As cronicas de Luz e Trevas, Lucas Benjamim e o Livro Necronomicon (Cap.6-SURPRESAS E GULOSEIMAS)

6.SURPRESAS E GULUSEIMAS

-Acorda! Acorda mano! – Samuel puxa o lençol de Lucas. Institivamente Lucas fica encolhido em posição fetal.

-Sério você tem que ver isso! – diz animado – Vai levanta logo dessa cama!

Lucas começa a acordar, ainda com um olho fechado e outro aberto sem amenos tirar a remela dos olhos.

-Que foi Sam... – diz ainda sonolento – Hoje não tínhamos que acordar tão cedo!

Então Samuel aponta para os embrulhos em frente da varanda.

-Viu – diz ansioso – Será que são pra gente esses presentes?

Havia quatro embrulhos perto da varanda, tinha embrulhos com papel azul escuro com fitinhas vermelhas, vermelho com fitinhas brancas e dois verdes com fitinhas douradas. Lucas limpa esfrega seus olhos e acorda definitivamente.

-Acho que sim Sam.

-Posso abri-los? – pergunta impaciente Samuel

-O que você ainda está esperando?

Os meninos correm em direção aos presentes e começam abri-los, os garotos estavam tão animados com os presentes que não notaram o bilhete que estava junto aos embrulhos. Os primeiros embrulhos eram roupas o que fez Samuel desanimar.

-Roupas! Não gosto de ganhar roupa. – diz Sam desapontado partindo para os outros embrulhos. – Mano, quais as chances de ter um Playstation três em um desses embrulhos ai?

-Acho que nenhuma.

Nos últimos dois embrulhos havia um óculos com tiras de couro, parecia aqueles que os primeiros pilotos de aviões usavam e no último um colar de prata com o pingente com a cabeça de Leão com a boca aberta.

-Acho que essas roupas são do seu tamanho Sam – entrega para seu irmão caçula.

-Ei mano olha isso – mostra o colar e os óculos para seu irmão.

Depois de olharem todos os presentes e roupas, Lucas acha um bilhete que havia o nome dos dois garotos.

Karavajal Khallil, Grão mestre da ordem dos Justicares do Ocidente

Para

O primogênito de Sylvia: Lucas Benjamim e seu irmão caçula: Samuel Benjamim

Prezados irmãos Benjamins,

Sejam bem vindos a Garia, achei que iriam precisar de roupas mais adequadas e por isso tomei a liberdade de compra-las e presenteá-los com essa cortesia. Espero vê-los em breve. E tenham cuidado para a Madame Reine não os empanzinarem com sua boa e deliciosa comida. De qualquer forma espero que estejam bem.

Cordialmente Karavajal Khallil,

Grão mestre dos Justicares do Ocidente.

No mínimo era curioso, Karavajal, esse nome já havia sido dito antes, mas os irmãos não lembraram imediato por quem foi dito, afinal não é todo mundo que tem um nome tão esquisito assim. Lucas não sabia quem ele era mais sabia que era um Grão Mestre dos Justicares e isso deveria ser alguma coisa já que Allan era um Justicar também.

-Bom dia...Uauuuuuu, como esses presentes vieram parar no quarto dos pequeninos mestres? – se espanta Irish com tantos embrulhos rasgados no chão - Os óculos do mestre Cristopher, como conseguiram?

-Foi um tal de Karavajal – diz Lucas entregando o bilhete para o Leprechau

-Tem esse colar também – mostra Samuel o colar de prata

-O coração de leão!

-É o que? – fala Sam sem realmente saber o que eram esses presentes. Nem Lucas realmente saberia o que estavam em suas mãos.

-Mestres esses não serem presentes normais – aponta emocionado para o óculos e o colar – eles foram do mestre Cristopher.

-Sim isso não tem nada demais – afirma Lucas

-Ter sim, mestres pode ver coisas que são ocultas para os olhos normais, pode ver no escuro e com os óculos da águia crescente o mestre poder ver até dez vezes amais do que um homem comum...

