“VIAGEM A MARTE GERAL”

Titulo: viagem a marte.

Participantses: poetas do recanto.

Classificação: fantasia.

Inicio 24/02/2013.

Aviso: nada será escrito sem o consentimento de qualquer pessoa citado e sempre será perguntado se o referido está de acordo com a publicação. Isto será feito atravéz de email antes da postagem.

Valdemiro

Mendonça.

Introdução

Pequeno prefácio: A grande nave: “RIMAMESMO” parte da terra levando um grupo de amigos para uma aventura pelos cosmos onde os aventureiros embarcados tinham a esperança de finalmente poderem escrever sobre a Lua, as estrelas e planetas estando mais perto deles e da luz inspiradora de Deus.

Cada membro será além de poeta um participante nas diretrizes do comando da nave e durante a jornada em duas etapas, sendo que a primeira parte vai apenas até a Lua onde permanecerá à espera da janela correta para dar inicio a grande aventura eles trocarão impressões sobre cada um dos participantes e eventualmente poderão escrever sobre seus companheiros e publicar no jornal de bordo.

O que nos espera nesta viagem, só o tempo poderá revelar... Haverá enlaces amorosos a bordo, algum acidente colocando em perigo a vida dos viajantes, algum encontro com alienígenas, ou será uma viagem tranquila e todos regressarão a salvo?

O comandante da nave viaja com uma tripulação de homens e mulheres experientes no total de doze e mais doze equipes cada uma com seu próprio comandante para várias funções na nave, a saber: “alimentação, dormitório, departamento medico, mecânica de reparos externos, de reparos internos, e todos os tipos de serviços requeridos para a viagem”. O comandante se chama Mirote, e seus comandados serão apresentados durante à jornada um abraço.

Capitulo 01

Numa fazenda de café, simples com trabalhadores comuns onde nada chamava a atenção, a não ser neste sábado especial de março o movimento dentro da sala de reunião social, mas que estava restrito ao interior da grande residência. Na fazenda era tudo igual, pessoas se movimentando na derriça de café, outros no transporte do produto e até um antigo carro puxado por bois rodava soltando seu apaixonante ruído de madeira atritando madeira, untada nos mancais ou “cocãos” com querosene para conseguir este efeito que tanto agradava a quem ouvia e substituía às músicas de rádio ou televisão.

Na casa grande ou: sede administrativa, no entanto, havia uma concentração de pessoas bem vestidas e com a fala típica dos cidadãos residentes na cidade. No total eram trinta pessoas distribuídas em mesas de quatro cadeiras supridas com bebidas ao gosto de cada ocupante. Eles haviam chegado num ônibus executivo durante a madrugada e vistos apenas por alguns administradores do local e da confiança do dono, este, “um poeta caipira, mas inventor nas horas vagas” que se meteu a convidar alguns amigos do recanto das letras para uma inusitada viagem ao planeta vermelho.

Todos os convidados são poetas, e como se sabe poetas são adeptos de aventuras e se imaginarem que existe perigo numa empreitada aí é que se assanham mesmo para participar. As conversas giram em torno do que verão, viverão e relatarão nesta aventura que eles acreditam ser só uma piada e que não passará de uma reunião entre amigos na casa de um sonhador.

Breve o segundo capitulo será postado, eles serão sempre pequenos para não cansar o leitor... Será que alguém vai ler?

P/S O Trovador escreverá até o quinto capitulo, "mais ou menos" E aí a comadre Zeni sera a primeira convidada a escrever o capitulo seguinte, ai vamos ver quem escreverá o outro, ainda não si se será aprovado uma petição para sortear o escritor seguinte ou apenas iremos pedir ao comandante Mirote para convencer um dos tais à fazê-lo. Bom dia galera.

Valdemiro

Mendonça.

Capitulo 02.

Na primeira mesa, estavam quatro lindas escritoras e poetisas solteiras Jeane Diogo, Maria Bremide, Shirley e Keith, mas entre os solteiros alguns já se manifestavam tentando separar as damas, Fábio Brandão e De Luca “eternos pegadores”, discretamente o poeta Jacó Filho, mais conhecido como: “terror das periquitas” também já arriscara dar uma olhada para a mesa das beldades que não davam qualquer ideia de estar por enquanto muito afim de uma milonga,

Um casal muito conhecido da galera cearense trocavam juras eternas enquanto ele: Mister Vantuílo afagava com carinho a barriguinha saliente da sua noiva Rosilene, “modelo”, uma garota linda que mostrava toda beleza física e o bronzeado ao ponto conseguido no sol das belas praias de Fortaleza. Ainda sem aparecer em publico, eu conjeturei: “isto é bem capaz de me dar um neto ou neta marcianinho”.

Nuria uma bela poetisa paulistana estava numa mesa mais ao fundo falando ao telefone com alguém, eu estava curioso para saber com quem ela conversava tão acaloradamente e dirigi meu anel sonar de recepção fraglite que ao ser ligado acionava automaticamente o micro ponto no ouvido e ouvi uma voz que soava tão rápida e aguda que adivinhei logo ser de um catarinense, percebi que estava sendo indiscreto e desliguei, pois apesar de estar sempre atento à segurança dos passageiros, eu sabia que era apenas uma despedida de amor, já que ele: “o azarado” não poderia nos acompanhar... Azarado por quê? Não conhece a poetisa? Maior gatona cara.

Em outra mesa mais ao centro estava o casal vinte: Estrela Regina e João Só, ambos esbanjando alegria com sorrisos que despertava a simpatia de todos os presentes. Arauto das Artes com seu inseparável violão riscava num papel, certamente mais uma musica, é o poeta com o qual eu conto para animar esta pequena viagem de quase sessenta milhões de quilômetros, prestando atenção estava Tereza Cristina poetisa muito famosa nos meios artísticos já que também adora cantar.

Meus amigos Dosan e Zeni e devo explicar... “Apesar dos meus sessenta e tararás, tenho amigos de todas as idades”. Os dois jovens já até participaram de outros eventos dos quais também eu estava presente, ambos divertidos e com a esperança de sempre continuarem a viver o grande amor que os une e dos quais já estou acá pensando se: ou quando me darão netos... Claro eu me ofereço como avô e não cobro nada. “Avô virtual”.

Numa mesa mais ao centro mais duas garotas, Maria Aranilda e jânia Lopes trocando figurinhas com Paulo Jeser outro poeta cearense... Gente como tem poeta neste Ceará, gloria ao pai e Dílson Ferreira este poeta porreta lá dos Rios Grandes do Norte. Alguns ainda estavam atrasados, mas certamente chegariam até a hora da partida.

CAPITULO 3

“O ANCORADOURO DA RIMAMESMO”

Os participantes a partir de agora, serão tratados com suas siglas de identificação, cada participante tem o seu numero codificado e que só o contista, “trovador” é quem sabe quem é quem. É desta forma que serão conhecidos a partir deste momento, válido para quem está atrasado, se chegar antes da partida, será embarcado.

O comandante Mirote adentrou ao salão e se ouviu gritinhos nervosos da plateia feminina que sempre tecem uma rede de encantamentos para homens que comandam grandes epopeias de acontecimentos que um dia se destacarão e poderão passar a historia.

O comandante levantou sua mão direita e saudou a plateia feminina e masculina, muitos deles seus conhecidos de cantos e recantos desta vida poética sem eira nem beira onde cada um mostra sua arte e é aplaudido pelos que sentem na alma a doação dos seus sentimentos mais puros.

Após cumprimentar olhando sempre nos olhos cada um dos presente, o Comt: Mirote disse algumas palavras de boas vindas aos companheiros de viagem e apontando para um paredão do seu lado direito com um aparelho de controle remoto maravilhou os assistentes fazendo abrir toda a lateral de mais de trinta metros do comprimento por altura de três terços, deixando que os presentes vislumbrassem uma paisagem gigantesca do que era um cone extinto de uma antigo vulcão.

Um grande lago de águas azuis e muitas terras ensimesmadas por florestas de árvores altíssimas e cercado por altas paredes de lava vulcânicas, davam aos olhos dos poetas maravilhados, a vontade de colocar no papel as belezas que apreciavam.

