista e que ajuda a realizar os sonhos dos outros lhe oferecendo a chance de voltar a ter dezessete anos numa viagem que chega às raias do absurdo, e que ninguém acreditava que aconteceria realmente. Seus pensamentos estavam errados, ao pisar na plataforma parecendo uma grande esmeralda dentro do seu brilho verde, e olhar para dentro da nave descomunal e que como vira, era dócil e obedecia ao comando do chefe que com um simples toque nos botões do controle remoto a manejava à seu bel prazer, ela com um estremecimento nas convicções começou a acreditar que ali existia mais que uma simples brincadeira de louco, Não recuou, seus amigos e família não precisavam dela inativa e dona de casa, não queria apenas ser uma escritora de romances, queria sim escrever um livro de aventuras e o seu prefácio estava dentro daquela nave e dos destinos que ela fosse capaz de traçar para si. Era uma morena destas de chamar a atenção se atravessasse a rua para cumprimentar a vizinha apenas vestida com roupas caseiras. Quando ia a praia, geralmente fazia questão da companhia do marido ou filhos, pois, os assédios eram constantes e às vezes atrevidos. Olhou sua imagem com dezessete anos e pensou não mudei tanto assim atirou um beijo com as pontas dos dedos na direção daquela belezura no espelho e se misturou com os queridos poetas e poetisas no centro da RM 01. Marte... Olhe eu aqui.

PM 15 #### Para ele não houve despedidas agora... Já estivera comandando a nave na sua estada na Lua na viagem experimental e viajado por vários países entrando e saindo da atmosfera por tantas vezes que se tornara rotina e apesar desta viagem ser bem mais distante, sabia como comandar sua nave na rota certa e saberia também cuidar dos seus amigos poetas e passageiros daquela aventura. Sabia que a volta das pessoas aos dezessete anos não era apenas um efeito da nave, as pessoas realmente tinham todas suas células renovadas e quando regressassem, poderiam optar por voltar às condições de antes, porém, com a saúde em perfeito estado, os que quisessem continuar com a juventude, poderiam fazê-lo, embora estudos de ordem psíquicas realizados em outros que passaram pela mesma experiência davam oitenta por cento deles optando pela volta da forma antiga: A alegação é que se fosse viver em outro planeta sim gostaria de ser jovem, mas na terra... Preferia seguir os ditames da ordem natural das coisas, nascer, viver, envelhecer, morrer e dar lugar aos mais jovens. Comandante a muitos anos de experimentos brasileiros de veículos espaciais, ganhara o comando desta nave, estivera afastado por livre escolha do serviço, e gostava de brincar de poeta, apesar de só admitir ser um rimador caipira que gostava de brincar com as letras imitando seu ídolo o comandante Mirote que viajaria também incógnito nesta missão. Mirote era o seu chefe espiritual, com poderes especiais de locomoção extrassensorial capaz de estar em qualquer lugar do sistema solar apenas com o desejo de se deslocar para este ou aquele ponto, isto fazia dele o maior chefe daquela missão, mas não daria mais qualquer ordem após a saída da nave do planeta terra, aí seria apenas o comandante pró forma que se misturaria aos outros poetas e viveria os prazeres e mistérios daquela viagem. Para ele a presença do misterioso Mirote era o sinônimo de segurança para os tripulantes e os seus amigos poetas, misterioso, pois, ninguém tinha certeza do que era Mirote, chegaram a cogitar que fosse um alienígena, mas ele afirmava que era humano e que seus poderes sim poderiam provir de mestres alienígenas... Se alguém sabia mais sobre ele, nunca revelou nada e devido à sua importância em missões necessárias à paz no planeta, ninguém ousava tentar saber mais do que ele o permitia. Olhou sua figura uniformizada com suas estrelas douradas, sorriu e pensou acho que sou o único que não vai namorar nesta nave, riu e foi olhar as coordenadas de tempo espaço na ponte de comando da RM 01.

PF 15 #### Garota de pele e olhos claros, cabelos louros, bem corpo bem feito e demonstrando sempre a sua juventude com a alegria estampada no rosto. Quando ouviu falar sobre a RM 01 e a tal viagem fantástica, ficou cética e não se interessou muito, mas a ideia a adesão das amigas e amigos poetas do recanto a convenceu a abrir o convite e quando viu que o tal comt. Mirote era um rimador e violeiro do recanto. Ela não teve dúvidas em aceitar oi convite, mesmo pensando que tudo aquilo era apenas uma piada divertida de um maluco querendo se divertir com os amigos. Agora estava ali, o coração disparava a cada vez que olhava para o que conseguia ver da sua terra e céu azul e sem nuvens naquele instante, chegou a retornar alguns passos tentando ver mais daquela sua preciosa terra, agora tomando dimensões inenarráveis na sua mente, o veria de novo? Pensou em desistir, mas vendo seus amigos à vontade e alegres atravessou a faixa laranja e olhou entre surpresa e divertida para aquela imagem de gata mansa de dezessete anos que certamente estaria no cio com se lembrava da sua antiga adolescência onde jorrava libido por todos os poros, ai, ai, ais: eu quero é mais. Decidida caminho ao encontro daquela meninada de rosto e corpos juvenis, na passagem deu uma piscadela para o rapaz das estrelas deixando-o com a sensação de que até ele poderia namorar naquela nave. Marte me receba aí.