-Nossssa que legal! – Samuel pensa alto e interrompe Irish ao colocar o óculos e ver as auras de seu irmão e do pequenino, além das auras ele viu o fluxo de energia que percorria pelo corpo dos dois, parecia um verdadeiro emaranhado de linhas de energia como se fossem veias de luz.

-É verdade mano, o óculos é magico – fala olhando para Lucas com os óculos no rosto.

-Tá se isso funciona o que tem o colar de especial? – pergunta curioso

-Mestre Irish saber que esse colar protege a mente. Só isso que Irish saber, o mestre Cristopher andava estranho nos últimos dias antes de mestra Sylvia partir com mestre bebê. Então a mestra deu de presente para o mestre.

Antes que mais perguntas pipocassem, Madame Reine grita chamando-os: “A comida está na mesa!” .

-Oba! Comidas gostosas! – grita Irish – Os mestres têm que comer as guloseimas de Madame Reine, são gostosíssimas! Venham logo a Madame não gosta de esperar com a comida na mesa!

Dês que chegaram os garotos ainda não haviam feito uma refeição decente ou calma, mesmo a deliciosa comida que comeram na taverna do Bardo não teve uma digestão tão boa assim. Antes de saírem os irmãos guardaram o colar e o óculos, vestiram as roupas novas e foram fazer seu desjejum. Na mesa estava posto uma infinidade de guloseimas, frutas, diversos tipos de pães, tortas, tinha no mínimo três tipos de sucos diferentes, leite, ovos mexidos com bacon, cinco tipos de queijo, muitos patês no qual nenhum dos garotos ousaria provar só pelas cores esquisitas, verde, roxo, amarelo, rosa, branco e um branco com umas ervas.

-Olha mano – cochicha Samuel – Ela nos deixa comer doces e balas no café da manhã.

O antigo familiar sobe em uma cadeira adaptada, e começa a fazer um prato inacreditável, tinha de tudo um pouco, o seu prato era tão grande que fez os garotos imaginarem pra onde iria tanta comida.

-Venham queridos – disse Madame Reine – Sentem e façam o mesmo que seu amiguinho, comam de tudo um pouco. Não quero ver nenhum de vocês fraquinho.

-Mano ela mal sabe que nem comemos tanto assim pela manhã – segreda Sam só para seu irmão quando estavam a sentar. Realmente era muita comida, ali deveria ter comida pra umas vinte pessoas.

-Hummm, vejo que já receberam presentes? Estão elegantes se querem saber minha opinião... Estariam prontos para conquistar o coração de alguma donzela, hohohohohohoho.

Apesar de tudo estar surpreendentemente delicioso, os meninos logo estavam satisfeitos, Sam comeu praticamente só as quitutes, logo descobriu pra sua decepção que essas balas e doces não eram como os que conheciam, era até bom, mas eram de frutas e isso o fez pensar que fruta não poderia ser tão ruim assim já que estava devorando uma tortinha de salada mista. A primeira mordida foi a mais difícil quando percebeu todos aqueles sabores no recheio, a sua intenção era colocar o que veio em uma abocanhada em um guardanapo e guardar no bolso, só que Madame Reine estava curiosa pra saber se estavam gostando da comida e ficou espionando as reações dos garotos frustrando o plano de Samuel. Foi lá pra quarta mordida que Sam começou a perceber que o gosto era realmente bom, o termo bom não estaria fazendo jus a habilidade de Madame Reine, estava primoroso. Lucas comeu algumas bolachas e suco de laranja com cenoura, se arriscou em um chocolate com um formato de uma estrela, logo percebeu que não se tratava de um chocolate normal e sim em um chocolate de carambola, no primeiro momento parece que está comendo algo “azedinho” e antes que alguém comece a fazer a careta característica de quem comeu algo azedo uma explosão de doçura se espalha pela boca, a troca quase que instantânea de sabor era uma experiência agradável e particularmente viciante.

-Vamos meninos, comam mais. Vocês não gostaram? – incentivava Madame Reine.