A um gesto do comandante, todos os presentes se movimentaram em direção ao que para eles era algo, se não assustador, pelo menos era de uma estranheza absoluta, tudo o que pensaram sobre esta ser uma viagem apenas de fantasia, começava a tomar forma de uma realidade fantástica e gigantesca que certamente mudaria para sempre suas vidas.

Num píer de acostamento nas águas profundas, viram um enorme navio a vapor, no cais do porto antigo e sem pintura, uma enorme pilha de madeira acondicionada em lotes bem amarrados aguardavam como para serem embarcados, e as palavras do velho comandante surpreenderam os passageiros que esperavam todo tipo de aventuras, menos que tivessem de trabalhar duro para garantir a viagem a um planeta que por ouvirem falar, era inóspito e agressivo aos astronautas que por lá se aventurasse:

A voz de barítono de Mirote soou como um arauto profetizante de maus agouros: Fila de homens à direita, e de mulheres à esquerda, ao meu sinal comecem a carregar a madeira para nossa condução até o planeta Marte. Muitas exclamações de surpresas e revolta se elevaram no ar, o que significava aquilo, era uma brincadeira, era paradoxo do absurdo acontecendo com quem pensava fazer a aventura dos sonhos?

(Capitulo 4)

“A NAVE”

O comt: Mirote adentrou novamente no recinto de onde saíra e foi conversar com a tripulação contando a brincadeira que fizera com os passageiros deixando todo mundo atarantado com sua ordens que não passava de galhofa do velho comandante para deixar os viajores à vontade e com tempo de já se entrosarem em conversas sem sua presença de certa forma inibidora, na sua ausência eles ficariam mais à vontade para criticar o sistema, o que ele não contava era com a capacidade de reação da ala feminina, “as mais revoltadas do grupo com a condição imposta pelo mandatário da viagem”.

Permaneceu por quarenta minutos examinando às condições de voo na atmosfera e fora dela, tudo parecia perfeito para a partida na curta viagem até nosso satélite natural. Retornou à base secreta aeroespacial e teve uma surpresa, levou um tremendo susto quando ouviu palavras de ordem gritadas pelo coro de vozes femininas e alguns alardes masculinos, embora poucos e tímidos. Não quis acreditar quando viu duas das suas amigas de muita confiança, Jeane Diogo e Maria Bremide e sua própria neta empunhando cartazes com escritos rebeldes incitando os amigos a lutarem contra o trabalho do transporte de madeiras para a caldeira do grande navio a vapor que conforme o Comt: Mirote, os levaria a Marte.

Gritavam a plenos pulmões: “ão ão ão pau a gente leva não e o coral já bem ensaiado respondia: au au au a gente não leva pau” . Ouvi o sacana do De Lucas falar baixinho im im im pau elas levam sim, Dílson poeta responde, ama, ama , ama leva pau e não reclama, A coisa foi ficando inflamada, a Jeane chegou a rodopiar como uma porta bandeiras com o cabo da placa escorada na cintura e gritando pega, pega, pega o dono do pau se quiser é que carrega e ante ante ante vamos pegar o comandante.

Nestas alturas as garotas se inflamaram e o Mirote começou a ficar aflito e para piorar um dos grandes amigos de Mirote grita: Linchamento não! Ai o Mirote apelou com ele, pô Fabio estas garotas estão inflamadas e você ainda me coloca palavras na boca delas? E o Fábio grita de volta: eu falei para não linchar. O Comt: Pô meu ninguém tinha falado em linchamento e agora olhe só o coral: Pote, pote, pote vamos linchar o seu Mirote.

Nisto o comandante achou que era hora de parar a brincadeira, ele sabia que aquelas doçuras de garotas só acabariam com alguém se fosse afogando em pétalas de flores, por isto delicadamente puxou seu canhão portátil e atirou para cima, no mesmo instante fez-se silencio e acabou o burburinho, mas Nuria e Sonia continuaram falando baixinho, isto é o cumulo do absurdo, afinal de contras nós pagamos caro estas passagens, aí o buchicho foi elevando-se novamente e Mirote gritou: Senhoritas e senhoras presentes... Está certo Jacó Filho, senhores também! Tudo isto é apenas uma brincadeira e Dosan retrucou: de muito mau gosto por sinal, uma senhorita quindim de todo mundo de nome Zeni apoiou na hora, é isto aí bem, dá nele que eu garanto! Ele continuou: quem disse que este comandante entende lá de viagem espacial, onde já se viu queimar lenha no espaço se lá não tem oxigênio? Novamente o burburinho, é isto aí, responda seu comandante de meia tigela, gritou Zemary poetisa paraibana retada garota de paz, mas naquele momento acabara de puxar a peixeira.

Uma garota loura de nome Noêmia Jambo por sinal muito bonita acalmou Zemary e as duas saíram rindo, Mirote também riu, ele sabia que aquelas garotas o Maximo de violência que poderiam admitir seria jogar pétalas de rosas em alguém, enfim tudo estava entrando no espírito a que se propõe esta viagem. O comandante levantou novamente as duas mãos espalmadas e pediu para que se aproximassem as lideres do bem humorado protesto, a questão do navio ancorado, só deu aos presentes a certeza de aquela seria apenas uma viagem de encontros de poetas e promovido pelo amigo, mas logo seria revelado até onde iria seguir as brincadeiras, pois, ninguém acreditava que realmente iria a Marte menos ainda num navio a vapor.

As três garotas mais assanhadinhas do protesto: Jeane Diogo, Keith Neta e Maria Bremide se aproximaram e Mirote estendeu-lhe um aparelho cheio de botões, era um controle remoto com as siglas da nave RIMA MESMO estampado ao fundo: Um beijo quebrado com duas mãos infantis tentando ajuntá-los. Até então os presentes só tinha visto os emblemas nos folhetos de viagem, mas tinham uma informação que eles estariam estampados na grande nave. Mirote levantando os dois braços pediu silêncio e graças ao Jacó Filho que fez apenas um gesto na direção do povo como a dizer, atendam, ele pode falar: companheiros e companheiras... Caramba isto está parecendo coisa daquele intragável, melhor mudar amigos e amigas, dentro de instante verão como mágica, os maiores feitos tecnológicos de todos os tempos, Uma mineirinha de nome Shirley, biiiiiita como só ela gritou: numa nave tocada a carvão, tem vergonha não sô, uai troca este trem.

Mirote pediu à menina Jeane e aqui é bom já explicar, todos os participantes quando entrassem na nave passariam automaticamente a se verem como quando tinham dezessete anos, para isto as diretrizes do projeto estudara cada membro do grupo e escalonaram sua figura atual rejuvenescendo todos, homens e mulheres na aparência mais bela de suas vidas, quando o ser humano atravessa a fronteira de meninos para adultos. Por isto o tratamento de menina já adiantando os acontecimentos. Jeane apertou o botão azul enquanto Mirote com o braço direito rfez um largo gesto abrangendo o lago que comportava o enorme navio a vapor. Os olhares acompanharam a direção que o comandante apontava e num átimo de segundo tudo desapareceu, incluindo a parte do lago deixando uma paisagem de campos floridos e regatos límpidos a descerem das encostas rochosas.

O comandante curtiu por alguns instantes o assombro dos presentes agora quietos e percebendo que ali havia mais coisas do que imaginaram suas fantasias , ele explicou aos presentes que aquela imagem fora criada por holografia apenas para descontrair todos. Já com o controle novamente em sua mão Mirote o apontou para cima e após acionar um dos botões apareceu sobre suas cabeças o casco inferior de uma gigantesca nave espacial, ouviu-se gritos de surpresas e o comandante sorriu com o espanto causado nos seus amigos. A nave parecia uma imensa tela cinematográfica de seiscentos metros de comprimento por duzentos e cinquenta metros de largura, representados de uma forma artística o sistema solar completo em movimento e mostrando mais ressaltado os planetas, Terra na cor azul gelatinosa e a lua na cor de ouro, ambas com brilho de pedras preciosas.

