Newbud e o Gênio
Ana Esther
- Estás brincando com a minha cara?
- Não estou brincando!
- Eu não sou bobo de acreditar que nos dias de hoje eu tenha, assim no mais, encontrado o gênio da lâmpada mágica sumida por séculos! – Newbud sentou-se na beira de um precipício.
- Sim, foi isso. – Respondeu o Gênio e sentou-se ao lado de Newbud.
- Eu não acredito em ti. – Newbud olhou para o precipício lá em baixo no qual ele pretendia se atirar em questão de minutos.
- Então me testa! – O Gênio desafiou Newbud.
- Ah, cai fora! Tu és só uma ilusão da minha imaginação desvairada... – Newbud abanou a mão com descrença. Ele não podia se perdoar por ter sido o responsável pela destruição do planeta.
- Tu tens um pedido. – O Gênio pressionou-o.
- Sai dessa! – Newbud sentia-se muito racional para fazer um pedido para a lâmpada mágica de um personagem de contos de fada. Um único erro seu ativou uma bomba com o poder de secar toda a água do planeta e o efeito já estava começando.
- Eu não vou esperar para sempre. Faz o teu pedido! – O Gênio não estava brincando.
- Vai lá, então me dá aí uma garrafa d’água... – Newbud disse aquilo apenas para se livrar do olhar penetrante do Gênio.
- Seu ABOBADO! Poderias ter salvado o mundo... Mas não, pensaste apenas no teu próprio sofriamento. – O Gênio repreendeu Newbud e depois acrescentou – O seu desejo é uma ordem! – No mesmo instante, uma garrafa d´água surgiu em frente ao Newbud.
- Não posso acreditar no que vejo... Tu és um gênio de verdade?! – Newbud agarrou a garrafa com grande espanto.
- E tu perdeste o teu único pedido. Agora tu só podes contar com essa garrafa de água para salvar a vida no planeta, se é que é isso o que tu desejas...
E o Gênio simplesmente desapareceu.
O desespero do Newbud aumentou. Ficou ali olhando a garrafa em sua mão. Era provavelmente a última água que restara no planeta Terra... Sentiu-se compelido a fazer o que o Gênio acabara de sugerir: Salvar o planeta!
Mas como?