Samuel e Lucas comeram duas, duas não, acho que foram umas três vezes mais do que estão acostumados a comer pela manhã bem cedo. Ao terminarem não conseguiam nem sair da cadeira, era um desanimo geral. Era um “ai” pra li, ou um “não devia ter comido tanto”, “comi que fiquei triste”, essas foram algumas das expressões que os garotos usaram enquanto estavam sentados empanzinados. Irish continuava a comer e o que impressionou bastante os garotos.

-Irish acho melhor você parar de comer se não vai explodir – fala Samuel

-Hohohohoho, não garotos isso é extremamente normal – avisa Madame Reine.

-Normal! – se espantam os dois garotos e Lucas continua – Como isso pode ser normal olha o tamanho dele!

-Tudo o que comemos se transforma em energia, e a magica se utiliza dessa energia. Irish deve ter tido algum esforço além de suas capacidades energéticas, essa energia se metaboliza para ser criada uma espécie de bateria para o nosso corpo não entrar em colapso quando usamos mágicas. Nós chamamos essa bateria de mana, outros povos de sua terra se não me engano chamam de rei-ki ou ki, calorias ou simplesmente energia. Quando se é um mago sempre se está usando essas baterias então comemos amais para encher esse estoque de energia, entenderam?

-É Irish tá com muita fome e comida de Madame Reine me deixar cheio novamente.

Os garotos fizeram uma cara de que não entenderam nada.

-Não se preocupem garotos, vocês irão entender. Existem adormecidos sem talento algum que veem pra cá e conseguem entrar em Arcania. E vocês sendo filhos de quem são, tenho certeza que se tornarão magos excelentes.

-Não tenho tanta certeza assim – fala Lucas desanimado por ele e seu irmão não saber nada desse novo mundo e seus encantos.

-Hohohohoho, não se preocupe garotos tenho toda a certeza do mundo que se tornarão magos magníficos. O próprio grão mestre acredita muito no potencial de vocês. Ah, antes que me esqueça, depois de fazerem o desjejum devo levá-los a Arcania.

-A universidade mágica – fica feliz Samuel de saber algo desse mundo novo.

-Hohohoho, viu vocês aprendem rápido. Logo, logo estarão soltando feitiços e magias por ai.

Depois de dar um tempo para a digestão, Irish e Madame Reine já haviam arrumado toda a cozinha e a mesa onde estava colocado o banquete. Samuel e Lucas estavam sentados de pernas para o ar.

-Que horas vamos para Arcania? – pergunta Sam

-Já, já meu queridinho. É só terminar de arrumar aqui e vamos.

-Madame Reine, tenho uma pergunta que esqueci de perguntar para Allan – Lucas lembra que Arcania era uma espécie de uma montanha voadora.

-Sim meu queridinho faça.

-Como é que se chega em Arcania?

-Existem alguns portais de acesso que só os alunos, professores e aqueles que moram ou trabalham em Arcania sabem onde fica cada um desses portais. Mas nós vamos de uma forma mais divertida. Nós vamos voando.

A afirmação de Madame fez os dois imaginarem inúmeras formas, Sam pensou que ela iria fazer algum tipo de magia que lhe daria asas ou alguma coisa parecida.

-Irish, se não me engano Cristopher praticava vurff, será que não tem algum daqueles tapetes por ai?

-Não, o mestre Cristopher largou o vurf quando o pequeno mestre estava na barriga de Mestra.

-Uma pena eu diria, ele não teria nenhum canto que guarda suas velharias?

-Ummm deixa Irish ver...Sim eles tem um canto secreto! – diz em um impulso.

-Agora não é mais secreto né – lembrava Lucas.

-Acho que Cristopher não se importaria se pegássemos um de seus tapetes.

-Você está falando de tapetes voadores? – fica curioso Samuel – Igual a do filme Aladin?

- Sim estou falando de tapetes que voam, mas não sei quem é Aladin.

-Legal!

Até Lucas estava doido para ver um tapete voador. Depois de muito insistir, Irish leva os dois garotos e a Madame Reine para a sala secreta que guardava os “tesouros” da família Benjamim. O pequenino leva-os para o sótão onde não tinha nada aparentemente.