O planeta Marte estava começando a contornar o sol na parte sul da elíptica e já do outro lado do sol uma faixa luminosa branca partia vindo em direção à terra, porem num plano que ficaria a meio termo de distância. Outra faixa branca partia da Lua e ia em direção ao centro da linha onde se encontravam, todos entenderam que aquela era a estrada de luz que seguiriam para o encontro com marte na menos distância, ou seja: em tornos de cinquenta e sete milhões de quilômetros Uma faixa do mesmo porte apenas com cores mais vivas partia da Lua até a nave “RIMAMESMO” representada como uma estrela de quatro pontas acima do emblema do beijo quebrado.

O comandante operando o controle fez descer a nave até à altura de vinte metros e após, desceu uma plataforma verde com o brilho de uma esmeralda até encostar-se ao chão e com um gesto cortês e lágrimas nos olhos o comandante convidou seus amigos a embarcarem na plataforma. Uma voz suave imitando os voos os chamados de aeroportos se ouviu quando a primeira passageira cruzou a faixa laranja de luz: bem vinda a bordo senhorita PF 01 a seguir o mesmo se repetia com os que iam cruzando a faixa brilhante bem vinda PF15, PM 01, PM05, PF 08, PM O8 e assim chegamos ao fim deste capitulo, o próximo será no quinto capitulo: Um abraço galera.

“A PARTIDA”

"DESPEDIDA"

Valdemiro

Mendonça.

PM 04: Um poeta dos que se pode chamar de natural, seu jeito e suas obras são inconfundíveis, por tudo que ele escreve qualquer pessoa adivinha logo que é pessoa do bem e que sabe o que quer escrever e acredita no que escreve. Devido à minha própria timidez por não ter estudado muito, foi um pouco difícil nossa aproximação, mas hoje posso garantir que seria muito ruim não contar mais com a sua amizade, é para mim uma honra muito grande saber que tenho um amigo poeta desta qualidade.

Sua despedida da terra, não foi diante do portal, ele o fez antes de se dirigir à plataforma luminosa, por isto ao atravessar a linha de cor laranja ele apenas olhou seu reflexo no portal e o interior da grande nave que seria sua casa de agora em diante. Riu da sua figura de dezessete anos, rapazinho queimado de sol vestido com roupas domingueiras e se preparando para o passeio à noite na pracinha dos namorados onde ficavam jogando piadinhas para as garotas ou se tivesse sorte, estaria em algum canto do jardim dando um amasso nas meninas mais atiradas e esperando chegar a hora de dormir para no outro dia enfrentar o duro trabalho pela sobrevivência.

Se fosse ainda ingênuo, acreditaria que iria se dar bem com as garotas, usando sua experiência de vida atual, mas ao mesmo tempo sabia que as garotas também tinham acumulado estas mesmas lições. O que aconteceria, uma loucura coletiva, ou um encontro equilibrado de pessoas extremamente jovem e bonita, mas com um “QI” de sábios e que os faria mais exigentes no próprio comportamento? Vamos a ver este futuro. Sorrindo das próprias conjeturas misturou-se com seus colegas.

PF 04 Rindo e brincando com quem estava mais perto dela foi que esta garota extrovertida atravessou a fronteira do que representava a terra segura, trocada por aquela coisa gigantesca e que a levaria para mundos desconhecidos. Apesar de sentir o mesmo que todos os colegas, “a sensação de que poderia estar se despedindo da vida e ao mesmo tempo ganhando uma sobrevida vivendo de uma vez os sonhos de muitas décadas.

Ela olhou com prazer a sua figura jovem de quando era muito namoradeira e gostava de cantar e se divertir, tudo o que conseguisse viver dali em diante seria diferente da sua vida até agora onde como todas as mulheres, fora sim, guiadas a um comportamento imposto por uma sociedade injusta que fazia da mulher um objeto de procriação, acondicionando em sonhos o que poderia ser perfeitamente real à exemplo das mulheres atuais que estavam se ombreando com os machos em todos os quesitos e dando um banho de competência e garra nas suas empreitadas. Vamos viajar, me segurem galera, ela não pensou, a menina gritou para ser bem ouvida pelos jovens que estavam no centro do salão. Hum... bem-vinda moça.

PM 07: Alto magro, simpático, com um sorriso eterno nos lábios, atenciosos com todos, ele é um dos poetas que nasceu para a arte, claro que não foi sempre poeta, como a maioria doas colegas, não poderia se dar ao luxo de viver do que escrevia, trabalhou para sobreviver, mas poesia é sonho e esta sempre o acompanhou durante a vida. Agora é um grande menestrel da arte dos versos, Teve amores e amores, agora pelo pouco que sei continua amando e vivendo para o amor.

Também ele deu uma olhada para a terra, sentiu uma pontinha de tristeza, medo não, mas tinha certeza que sentiria saudades dos finais de semana onde mostrava sua habilidades rodopiando no salão e provocando inveja nos pés duros, era um grande dançador como se chamava, achava que a palavra dançarino era meio delicada e ele era o PM 07 bom de verso, bom no violão bom de voz e bom de dança. Talvez até pudesse dar umas aulas para as moçoilas casadoiras durante a viagem, por não? Era solteiro... Hum nem tanto, mas sempre com carinho dá para negociar o tempo, afinal estaria apenas ensinando uma das suas artes.

Sua figura magra refletida no portal já desenhava o que ele seria no futuro: Um bom vivan, que vivia para o amor, lembrou-se da mãe, às vezes quando estava bravinha com ele o chamava de cara lambida que não saia das #"furrupas"#, era fato, sempre gostou de dançar, então vamos dançar no espaço. Voialá.

#"furrupa# Hora dançante, equivalente ao sarau, mas geralmente em casa de pessoas simples onde os rapazes e moças se reuniam para ouvir musica em toca discos ou dança e jogar conversa fora, às vezes rolando um namorico. 'Nota do contista".

PF 07. Uma linda mulher delicada, sorridente, amiga e que escreve maravilhosamente bem. Ela olhou sua terra amada através das lágrimas, mas sem desmanchar nem por um instante o largo e maravilhoso sorriso, sua marca registrada em todos os eventos que comparece.

Sorriu agora com gosto ao ver sua imagem no portal, exatamente como se lembrava, mas ainda era mais bonita do que se imaginara, o corpinho magro e bem cuidado, com formas perfeitas, cinturinha bem demarcada de quem vivia correndo por algum motivo e aquele sorriso que já estava lá, seus cabelos ao estilo afro sem exagero e um rostinho ovalado completavam aquele conjunto de beleza juvenil.

Vivera sua adolescência como muitas garotas da sua época, sua criação foi rígida e dentro dos padrões de pais zelosos dos bons costumes, namorado tinha de ser religioso e namorar só em casa perto de um ou mais familiares. Não se queixava, sempre soubera tirar prazer nas coisas mais simples da vida, sabia se resignar com sofrimento que a vida tem, mas não aceitava imposições sem eira e nem beira de ninguém, sabia que reviver a juventude novamente, para ela seria se possível, realizando o sonho de realmente poder escolher o príncipe do cavalo branco, mas conhecê-lo bem até ter certeza de que o cavaleiro, era um cavalheiro.

Seguiu em frente notou um olhar penetrante de um jovem magrelo, tão sorridente como ela própria, vindo em sua direção, nem pensou em evitar, sentira-se atraída por aquele jovem simpático e começar a viagem conhecendo alguém era ótimo. O rapaz: PM 07 se apresentou e beijou sua mão, não da maneira convencional, mas virando a palma para cima e pousando nela um beijo ardente que fez estremecer a garota quase que deixando uma marca escritas com as palavras; achei quem procurava. E vamos a Marte.

Continua amanhã se o Deus da guerra, "MARTE" não se zangar com o contista.

