O Amor vale a pena.
Era uma vez um dia triste, sem sol, chuvoso
Sem sorrisos ao lado
Só lamentos por toda parte
Dentro de mim, também estava nublado. Sentia frio, nada me aquecia
nem meu cafezinho preferido foi capaz de me animar.Sentada na mesinha olhava os rostos estranhos que passavam.Todos tristes, carrancudos, melancólicos
Foi quando na esquina avistei um casaquinho vermelho.Dentro dele um rostinho branquinho, tão pálido que parecia neve.Olhos castanhos claros, cabelos curtinhos. E seu rosto estava feliz. Meu Deus! Uma pessoa feliz naquele ambiente tão depressivo
Fui até lá...
Olhei em seus olhinhos felizes, iluminado pela inocência.Em seus braços, uma bonequinha, segurada com tanto carinho, que parecia realmente um bebê muito amado.
E era,na imaginação da linda criança era seu bebe amado.E ela o protegia com tanto carinho, que meu coração se aqueceu.Senti que meus olhos se encheram de lágrimas, de pura emoção. E com a voz embargada perguntei seu nome, e também claro, o nome do bebê
E de uma voz angelical, escutei que seu nome era Giovanna e seu bebê chamava-se Angélica.
Conversei com Giovanna mais alguns minutos e perguntei o que fazia ali sozinha...Com a maior inocência ela me respondeu que não estava sozinha...Estava levando Angélica passear.
Sorri ao imaginar a preocupação de Giovanna em cuidar de Angélica com tanto carinho.Perguntei então onde estava sua mãe, e a resposta gelou meu coração, mas não abalou a vozinha infantil.
Com a maior naturalidade respondeu que não sabia, que morava em um orfanato e que Angélica era a irmãzinha que a mãe havia deixado para que ela cuidasse e se lembrasse sempre que amar aos outros cura qualquer coração, mesmo o mais doente.
Sem saber o que falar, fiquei ali por mais alguns momentos e chamei Giovanna para voltar ao orfanato.Fomos de mãos dadas, conversando, e por onde passavamos, Giovanna ia iluminando os rostos antes tão carrancudos.Tudo tão simples que os sorrisos brotavam dos rostos estranhos.Foi quando chegamos ao orfanato, e uma senhora esperava no portão, parecia preocupada, mas não ficou zangada com a pequena, ao contrário, deu-lhe um abraço e um beijo em Angelina.
A menina então se despediu e entrou.
No portão, recebi um agradecimento de ter acompanhado Giovanna para sua casa, e que não ficasse preocupada pois ela não seria castigada pela travessura, isso já era normal em sua rotina, e as responsáveis sabiam sempre onde encontrá-la.
Me contou então, que a mão da garotinha havia falecido há poucos meses, que era uma moça muito bondosa, e que ao morrer quis deixar com Giovanna todo o amor que ela sentia pela filha, foi quando lhe presenteou com a boneca tão amada.A mãe lhe deu recomendações de que cuidadasse da boneca como uma irmã, e que lembrasse todo o carinho que ela havia recebido de sua mãe, e transmitisse isso a pequena Angelina, e assim não perdesse o amor que trazia no coração, mesmo tendo tão cedo perdido algo tão importante para a sua criação.
Me contaram também que Giovanna era a alegria da casa, e que era impossível ficar triste perto dela.
E foi assim que voltei todos os dias para levar a pequena Giovanna e sua irmãzinha para passearem.
Fim