-Azkabron – diz as palavras magicas Irish.

Então umas runas magicas iluminam a sala. Então uma charada aparece em rúnico. “Sentimos, mas não vemos. Está em todos os cantos e só existem quatro no mundo, é o criador das ondas, quem sou eu?”

-O Vento – diz o pequenino com naturalidade sem nem pensar. Ele sabia de cor todas as trinta e três charadas que ficavam mudando todas as vezes que alguém quisesse entrar na sala.

Uma escada na porta de trás abre-se. A escada levava para dentro de uma sala cheia de tesouros, Chamas brancas magicas acendiam conforme alguém entrava.

-Uauuu! – quanta coisa maneira Samuel comentava.

-Aqui deve ter algo muito especial. – se admira Madame Reine. – parece que Cristopher e Sylvia tinham algo a esconder.

-O que você quer dizer com isso Madame Reine? – vai em defesa Lucas

-Esse sistema magico de proteção é avançado, parece mais o Banco Knox. Só faltava as armadilhas magicas.

-Mas têm – confirma Irish – se intruso falhar na charada ativa runas dos raios prismáticos, se conseguir sair vivo a sala tranca e começa a esquentar em uma temperatura de duzentos e pouco graus, e em questão de segundos a sala se inunda com aguas geladas de menos cinquenta graus, depois as saídas são seladas e somente o sangue dos mestres pode abrir novamente a sala.

-Hohoho viu garotos, ainda bem que Irish está aqui. – comenta a Madame.

-Mas Irish você sabia né a resposta? – perguntava por precaução Samuel

-Sim, Irish saber dessa e das outras.

Na sala havia espadas, baús com talentos de platina, ouro, prata, e cobre, objetos de artes que pareciam estarem vivos, alguns objetos pequenos de valor como taças de ouro, anéis, colares ali estava abarrotado de objetos diversos, parecia a sala onde um pirata renomado guardava seus espólios e tesouros.

-Não sabia que a família Benjamim era tão rica – admira-se Madame Reine.

-Nem eu – fala Lucas admirado com tanto ouro e riqueza.

-Tá aqui. Irish achar o Tapete.

Não demorou muito, na sala tinha três tapetes, os garotos não sabiam mais esses tapetes eram totalmente profissionais, eram dois Likeboss 450 e um Tornado 5 edição especial. Com o Tornado, Cristopher ganhou o campeonato nacional vurff de Garia.

Os três tapetes foram para fora da sala. Em alguns minutos um dos Likeboss 450 estava no ar com Madame Reine e Samuel e no outro Likeboss que sobrou foram Irish e Lucas. O Tornado 5 ficou guardado no quarto dos meninos. Irish foi reclamando de que não sabia pilotar direito o tapete, e Madame Reine parecia que tinha muito mais medo do que quando ela deu a ideia. A viagem foi bem melhor do que na cartola de Irish. Lá de cima um enorme castelo negro com no mínimo cinco muros, ficava bem no centro da cidade, logo acima dele estava Arcania. Era fantástica a experiência de voar em um tapete mágico, o tapete deslizava no ar com uma graciosidade e uma velocidade incomum. Logo eles chegam na pista de pouso de Arcania, alguns animais fantásticos estavam ali, grifos, hipogrifos, águias gigantes, eram os animais mais comuns de se voar, um desses treinado e com uma cela adequada seria uma das montarias ideais para qualquer tipo de pessoa. Na pista também tinha pessoas aprendendo a voar com vassouras, tapetes, botas aladas e tendo as primeiras aulas de voo mágico com o professor Wingled Elev.

Depois de pousarem na pista para visitantes, o Meio-Homem com toga, um chapéu de couro no estilo aviador e com óculos quase iguais ao presente que os garotos receberam se aproxima dos dois tapetes que acabaram de pousar na pista de Arcania.