"DESPEDIDAS"

PM 08 ### Sua despedida da terra ele a fez um dia antes, quando viajou para uma das suas fazendas e numa colina cheia de flores e pássaros meditou no quanto era loucura deixar todo o seu patrimônio para seguir num viagem sem garantias de volta... Mas mesmo se não houvesse um forte motivo, era capaz de ele ir. Afinal quem inventou esta maluquice, foi seu companheiro de muitas aventuras, só isto já valeria o risco e os seus amigos poetas de tanto tempo no recanto e mais duas criaturinhas uma que ele amava de paixão, outra que ele amava, mas ainda estava aprendendo sobre este amor novo que já o arrebatara para uma nova vida e novas maneiras de pensar, tinha certeza que lamentaria muito sabendo que dois seres tão queridos estariam longe sem sua presença, por isto nada o impediria de ir, "ou apenas a força divina maior", mas esta ele achava que o estaria apoiando como sempre. De Deus ele não temia nada, pelo contrário, sua fé lhe garantiria uma viagem feliz e uma volta tranquila a terra. Entrou na nave e só olhou de relance para sua figura de garoto bem nutrido e porte atlético e sorriu cismando... É garoto, você é muito novo para tanta responsabilidade, mas é você e sua família, vamos a Marte.

PF 08### Com o sorriso da benção estampado nos lábios foi que ela entrou na nave carregando uma carga preciosa, agradecera a Deus por estar lhe dado a sua sublimação, sentia-se agora uma mulher quase realizada na vida, faltava ainda os meandros naturais por que teria de passar. Fora chamada pelos amigos, os pais e todos os parentes, de louca, por embarcar nesta viagem na época atual. Acentuou mais o sorriso e olhou a figura paternal ao seu lado, durante todo o tempo que meditara até tomar sua decisão, ele fora o maior responsável por ter ela aceito o convite de embarcar na RM 01 com destino a Marte, ela pesara os prós e os contras de aceitar tal empreitada, mas sabia que se não tomasse a decisão e resolvesse ficar na terra o seu amado também não partiria, ele ficaria por sua causa e do bebê e ela sentia que se o fizesse seria infeliz, ele como ela, gostava dos amigos e tinha o peso do comandante Mirote, desde crianças vivendo aventuras incontáveis por este mundão de nosso Deus... Até ele estranhou quando ela mostrou a passagem tentou argumentar, mas ela como uma surpresa entregou a ele a sua passagem e o comprovante de adesão e aceitação para o embarque. Viu uma lágrima furtiva rolar dos olhos dele e soube quando ele a abraçou, que havia entendido e o fizera pelos dois... Pelos três! E os dois o fizeram pelos quarenta passageiros e mais o comt: Mirote. Viu-se com dezessete anos no portal e riu... Dezessete com uma barriguinha de três mêses, naqueles tempos teria escutado poucas e boas, mas agora era uma garota que sabia o que queria e soube esperar o tempo e o homem certo para ter o que sonhara sempre, uma filha. Que Deus tome conta de suas vidas, seu bebê nasceria na nave ou em Marte? Tinha certeza que nasceria e bem, confiava em Deus e estava indo talvez mais para perto dele. Que horas é o almoço? Estamos com fome e foram conversar com os amigos poetas.

PM 12 ### Engenheiro de projetos de motores combustados com o pensamento, o novo combustível para viagens a longa distância e aqui, quando dizemos longa distâncias estamos falando de tempo luz, graças a este engenheiro a nave RM 01, é capaz de se deslocar no espaço a uma velocidade igual à do pensamento. Isto quer dizer que se quem estiver no comando da nave pensar na lua digamos à uma distância de quatro mil metros de um local previamente escolhido, a nave simplesmente desaparece e alcança o ponto desejado em frações de segundo se reconstruindo. Aí vem a pergunta que eu próprio fiz ao engenheiro: O homem não morreria ao se desintegrar e se reconstruir? Ele me garantiu que um ser animal no caso o homem, apenas sentiria um quase imperceptível estremecimento, como um piscar de olhos, não sofreria os desgastes naturais que acontece com quem viaja por longos períodos no espaço, ou seja: crescimento dos ossos pela falta de gravidade. Também anomalias no tamanho dos órgãos como coração, seios, penes etc. No caso é melhor não falar nisto, pois, muitos vão querer viajar pelo método antigo já que a coisa chega a crescer até trinta centímetros em um ano de viagem. Por toda esta tecnologia, é que esta sendo possível o transporte de pessoas que não fizeram uma preparação física adequada. Outra coisa que ainda não foi revelado é que devido ao constante perigo da contra espionagem, a ancoragem na Lua será apenas como despiste de eventuais forças que poderiam tenta destruir RM 01. O renomado engenheiro e poeta por amor, subiu na nave sem nenhum espanto, estava acostumado com aquela coisa que ele conhecia como se fosse às linhas das próprias mãos, talvez melhor, já que nunca tinha tempo de estar olhando as mãos. Também na precisamos dizer que é da ABIN, uma inteligência destas não ficaria de fora da agencia. Até daqui a pouco Marte.

PF 12 #### Poetisa nascida entre as brisas carregada da maresia marítima do Ceará, muito lida atualmente, mas só começou a escrever e mostrar o que criava, já bem tarde. Ocupou-se a cuidar da casa, do casamento e viver sonhando com um pouco de liberdade onde ela pudesse escolher seus caminhos sem a interferência das duras leis da sociedade que cobravam das mulheres da sua geração um comportamento imposto pela ignorância e despotismo de poderosos do clero, da política e da mídia. Quando viu a chance de mudar um pouco esta mesmice, nem que fosse com mais um sonho, não hesitou, assinou a papelada concordando com os termos impostos pelos responsáveis pela viagem a Marte, recebeu sua passagem, sua sigla identificadora e agora estava roendo a unha ansiosa pela partida. Não tinha falado com ninguém sobre a viagem e até um pouco antes do embarque guardara o segredo, antes de subir na plataforma iluminada deu um longo telefonema explicando aos seus sua decisão e indicando onde deixou uma carta que contava os detalhes da sua aventura. Sem qualquer remorso, ou arrependimento atravessou a faixa laranja e ao ver no portal a sua figura de menina moça que ostentava o sorriso brejeiro de sempre, não resistiu e caiu na gargalhada dirigindo-se ao centro da nave onde estavam já os companheiros encantados com sua alegria. O jovem engalanado que ostentava medalhas balançou a cabeça e pensou... Se cuidem garotos de plantão esta vai virar a nave de ponta cabeça. Oi Marte.

PM 09 ### Estava ali não apenas como poeta, conhecia o capitão caverna... Quem diabos é capitão caverna? Desculpe falha nossa! “Comt: Mirote” de bastante tempo e como era agente secreto da ABIN ele e outro agente, foram convidados a participar da viagem, não apenas como passageiros, mas encarregados da segurança e defesa da nave contra possíveis forças alienígenas; Conhecera Mirote num conclave de poetas onde fora fazer a segurança dos encarregados das mudanças na nova ortografia portuguesa, o agente seu colega já o conhecia há mais tempo e foram designados para este serviço justamente por serem poetas e como eram conhecidos na sua vida normal fora da agencia de inteligência brasileira. Acostumado a enfrentarem perigos, ele, “e” tinha certeza que o outro agente também, não perderam muito tempo se despedindo da terra, apenas um olhar de até logo, pois, tinham de estar atento na nave o tempo todo, existiam muitas forças contrárias a esta viagem e por mais secreta que ela pudesse ter sido preparada, até no despiste da nave como a inclusão do navio a vapor, o receio de sabotadores os obrigava a tomar estes cuidados, achou engraçada a sua imagem com dezessete anos, sempre fora participante de atletismo e tinha músculos desenvolvidos, mesmo nesta época. Misturou-se aos outros poetas que o saudaram apenas como a mais um maluco com a cabeça cheia de sonhos de escrever sobre os astros. Oi Marte.

