Orquídea de Sangue
Houve uma vez uma velhinha tão boazinha, porém tão inocente que possuía um jardim cheio de flores, das mais variadas espécies.
Uma das suas flores era uma orquídea extremamente única e precisava ser regada com sangue humano. Como a velhinha era boa e humilde, o único modo que tinha de regar essa flor era com seu próprio sangue. Em compensação a orquídea emitia uma beleza extraordinária, quase divina, a ponto de fazer outras flores mais próximas se contorcerem em sua direção para admirá-la.
Com o tempo o jardim foi morrendo e ficando feio, pois mesmo tento a orquídea para embelezá-lo, ele não passava de um jardim de um planta só, um jardim sem vida de beleza mórbida e aterrorizante. A atenção da velhinha se voltava apenas para a orquídea, já que ela tinha cada vez menos força para cuidar das outras plantas. No final a velhinha morreu apenas admirando aquela planta e dando até sua última gota de sangue para ela...
E a orquídea? Pouco antes de precisar de mais sangue para sobreviver sua beleza exaltante e chamativa atraiu novos doadores para que sua vida continuasse a existir, sempre rodeada de atenções... e sangue.