-Umm, dois Likeboss 450, primeira edição, uma edição rara para competidor. Só conheço umas três pessoas que conseguiriam voar com a velocidade máxima dessa belezinha, uma delas é eu, as outras duas, uma está morta e a outra não voa mais. Posso saber o que pretendem em Arcania? – dizia o homem levantando os óculos

-Hohoho, nada como um voo de tapete para mudar o nosso humor hein? – diz a senhora – Estes aqui são Samuel e Lucas Benjamim.

-Eles são os filhos de Critopher e Sylvia? – perguntava o pequeno homem – Nossa, se você voar como se parece com o seu pai teremos um novo corredor para o próximo ano.

-Ele está aqui para fazer a inscrição de admissão dos testes do próximo semestre. – responde a pergunta a Madame Reine.

-Que bom, uma pena que o outro ainda não tenha idade suficiente, os dois devem ter um talento nato – o homem olha para Samuel e comenta – Você tem a leveza de sua mãe sabia garoto? Como ela está?

A menção de sua mãe fez Samuel ficar triste, Lucas percebe a mudança de humor de seu irmão.

-Ela está em recuperação no Curandaris, logo ela sairá e poderá responder a sua pergunta. – fala Lucas

-Eu sinto muito garotos – fica sem jeito Wingled

-Não há motivos para sentir muito, ela vai ficar bem!

-Hohoho, não seja tão mal educado Lucas, o professor só quis ser gentil.

-Não tem problema Madame Reine – enquanto o professor falava um de seus alunos parecia ter problemas com sua bota alada, o garoto rodopiava sem controle e estava saindo das zonas de voo de aprendizagem – Parece que um de meus colegiais está precisando de mim – Wingled Elev coloca seus óculos – Até mais senhores, e te espero ver na peneira de vurff desse semestre.

O professor sobe em um tapete e voa em socorro de seu aluno.

-Hoho, como é emocionante está em Arcania – comenta a septã – faz tanto tempo que não venho aqui que me esqueci do nome desse professor, ele é tão gentil né?

-Irish saber, ele ser antigo técnico do mestre Cristopher, ele ser o Wingled Elev.

Os garotos estremeceram ao ar frio da altitude. Poderia não parecer mais de lá de baixo não dava para ter a noção do tamanho de Arcania, uma cidade sobre outra como muitos gostavam de falar. Assim que saíram da área de voo, pegaram uma trilha apertada entre grandes árvores, os dois tapetes acompanhavam baixo flutuando ao lado deles, sons de magias e explosões eram audíveis dentro das florestas. Samuel ficou muito assustado com aqueles sons, eram dos mais diversos dês do conhecido “CABUMM” estrondoso ao menos comum como “BUMPPP” um som baixo com um pequeno impacto, alguns pássaros voavam da direção que vinha os sons. No meio da trilha havia duas garotas e um garoto com a farda de Arcania, uma jaqueta azul com listras pretas, com uma camisa branca básica, e calças azuis com listras pretas, as mulheres poderiam usar saias azuis, shorts ou uma calça feminina da mesma cor que os rapazes. O grupo parecia estar bem cansado, eles não deveriam passar dos dezessete anos, pareciam estar discutindo alguma coisa importante, quando são interrompidos pelo grupo de Madame Reine.

-Bom dia – diz a senhora sorridente como sempre.

-Bom – responde uma das garotas

-Não podemos parar agora, precisamos da flor vespertina do fogo para concluir nosso trabalho de Alquimia avançada II do professor Tyriel. – encorajava o rapaz.

-É, agora não dá, você não viu! Só conseguimos fugir daquele Troll com vida por pouco. – diz a outra integrante do grupo.

-Acho que estamos procurando no canto errado, deveríamos voltar e procurar na sala dos registros um mapa da região, ou tentamos fazer uma poção mais fácil para o trabalho. – dizia a garota que estava sentada.

