EMBORNAL
Seguia na estrada. Passos ritmados marcavam o pó do chão.
Suas roupas surradas, mostravam que muito já tinham andado naquele corpo. Chapéu de palha, escondia o rosto do ardente sol. Sandálias rotas aos pés, também castigadas pelo tempo e pelas andanças.
Cruzando o seu peito levava um embornal. Tecido cru, também bastante surrado e manuseado.
As mãos, calejadas, de vez em quando eram erguidas, com um lenço para enxugar o suor que escorria abundantemente pela testa.
Sempre sozinho, poucas palavras trocava com quem encontrava no caminho. Sempre os saudava, com um sorriso no rosto e palavras de ânimo para quem o sol também enfrentava.
Nas casas que parava, apenas bebia água, aceitava um café simples e enchia de água o seu cantil e seguia em frente.
Vez por outra, parava na beira da estrada, e com uma vara que na mão carregava, furava buracos, depois abaixava-se e do seu embornal retirava pequenas bolinhas, que tanto podiam ser sementes como podia ser contas coloridas de um colar. Colocava-as no buraco, tapava cuidadosamente e limpando as mãos num pedaço de pano, retornava sua caminhada.
Quando com crianças encontrava, retirava pequenas pedras de dentro do embornal e as entregava sorrindo. As crianças, vendo aquelas contas transparentes e coloridas, arregalavam os olhos de felicidade e iam correndo pela estrada a fora.
As pessoas não o conheciam, mas lembravam-se de já o terem visto outras vezes, mas há muito tempo atrás, que nem saberiam dizer quantos anos.
Com o passar dos anos, começaram a notar mudanças sutis na região. A quantidade de água, que era pouca, começou a aumentar e que pequenos arbustos diferentes estavam se desenvolvendo ao longo da estrada. E que estavam produzindo uma mudança climática na região.
Com o desenvolvimento daquelas árvores, a temperatura passou de insuportável a amena e aumentou a frequência das chuvas.
Aquelas crianças que receberam aquelas contas coloridas, que agora eram homens e mulheres feitos, algumas delas ainda as tinham e notaram uma coisa muito interessante, que nas árvores na beira da estrada, os frutos produzidos eram semelhantes aquelas velhas contas coloridas.
Assim, iniciou-se naquela região, uma plantação daquelas sementes, produzindo novas árvores.
E uma nova vida começou a nascer ali.
Estrela Radiante
"Imagens do Google"
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Boa tarde, amigos Recantistas
Desejo-lhes o melhor da vida.
Fiquem com Deus
Abraços carinhosos
Regina Madeira
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Seguia na estrada. Passos ritmados marcavam o pó do chão.
Suas roupas surradas, mostravam que muito já tinham andado naquele corpo. Chapéu de palha, escondia o rosto do ardente sol. Sandálias rotas aos pés, também castigadas pelo tempo e pelas andanças.
Cruzando o seu peito levava um embornal. Tecido cru, também bastante surrado e manuseado.
As mãos, calejadas, de vez em quando eram erguidas, com um lenço para enxugar o suor que escorria abundantemente pela testa.
Sempre sozinho, poucas palavras trocava com quem encontrava no caminho. Sempre os saudava, com um sorriso no rosto e palavras de ânimo para quem o sol também enfrentava.
Nas casas que parava, apenas bebia água, aceitava um café simples e enchia de água o seu cantil e seguia em frente.
Vez por outra, parava na beira da estrada, e com uma vara que na mão carregava, furava buracos, depois abaixava-se e do seu embornal retirava pequenas bolinhas, que tanto podiam ser sementes como podia ser contas coloridas de um colar. Colocava-as no buraco, tapava cuidadosamente e limpando as mãos num pedaço de pano, retornava sua caminhada.
Quando com crianças encontrava, retirava pequenas pedras de dentro do embornal e as entregava sorrindo. As crianças, vendo aquelas contas transparentes e coloridas, arregalavam os olhos de felicidade e iam correndo pela estrada a fora.
As pessoas não o conheciam, mas lembravam-se de já o terem visto outras vezes, mas há muito tempo atrás, que nem saberiam dizer quantos anos.
Com o passar dos anos, começaram a notar mudanças sutis na região. A quantidade de água, que era pouca, começou a aumentar e que pequenos arbustos diferentes estavam se desenvolvendo ao longo da estrada. E que estavam produzindo uma mudança climática na região.
Com o desenvolvimento daquelas árvores, a temperatura passou de insuportável a amena e aumentou a frequência das chuvas.
Aquelas crianças que receberam aquelas contas coloridas, que agora eram homens e mulheres feitos, algumas delas ainda as tinham e notaram uma coisa muito interessante, que nas árvores na beira da estrada, os frutos produzidos eram semelhantes aquelas velhas contas coloridas.
Assim, iniciou-se naquela região, uma plantação daquelas sementes, produzindo novas árvores.
E uma nova vida começou a nascer ali.
Estrela Radiante
"Imagens do Google"
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Boa tarde, amigos Recantistas
Desejo-lhes o melhor da vida.
Fiquem com Deus
Abraços carinhosos
Regina Madeira
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