PF 09### Ela linda de corpo perfeito, por ser a perfeição natural nela, não era de ficar enfrentando academia e salão de beleza para se fazer bonita, talvez a própria profissão de agente especial da ABIN ou: “Agencia brasileira de inteligência”, onde, para se manter com capacidade de defender-se de ataques inimigos, praticava muitos tipos de artes marciais não tendo tempo para acumular gorduras no belo corpinho, não estava sozinha nesta viagem, tinha outro agente embarcado e por sinal, talvez por ser também, poeta como ela própria, rolava um cuidado especial de uma para o outro e rolava algo mais, ela o achava bonitão e ele também se agradava dela, os colegas da agencia os chamavam de casal vinte, ele e ela viviam juntos na vida fora da ABIN, e sabiam que quando eles fossem afastados das missões perigosas iriam querer ter filhos, era um sonho, e sonhos de pessoas inteligentes devem ser realizados, pois se não acontecesse poderiam pensar que não eram assim tão inteligentes. Viu sua figurinha bem feitinha e juvenil e sorriu satisfeita, entrou olhando todos e tentando adivinhar quem seria seu parceiro, conseguiu, quem o viu, não foram seus olhos e sim o coração e este nunca se engana. Oi Marte.

PM 10 ### Mirote sempre o chamava de o meu amigo sacana, isto por ser ele um pegador incorrigível, mineiro de Belo Horizonte promoter de eventos especiais para pessoas famosas, ele era muito conhecido nos meios artísticos. Nas horas de folga era visto em bares caros da capital na companhia de solteiros convictos como ele, dos mais conhecidos, Fábio Brandão, o poeta Jacó Filho, este vinha de Pernambuco para cuidar dos seus livros nas editoras de Belo Horizonte e nestas ocasiões se juntavam para correrem atrás das garotas aproveitando a vasta lista de telefones e contatos dos dois amigos pegadores mineiros. Sua figura jovial contemplada no portal não era atlética, mas tinha o corpo bem feito e se lembrava de muitas aventuras, “talvez por ser ainda muito jovem”, de que neste tempo já era conhecido como o terror das gatas do colégio no SEFETE, com ele, conversou, dançou! Não mudou muito, achava que nunca iria se casar, adorava morenas da boca grande, se visse uma já partia pra cima, foi assim que ele deixou um amigo seu o rimador caipira: “Trovador das Alterosas” sem uma das suas funcionárias mais competentes, foi na lábia do garoto e zás, embuchou e ele carregou-a para a capital, quando o bebê nasceu ela resolveu voltar para a Rússia seu país de origem e ele voltou a ficar na sua, gandaieiro e felizardo. Será que Marte tem marcianas? Quer saber se não tiver, tem aqui e só meninas lindas, olhe só para a PF 01 $ PF 02 que gracinhas, mas não vai dar para ficar com as duas, sempre estão juntas, tenho de ir devagar para não queimar meu filme. Marte me aguarde.

PF 10 ### O comt: Mirote deu uma olhada rápida na garota que passou pela faixa laranja, pensou: que perigo é esta garota, deve ter vinte anos e está com todo o fogo aceso, deve ser um vulcão ardente, é da nova safra, e com esta liberdade atual e com a experiência que adquiriu, está mais afiada do que uma de cinquenta e vai voltar aos dezessete, tem algum goiano por aí... Não, que isto? Esta não é dica, consta na ficha dela que adora uma viola caipira e Goiás tem muitas duplas né? Pois é! Ela nem imaginava o que aquele jovem senhor com o peito cheio de medalhas estava pensando a seu respeito, neste momento ela tinha olhado para trás, uma lágrima quente rolou pelo seu rosto, estava deixando alguém... Mas dentro da nave estava seu sonho de escrever sobre a lua, e estrelas bem de pertinho... Talvez nem tanto, riu o contista, mas ele não conta, contista viaja sempre e visita tantos lugares. De qualquer maneira ela sabia que pelo menos a Lua e Marte ela estaria pisando com os pesinho delicados e seu notebook estará pronto para registrar tudo o que ela achar que respire poesia. Afinal ela é uma das mais jovens garotas de dezessete que estava naquela viagem e precisava entre outras coisa de provar que era tão boa na rima quanto todos a bordo. E vamos a Marte.

Continua segunda se o gato não comer meu dedo, o sacana me mordeu só porque lhe dei o teco na orelha, pode?

PM 011 ### Este garoto vai longe, poeta dos mais alegres do recanto. Sempre bem humorado, faz piada de tudo, só não brinca muito quando se trata de Ministrar suas aulas de matemática tridimensional: ”O novo campo de estudo que envolve matemática, física quântica, mecânica espacial com deslocamentos de planetas e volta ao eixo originário” considera importante o seu trabalho e o leva a sério... E é sério, tanto que foi recomendado pela ABIN para ser convidado a viajar na RIMAMESMO, pois, seria de grande ajuda ao capitão Mirote no deslocamento seguro da nave, principalmente, na rota do cinturão de asteroides, pois haveria chuvas de meteoritos que certamente colidiriam com a nave e mesmo com os campos de força ligados poderiam causar problemas no caso de algum mineral com massa superior o peso poderia varar o campo de força, tais eventos deveriam ser detectados antes do encontro pelo menos cinco mil quilômetro da nave para ter tempo de elaborar uma reação. Para isto a cabeça pensante do Prof. Nando é privilegiada, era capaz de fazer um calculo quase com a mesma velocidade de um computador. Será agradável tê-lo a bordo, além de poeta também é compositor e cantor por isto mesmo depois de olhar a sua figura não muito alta e magricela no portal, riu e foi fazendo pilhérias que abraçou o amigo PM 06 que o esperava sorridente junto com a galera que tocavam algum instrumento musical.

PF 011### Também professora, já não exercendo mais a profissão, é destas mulheres modernas, seguindo a tendência do sertjovem: “quando a mulher chega aos cinquenta anos parecendo que tem trinta”. Segura da sua beleza, não fazia disto motivo de esnobismo, vivia sua vida de forma calma, gostava de uma paquera, tinha seus... Bem melhor não contar esta parte, isto ela o fará se achar que deve. Dos meninos namoradores, aquele que conseguir descobrir quem é a PF 11 é porque ela certamente dará uma dica no painel este vai se dar bem, imagine uma mulher aos cinquentas parecendo uma de trinta e com um corpinho de dezessete? É bom nem imaginar, vai ser fogo na canjica. Olhou mais uma vez para o azul do céu, as matas, o lago e imaginou os pássaros cantando, deixou rolar algumas lágrimas calculando a saudade que iria sentir da sua terrinha. Atravessou os vinte metros até o centro da nave e se misturou com os amigos que conhecia, apesar de às vezes confundir um com outro, afinal todas tinham dezessete anos.

“Adendo”

Aos meus amigos que já entenderam o espírito da ficção contada aqui. O nosso amigo e poeta Paulo Jeres Já teve a iniciativa de ministrar um curso para astronautas que vão a Marte, achei muito legal ele ter entrado na brincadeira, esta é a ideia, o Arauto das Artes já está pensando em fazer uma música de abertura, outras pessoas já postaram alguma coisa referente a esta maluquice. Uma das diretrizes do conto é logo depois das apresentações sugerirmos isto, os participantes, escreverem algo sobre um sonho maluco de pessoas como nós, comuns viajarem a outro planeta. Poderiam escrever um conto, ou vários da loucura que um maluco está arquitetando. Aí vale desde descrever a nave da forma que imagina ou vê e escrever sobre um detalhe, sobre um dos colegas malucos que participa, sobre a coragem, ou o medo seu próprio, versejar sobre o assunto postando em suas páginas, seria como fazer um conto dentro de outro conto. Alguns estão achando desnecessárias as apresentações, mas para que aconteça a brincadeira que vai fazer parte do conto é preciso que haja interesse em descobrir quem é uma determinada pessoa, mas não tem de ser agora e sim quando criarmos o painel de recadinhos, nunca pensou em voltar a ter dezessete anos uma vez na vida? Eu já, e aqui é ficção, é brincadeira, e a imaginação não vai ferir ninguém. Eu pensei que se eu pudesse voltar a ser jovem, com a experiência atual, eu evitaria muitas copisas ruins pelas quais passei e poderia transformar em realidade os sonhos que ficaram apenas na lembrança. Voialá mons ami.