PM 16, PM 17, PM 18, PM 19 E PM 20 ##### Por razões de ordens superiores vindas de fora da nave, estes passageiros não poderão ter seus perfis expostos aqui, durante a viagem as garotas que se interessarem por eles e até amigos, poderão sondar e tentar descobrir algo das suas vidas. Poderemos apenas adiantar que são poetas de uma casta, digamos mais afastada do recanto e falando em línguas diferentes do nosso português, no momento certo eles próprios se identificariam para os colegas. Acredito que antes disto os colegas descobririam suas identidades, principalmente as curiosas ninfetas que sempre tem um charminho especial para jogar nos garotos sempre menos esperto do que as adoráveis criações especiais de Deus. E ai garotas, missão difícil? Que nada, um deles canta e tem as iniciais JB, xi a bronca da chefia, não retiro nada, foi um deslize, mas no que ele é melhor que os outro, rico, e daí, vai gastara a grana para comparar pedras em Marte?

PF 16#### Antes de subiu na plataforma, ainda com sua forma original, arrancou um assobio da galera masculina todos já dentro da nave, entre as mulheres o burburinho de curiosidade natural feminino, que é, é artista, seria uma atriz? Tudo tinha uma razão para as perguntas seu corpo escultural quase uma cópia da atriz Úrsula Andress, inclusive o rosto parecidíssimo, causou aquela impressão e tantas perguntas. Não ligou muito para isto, nos estados unidos quando ainda no aeroporto Kennedy ela foi confundida pela imprensa e teve de apelar para os policiais para que a deixassem em paz, portanto, estava já acostumada com estes enganos. Não se demorou muito na contemplação da terra, olhou sim com muito esmero para sua forma refletida no portal, ganhara o seu primeiro concurso de miss Ceará juvenil, exatamente com seus dezessete anos, depois foi se transformando em mulher, sempre badalada pela mídia, fora convidada para representar seu estado no concurso de mis Brasil e no ultimo instante desistiu para ceder a oportunidade a uma colega de escola que não ficou nem entre as dez finalistas. A razão da desistência é a de sempre... “O príncipe do cavalo Branco”! Ah estes príncipes que se vestem de cavaleiros da távola redonda, sempre corretos e lutando por toda vida pelas donzelas deslumbradas, são tão volúveis. O dela também foi assim, de repente o cavalo branco ficou com cor de burro fugido, o cavaleiro perdeu a libré, e junto se foram os cabelos, a gordura substituiu os músculos e a bebida nos bares preencheu o tempo que antes era dedicado ao amor, não estava reclamando, afinal não era diferente de todos os sonhos, só que um dia a gente acorda e descobre que quer mais, até mesmo uma viagem de sonhos é melhor do que a mesmice e a rotina. Com um olhar critico para sua meninice refletida no portal caminhou com seus passos de tigresa para o centro da nave. Pensei que Marte era maior.

PF 17 #### Sempre aberta ao amor, esta poetisa meiga e carinhosa ainda procura o El dourado dos sonhos, o amor na sua plenitude, o amor dividido igualmente, onde dar e receber sejam prazerosos para os dois... Sua vida igual à de milhões de outras mulheres no planeta, dominada pelo dito sexo forte, foi pigmentada com sua participação embora silenciosa para esta liberdade, ou pelo menos por este reconhecimento de que as fêmeas não são apenas objetos de procriação e sim uma máquina de inteligência, tão ou mais capazes que os machos, pois elas têm algo que as torna únicas no universo humano, elas são capazes de gerar outros seres humanos e isto as faz mais sensíveis à vida e a forma de fazê-la plena e em paz, sem as guerras que os chamados homens nunca conseguiram evitar. Aceitara a viagem, não sem pesar os prós e os contras da situação, precisava disto, queria ter a chance de mostrar também sua capacidade, seja descrevendo uma viagem única ou escrevendo sobre toda esta aventura para os que não têm esta chance. Também ela deixou cair algumas lágrimas na despedida da terra, também ela olhou sua figura juvenil e se sentiu feliz por se ver sem as cicatrizes que a vida lhe deixara, e quem sabe até venha a ter coragem de encarar outra vida pela frente agora, se não num outro mundo, pelos menos num mundo diferente, onde os costumes terão de serem aprendidos, mas contando com a experiência de uma vida já bem vivida. Apesar de estar embarcando numa nave da mais alta tecnologia e rumo à outro planeta, não perdera sua fé no Criador, mentalmente se dirigiu a ele e agradeceu sua coragem de aceitar a viagem e a sua estada naquela nave junto aos amigos que tanto presa. Olá Marte, oi marcianos.

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 06/03/2013
Código do texto: T4174309
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