Madame Reine explicou no caminho que aqueles eram estudantes de Arcania e que logo seriam eles ali fazendo a tarefa de casa deles. Depois de uma bela caminhada pela trilha da floresta secreta, eles chegam ao campo de lis, assim chamado por ter muitas dessas flores. A parte em que chegaram dava pra ouvir o ruído do rio e da cachoeira, para se chegar ao castelo da universidade magica, eles teriam que atravessar uma ponte com telhado roxo charmoso, a arquitetura refinada dava acesso aos portões elegantes do castelo, do campo dava para ver as montanhas que ficavam por trás do castelo, lá estavam esculpidos os rostos dos três veneráveis e do primeiro rei de Garia, todos eles foram figuras importantes de Arnor. Um portão protegia a entrada da ponte, por onde os garotos, Irish e Madame Reine entraram sem problemas, o movimento constante de alunos devidamente fardados faziam o fluxo do local. A farda que o aluno usava dependia de seu ano na escola, podendo ser variada em doze estilos diferentes. Então apareceu Allan, ao lado da estátua de um grifo lutando com uma cobra gigante.

-Consegui um tempo livre, acho que agora vocês podem vir comigo.

-Hoho, já que os garotos estão entregues em boas mão devo dizer que irei resolver uns assuntos particulares. Allan, posso vir pega-los ao meio dia?

-Claro Madame Reine, irei mostrar um pouco de Arcania para os garotos antes de fazer a inscrição de Lucas.

Aos tropeços, os garotos e Irish seguiram Allan por dentro dos portões que tinha um grande A no centro, assim rachando o A bem ao meio entre as duas metades da porta. Ninguém falou muito, a não ser Allan que cumprimentava alguns professores quando ocasionalmente passava por um, os alunos cumprimentava o Justicar o chamando de professor.

-Logo estarão andando por essas ruas sem precisar de ninguém como guia – Allan disse por cima do ombro – Essa é Draco, a avenida principal de Arcania, logo depois da curva vocês poderão ver o castelo de Arcania, onde funciona a universidade mágica.

Na Draco tinha todo tipo de pessoas e animais mágicos servindo como montaria, apesar do transito ali parecia ser menos caótico que em nossa cidade ou em Garia em si, muitas lojas, bares e tavernas funcionavam nessa avenida, perto do numero 23 ficava um grande coliseu, tão grande quanto um prédio nosso.

-Ali fica o pátio da Justiça – diz Allan apontando em direção ao grande coliseu. – Só contornamos essa curva e...

O justicar esperava ouvir um ooooh bem grande como costumava ouvir quando levava os candidatos pela primeira vez, mesmo sabendo do tamanho e do esplendor que era Garia e toda a cercania de Arcania, o ponto mais deslumbrante era realmente o castelo de Mystara. A rua em que pegaram ia direto ao castelo. Cercado pelas montanhas Mystara ficava esculpida na própria pedra cinza, e por esse motivo ela também era conhecida como a cidade cinza das nuvens. Os rostos esculpidos ficavam na lateral direita da montanha de frente para a entrada da cachoeira, como se estivessem observando quem entrava pelos portões principais. A construção se agigantava a medida que se aproximavam das montanhas, o restante do que parecia uma civilização, ruas, lojas tudo isso foi ficando pra trás dando espaço só para uma estrada de ladrilho. Ao longe dava pra se avistar um enorme jardim, com algumas escadarias, lá tinham também postes de iluminações mágicos, chafariz e estátuas de animais e criaturas mitológicas, que nos é bem conhecido dessa parte do mundo como o minotauro, medusa, quimera, dragão, grifo, pégaso, unicórnio, e etc. Eram tantas que pareciam fazer parte do enorme jardim.

-Cada uma dessas estátuas representa um grupo de formando ou formados de Arcania. – Allan explicava as infinitas estátuas existentes naquele jardim.

Depois de subirem umas séries de escadas pequenas, chegam finalmente ao gramado úmido à sombra da montanha. Uma cortina de trepadeiras e um jardim suspenso ocultava uma larga abertura na face da montanha. Allan conduziu os garotos por um túnel pouco iluminado, as tochas das chamas eternas dançavam.

-Essa é uma das inúmeras entradas para Arcania. Não saiam de perto.

Allan segura a argola de bronze e bate três vezes na porta do castelo.

RBDiogo
Enviado por RBDiogo em 13/12/2012
Código do texto: T4034437
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.