PM 12 ### Engenheiro de projetos de motores combustados com o pensamento, o novo combustível para viagens a longa distância e aqui, quando dizemos longa distâncias estamos falando de tempo luz, graças a este engenheiro a nave RM 01, é capaz de se deslocar no espaço a uma velocidade igual à do pensamento. Isto quer dizer que se quem estiver no comando da nave pensar na lua digamos à uma distância de quatro mil metros de um local previamente escolhido, a nave simplesmente desaparece e alcança o ponto desejado em frações de segundo se reconstruindo. Aí vem a pergunta que eu próprio fiz ao engenheiro: O homem não morreria ao se desintegrar e se reconstruir? Ele me garantiu que um ser animal no caso o homem, apenas sentiria um quase imperceptível estremecimento, como um piscar de olhos, não sofreria os desgastes naturais que acontece com quem viaja por longos períodos no espaço, ou seja: crescimento dos ossos pela falta de gravidade. Também anomalias no tamanho dos órgãos como coração, seios, penes etc. No caso é melhor não falar nisto, pois, muitos vão querer viajar pelo método antigo já que a coisa chega a crescer até trinta centímetros em um ano de viagem. Por toda esta tecnologia, é que esta sendo possível o transporte de pessoas que não fizeram uma preparação física adequada. Outra coisa que ainda não foi revelado é que devido ao constante perigo da contra espionagem, a ancoragem na Lua será apenas como despiste de eventuais forças que poderiam tenta destruir RM 01. O renomado engenheiro e poeta por amor, subiu na nave sem nenhum espanto, estava acostumado com aquela coisa que ele conhecia como se fosse às linhas das próprias mãos, talvez melhor, já que nunca tinha tempo de estar olhando as mãos. Também na precisamos dizer que é da ABIN, uma inteligência destas não ficaria de fora da agencia. Até daqui a pouco Marte.

PF 12 #### Poetisa nascida entre as brisas carregada da maresia marítima do Ceará, muito lida atualmente, mas só começou a escrever e mostrar o que criava, já bem tarde. Ocupou-se a cuidar da casa, do casamento e viver sonhando com um pouco de liberdade onde ela pudesse escolher seus caminhos sem a interferência das duras leis da sociedade que cobravam das mulheres da sua geração um comportamento imposto pela ignorância e despotismo de poderosos do clero, da política e da mídia. Quando viu a chance de mudar um pouco esta mesmice, nem que fosse com mais um sonho, não hesitou, assinou a papelada concordando com os termos impostos pelos responsáveis pela viagem a Marte, recebeu sua passagem, sua sigla identificadora e agora estava roendo a unha ansiosa pela partida. Não tinha falado com ninguém sobre a viagem e até um pouco antes do embarque guardara o segredo, antes de subir na plataforma iluminada deu um longo telefonema explicando aos seus sua decisão e indicando onde deixou uma carta que contava os detalhes da sua aventura. Sem qualquer remorso, ou arrependimento atravessou a faixa laranja e ao ver no portal a sua figura de menina moça que ostentava o sorriso brejeiro de sempre, não resistiu e caiu na gargalhada dirigindo-se ao centro da nave onde estavam já os companheiros encantados com sua alegria. O jovem engalanado que ostentava medalhas balançou a cabeça e pensou... Se cuidem garotos de plantão esta vai virar a nave de ponta cabeça. Oi Marte.

PM 13 #### Moço com formação musical, desde Rock a musica caipira, é muito amigo do PM 06, e acredito que vai detonar nesta viagem, gosta de dançar e é especialista em tango cruzado, mas dança gafieira, samba sassarico, rumba bilisquete, bolero, mambo e salgadeira, gente a tal de salgadeira é pior do que dança de rua, tem de estar com a saúde afiada, senão morre tentando. Mas é formado em agronomia e tem curso de arqueologia, vivendo no Egito os últimos cinco anos e pesquisando a tumba do faraofeiro Arrepiado, que viveu nos anos seis mil a/c. Ele sempre diz se perguntado: xouxoteiro pintou eu papo... Um aviso às donzelas de plantão, a fama dele se compara a do Fábio Brandão, Meia dúzia de balela a Mulher cai na esparrela, como tem muita garota afim de um vem que eu tô querendo, acho que o garoto vais se dar bem. É aguardar para ver e que venha Marte.

PF 13 #### Poetisa premiada em vários concursos de poesia, convidada para a academia de letras do estado do Rio e com uma indicação para professora honores causa do mesmo estado, Escreve muito bem e pessoalmente ela é muito amiga do contista que a acha um doce de pessoa, também aceitou esta viagem pelo motivo de colocar mais um feito no seu currículo, não por precisar dele para viver, pois, sua empresa de agência de modelos conta com as mais famosas top-model do mundo, rendendo-lhe dividendos que ela não da conta de gastar. Costuma passear pelas ruas do Rio no seu BMW super-esporte com portas basculhável para o alto ou na sua Ferrari 471 que é o seu xodó, os amigos quando souberam da sua decisão ficaram loucos de preocupação principalmente por ela ter ido ao cartório e deixado um testamento que se acaso lhe ocorrer não retornar deixa sua fortuna para entidades filantrópicas que só terão seus nomes revelados caso ela não volte. Olhou sua figurinha bem feita no portal e com um sorriso zombeteiro e uma piscada do olho esquerdo pensou: se cuidem marcianitos.

PM 14 #### Todos pensam que o pessoal do Norte só sabe lutar vale tudo na televisão ou tirar borracha nos seringais, catar açaí e castanha para vender... É por que não conhecem a fundo este povo maravilhoso, que convivem com os bichos e os elevam em versos cantando também a flora, os rios e as belezas das suas terras. Assim é este caboclo que nos encanta com suas poesias maravilhosas e canta o verde diáfano das suas árvores onde se escondem os pássaros de cantos maviosos as miríades de cores que maravilham os olhos de quem tem a sorte de ver. Este moço, PM 14 é assim, bonachão, sorridente, grande pai, grande avô, grande amigo, mas, sobretudo um poeta versátil que conhece as riquezas que existem no solo da sua terra, nos mistérios das suas lendas que ele descreve com a lírica com a qual elas são criadas. Talvez pensem que ele é apenas um poeta, mas ele faz mais do que isto, foi governador do seu estado por dois mandatos consecutivos e tem em cada uma das suas cidades uma estátua que o imortaliza com os dizeres nas placas ao pé dos monumentos: Símbolo da honestidade, alegria e amor ao povo. Para ele, acostumado a ser reverenciado pelo povo, os dizeres é o que faz sua consciência tranquila, pois, sabe que entrou na política com o que tinha para viver com dignidade e saiu com esta mesma dignidade intacta se recusando a as vezes até a receber proventos que não condizia com sua ética de homem do povo. Olhou seu reflexo no portal e riu às bandeiras despregadas, estava bonito e faceiro, ah, os seus que o perdoassem, ia dar uma namoradinha nesta viagem, nem que fosse só no flerte. Olá senhor da Guerra.

PF 14 #### Romancista consagrada, esta escritora de um dos estados do Sudeste, é uma mulher sem pecados cabeludos, com formação acadêmica, um pouco tardia, pois, se casou cedo e primeiro a prole e o companheiro, até que pudessem andar sozinhos, depois sim a realização dos seus sonhos. Agora lhe vem um maluco destes que se parece com profeta, mas se diz existencialista e que ajuda a realizar os sonhos dos outros lhe oferecendo a chance de voltar a ter dezessete anos numa viagem que chega às raias do absurdo, e que ninguém acreditava que aconteceria realmente. Seus pensamentos estavam errados, ao pisar na plataforma parecendo uma grande esmeralda dentro do seu brilho verde, e olhar para dentro da nave descomunal e que como vira, era dócil e obedecia ao comando do chefe que com um simples toque nos botões do controle remoto a manejava à seu bel prazer, ela com um estremecimento nas convicções começou a acreditar que ali existia mais que uma simples brincadeira de louco, Não recuou, seus amigos e família não precisavam dela inativa e dona de casa, não queria apenas ser uma escritora de romances, queria sim escrever um livro de aventuras e o seu prefácio estava dentro daquela nave e dos destinos que ela fosse capaz de traçar para si. Era uma morena destas de chamar a atenção se atravessasse a rua para cumprimentar a vizinha apenas vestida com roupas caseiras. Quando ia a praia, geralmente fazia questão da companhia do marido ou filhos, pois, os assédios eram constantes e às vezes atrevidos. Olhou sua imagem com dezessete anos e pensou não mudei tanto assim atirou um beijo com as pontas dos dedos na direção daquela belezura no espelho e se misturou com os queridos poetas e poetisas no centro da RM 01. Marte... Olhe eu aqui.

PM 15 #### Para ele não houve despedidas agora... Já estivera comandando a nave na sua estada na Lua na viagem experimental e viajado por vários países entrando e saindo da atmosfera por tantas vezes que se tornara rotina e apesar desta viagem ser bem mais distante, sabia como comandar sua nave na rota certa e saberia também cuidar dos seus amigos poetas e passageiros daquela aventura. Sabia que a volta das pessoas aos dezessete anos não era apenas um efeito da nave, as pessoas realmente tinham todas suas células renovadas e quando regressassem, poderiam optar por voltar às condições de antes, porém, com a saúde em perfeito estado, os que quisessem continuar com a juventude, poderiam fazê-lo, embora estudos de ordem psíquicas realizados em outros que passaram pela mesma experiência davam oitenta por cento deles optando pela volta da forma antiga: A alegação é que se fosse viver em outro planeta sim gostaria de ser jovem, mas na terra... Preferia seguir os ditames da ordem natural das coisas, nascer, viver, envelhecer, morrer e dar lugar aos mais jovens. Comandante a muitos anos de experimentos brasileiros de veículos espaciais, ganhara o comando desta nave, estivera afastado por livre escolha do serviço, e gostava de brincar de poeta, apesar de só admitir ser um rimador caipira que gostava de brincar com as letras imitando seu ídolo o comandante Mirote que viajaria também incógnito nesta missão. Mirote era o seu chefe espiritual, com poderes especiais de locomoção extrassensorial capaz de estar em qualquer lugar do sistema solar apenas com o desejo de se deslocar para este ou aquele ponto, isto fazia dele o maior chefe daquela missão, mas não daria mais qualquer ordem após a saída da nave do planeta terra, aí seria apenas o comandante pró forma que se misturaria aos outros poetas e viveria os prazeres e mistérios daquela viagem. Para ele a presença do misterioso Mirote era o sinônimo de segurança para os tripulantes e os seus amigos poetas, misterioso, pois, ninguém tinha certeza do que era Mirote, chegaram a cogitar que fosse um alienígena, mas ele afirmava que era humano e que seus poderes sim poderiam provir de mestres alienígenas... Se alguém sabia mais sobre ele, nunca revelou nada e devido à sua importância em missões necessárias à paz no planeta, ninguém ousava tentar saber mais do que ele o permitia. Olhou sua figura uniformizada com suas estrelas douradas, sorriu e pensou acho que sou o único que não vai namorar nesta nave, riu e foi olhar as coordenadas de tempo espaço na ponte de comando da RM 01.

PF 15 #### Garota de pele e olhos claros, cabelos louros, bem corpo bem feito e demonstrando sempre a sua juventude com a alegria estampada no rosto. Quando ouviu falar sobre a RM 01 e a tal viagem fantástica, ficou cética e não se interessou muito, mas a ideia a adesão das amigas e amigos poetas do recanto a convenceu a abrir o convite e quando viu que o tal comt. Mirote era um rimador e violeiro do recanto. Ela não teve dúvidas em aceitar oi convite, mesmo pensando que tudo aquilo era apenas uma piada divertida de um maluco querendo se divertir com os amigos. Agora estava ali, o coração disparava a cada vez que olhava para o que conseguia ver da sua terra e céu azul e sem nuvens naquele instante, chegou a retornar alguns passos tentando ver mais daquela sua preciosa terra, agora tomando dimensões inenarráveis na sua mente, o veria de novo? Pensou em desistir, mas vendo seus amigos à vontade e alegres atravessou a faixa laranja e olhou entre surpresa e divertida para aquela imagem de gata mansa de dezessete anos que certamente estaria no cio com se lembrava da sua antiga adolescência onde jorrava libido por todos os poros, ai, ai, ais: eu quero é mais. Decidida caminho ao encontro daquela meninada de rosto e corpos juvenis, na passagem deu uma piscadela para o rapaz das estrelas deixando-o com a sensação de que até ele poderia namorar naquela nave. Marte me receba aí.

PM 16, PM 17, PM 18, PM 19 E PM 20 ##### Por razões de ordens superiores vindas de fora da nave, estes passageiros não poderão ter seus perfis expostos aqui, durante a viagem as garotas que se interessarem por eles e até amigos, poderão sondar e tentar descobrir algo das suas vidas. Poderemos apenas adiantar que são poetas de uma casta, digamos mais afastada do recanto e falando em línguas diferentes do nosso português, no momento certo eles próprios se identificariam para os colegas. Acredito que antes disto os colegas descobririam suas identidades, principalmente as curiosas ninfetas que sempre tem um charminho especial para jogar nos garotos sempre menos esperto do que as adoráveis criações especiais de Deus. E ai garotas, missão difícil? Que nada, um deles canta e tem as iniciais JB, xi a bronca da chefia, não retiro nada, foi um deslize, mas no que ele é melhor que os outro, rico, e daí, vai gastara a grana para comparar pedras em Marte?

PF 16#### Antes de subiu na plataforma, ainda com sua forma original, arrancou um assobio da galera masculina todos já dentro da nave, entre as mulheres o burburinho de curiosidade natural feminino, que é, é artista, seria uma atriz? Tudo tinha uma razão para as perguntas seu corpo escultural quase uma cópia da atriz Úrsula Andress, inclusive o rosto parecidíssimo, causou aquela impressão e tantas perguntas. Não ligou muito para isto, nos estados unidos quando ainda no aeroporto Kennedy ela foi confundida pela imprensa e teve de apelar para os policiais para que a deixassem em paz, portanto, estava já acostumada com estes enganos. Não se demorou muito na contemplação da terra, olhou sim com muito esmero para sua forma refletida no portal, ganhara o seu primeiro concurso de miss Ceará juvenil, exatamente com seus dezessete anos, depois foi se transformando em mulher, sempre badalada pela mídia, fora convidada para representar seu estado no concurso de mis Brasil e no ultimo instante desistiu para ceder a oportunidade a uma colega de escola que não ficou nem entre as dez finalistas. A razão da desistência é a de sempre... “O príncipe do cavalo Branco”! Ah estes príncipes que se vestem de cavaleiros da távola redonda, sempre corretos e lutando por toda vida pelas donzelas deslumbradas, são tão volúveis. O dela também foi assim, de repente o cavalo branco ficou com cor de burro fugido, o cavaleiro perdeu a libré, e junto se foram os cabelos, a gordura substituiu os músculos e a bebida nos bares preencheu o tempo que antes era dedicado ao amor, não estava reclamando, afinal não era diferente de todos os sonhos, só que um dia a gente acorda e descobre que quer mais, até mesmo uma viagem de sonhos é melhor do que a mesmice e a rotina. Com um olhar critico para sua meninice refletida no portal caminhou com seus passos de tigresa para o centro da nave. Pensei que Marte era maior.

PF 17 #### Sempre aberta ao amor, esta poetisa meiga e carinhosa ainda procura o El dourado dos sonhos, o amor na sua plenitude, o amor dividido igualmente, onde dar e receber sejam prazerosos para os dois... Sua vida igual à de milhões de outras mulheres no planeta, dominada pelo dito sexo forte, foi pigmentada com sua participação embora silenciosa para esta liberdade, ou pelo menos por este reconhecimento de que as fêmeas não são apenas objetos de procriação e sim uma máquina de inteligência, tão ou mais capazes que os machos, pois elas têm algo que as torna únicas no universo humano, elas são capazes de gerar outros seres humanos e isto as faz mais sensíveis à vida e a forma de fazê-la plena e em paz, sem as guerras que os chamados homens nunca conseguiram evitar. Aceitara a viagem, não sem pesar os prós e os contras da situação, precisava disto, queria ter a chance de mostrar também sua capacidade, seja descrevendo uma viagem única ou escrevendo sobre toda esta aventura para os que não têm esta chance. Também ela deixou cair algumas lágrimas na despedida da terra, também ela olhou sua figura juvenil e se sentiu feliz por se ver sem as cicatrizes que a vida lhe deixara, e quem sabe até venha a ter coragem de encarar outra vida pela frente agora, se não num outro mundo, pelos menos num mundo diferente, onde os costumes terão de serem aprendidos, mas contando com a experiência de uma vida já bem vivida. Apesar de estar embarcando numa nave da mais alta tecnologia e rumo à outro planeta, não perdera sua fé no Criador, mentalmente se dirigiu a ele e agradeceu sua coragem de aceitar a viagem e a sua estada naquela nave junto aos amigos que tanto presa. Olá Marte, oi marcianos.

PF 18 #### Ela é chata, ela mesmo se define assim: sou chata! Sou daquelas que se eu passar o dedo na estante e sair sujo de poeira mando embora a diarista e troco a dita cuja. Criança comigo é na tapa, como agora não posso bater, não tomo conta de neto, sobrinhos? Deus me livre. Homem comigo é só pra ir pra cama e fazer o que chamam de amor: Juntar perna com perna e mijador com mijador. Na rua dirigindo, xingo mesmo, vai tomar caju seu urubu, sai da frente indecente, comprou carteira filho de uma ronca e fuça. Por isto mesmo não tem mais lugar para mim nesta terra, mas com os meus colegas do recanto prometo me comportar e tratar todos com o respeito que me merecem. Agora este comandante de meia pataca aí, se não acelerar esta titica que ele chama de nave eu vou denunciá-lo para o sindicato dos poetas astronautas, e acabando colocando um mais bonito, sujeito feio este tal de Mirote, devia se chamar velhote. E o senhor aí seu contista tocado a carvão, que para escrever um capitulo demora um tantão, ande com esta coisa cara, ta pensando o que? Eu paguei esta passagem e tenho meus direitos, acelera esta caneta compadre. Credo, tô com medo desta aí, ela olhou invocada pra a paisagem, pensei que ia me mandar pintar o céu da cor de abacate maduro, olhou para o portal e esbravejou: Ô figurinha mal arrumada, por isto que só arranjou aquele traste pra marido, vai ser feia assim pra lá do Timbucumcu, ta doido sô. Olhou com cara de poucos amigos para o pessoal e perguntou: tem cachaça nesta joça não, e em Marte será que tem?

PF 19 #### Um garota que todo marido sonha em ter como esposa, linda, discreta, carinhosa, competente e muito comedida nos seus atos, sabe como receber nas poucas mas requintadas festas que dá, é adorada pelas amigas e tem um sonho, fazer um cruzeiro onde o ponto culminante de destino seja às ilhas gregas, gosta daquele povo que vê nos livros, homens e mulheres de corpos perfeitos e que foram capazes de construir um país na antiguidade que até hoje é admirado pela sua pompa e arquitetura. Não está de mal com o mundo, pelo contrário, está apreensiva por deixar o seu país, pensou em desistir da viagem, mas devido à insistência de uma amiga e um pouco inércia nos tempos atuais, acabou se decidindo de vez a partir para esta aventura maluca de ir a outro planeta. Despedira da sua amada terra numa agradável reunião de família ouvindo os lamentos dos que não queriam sua partida, aliás... todos. Para não se sentir tentada a desistir, não olhou para trás, entrou decidida atravessando a faixa alaranjada e olhou para o portal. Não se entusiasmou muito, sempre tivera um corpo bem cuidado e não era muito diferente de quando adolescente, os amigos e quem a conhecia sempre lhe perguntavam qual era a forma para manter-se sempre jovem e com aquela carinha de menina? Respondia que era apenas levar a vida com bom humor e sem excessos. Sua amiga veio ao seu encontro e rindo se dirigiram ao centro da nave. Pois é Marte. Terá bons visitantes para acolher.

TF 20 #### Loura, olhos de um azul da cor do céu, sorriso franco, corpo de pequena estatura, mas proporcional, até completar a primeira faze da vida era considerada uma bonequinha que andava e falava. Agora estava mais marcada como mulher, os caminhos da vida são longos e o tempo sempre nos cobra o preço da passagem ao zênite. Estava nesta viagem mandada pela agencia, a ABIN a enviou para ser a ponte de ligação entre a tripulação e os passageiros, tinha ordens expressas para cuidar da assistência social e saltou das funções que seriam normais no seu departamento cuidar apenas da tripulação, mas como esta era um missão especial que poderia exigir a mistura das duas classes de viajantes da RM 01, deram-lhe a incumbência de cuidar desta parte na qual era especialista e o faria tanto na nave quanto no planeta Marte se acaso tivessem que permanecer lá por mais tempo do que o esperado. Como todos os tripulantes havia feito sua despedida junto com Jeser, os comandantes e a tripulação num local especial onde passaram concentrados em meditação e confraternização por dois dias e duas noites, estava preparada para o que a viagem lhe reservasse. Sua figura no portal, era apenas mais jovem e dava realmente a sensação de ser uma bonequinha pintada a mão por algum artista que gostava de figuras delicadas. Um pouco séria e examinando tudo com cuidado principalmente os rostos e olhos dos poetas, ela se misturou pensando que o grande Pai me ajude a ajudá-los. Oi Marte

"PARTIDA"

Neste instante o comandante TM 15 se dirigiu a um painel especial de cores vivas num ponto do salão e apertando um botão, falou com sua voz rouca aos ouvintes. Por alguns instantes deu explicações de como funcionava o restaurante da nave, enquanto falava uma gigantesca tela ia mostrando ilustrações do que ele apresentava.

Apareceu na tela, um caroço de feijão, um bife de filé mignon uma coxa de frango, uma colher de arroz cozido. O rapaz ia falando e demonstrando como as coisas aconteciam: o que veem é o que temos de alimentação a bordo, nossos computadores programados e acoplados às máquinas especiais, podem reproduzir qualquer comida que desejarem, além de refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Nenhuma destas comidas ou bebidas carregam agentes que possam fazer mal à saúde humana, o gosto da comida e bebida não são alterados, mas os agentes nocivos sim, estes são eliminados no momento do envio da terra para a nave, devo dizer que temos um sistema de maquinas transmissoras ultramodernas chamadas de nanomaquinas, estas micro máquinas separam os elementos lá na terra e envia e outras máquinas receptoras na nave os reagrupam. Poderíamos viver em qualquer planeta estéril por muitos séculos sem problemas de viveres, remédios e líquidos.

Explicou detalhadamente como seria o processo de alimentação, cada passageiro pegaria no restaurante uma bandeja e simplesmente se dirigia às cabines da comida que desejassem, apertavam um botão equivalente ao seu pedido e lá aparecia a sua comida a gosto, se gostassem de gordura na picanha, ela vinha mais ou menos salgadas conforme o gosto e o sal não lhe faria mal, assim como doces, diabéticos não tinham de se preocupar, assim que cada individuo se aproximava da cabine seu complexo físico era avaliado e lhe era servido à comida apropriada sem risco ou necessidades de remédios como insulina, por exemplo, na comida já estava à quantidade necessária ao organismo.

Após as explicações convidou todos a passarem para a sala do restaurante desejando à todos bom apetite e dando um aviso: após o almoço todos devem se dirigir ás sua cabines personalizadas com o mesmo número da sigla de identificação. Somente o ocupante da cabine entrará no local, para inclusão de outra pessoa no local, é necessário pedir permissão ao comando através dos canais de acesso de cada cabine. Nossa viagem acontecerá daqui á, apertou um botão do seu controle remoto e apareceu um painel com a contagem regressiva marcando seis horas e doze minutos para a partida da RM 01. Repetiu o que viu para os ouvintes e disse para que não se preocupassem, pois após o almoço todos seriam informados dos procedimentos da partida.

Talvez ainda possam ler mais alguma coisa hoje, depende da neta do contista deixar. Um abraço galera

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 24/02/2013
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T4158074
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