A MENINA E O AQUÁRIO

Ela era tão imaginativa, e quase irreal. Era não... É.

Mas desde menininha surpreendia os pais, professores e avós pela sua imaginação, criatividade presentes em tudo, em excesso diríamos...

Quando Louise se encantava com algo, esquecia todo o resto. Os poucos amiguinhos eram colocados de lado e nem mesmo as professoras eram consideradas, em seu mundinho de ilusões e muita criatividade.

Louise, na beleza dos seus seis aninhos, de cabelos cacheados, rechonchudinha a todos encantava com sua inteligência, perspicácia e vitalidade.

Sua vidinha corria como uma festa, sempre a brincar, rodeada de seus familiares queridos, indiferente a problemas financeiro, acidentes geológicos, enfim...

Eis que numa quarta feira, uma tarde ensolarada de inverno; Louise acompanhou seus tios a uma visita na casa de amigos. O passeio seria de carro, o que mais Louise adorava, e pegaria a estrada, melhor ainda para ela.

Louise se acomodava ao lado da janela, pois, não queria perder nada. Olhava com atenção tudo: transeuntes, animais, paisagens, o sol, as nuvens tudo... Tudo mesmo.

Louise tinha fome de viver, de saber e precisava de tudo isso para alimentar sua intensa imaginação.

Foram bem recebidos e como sempre sobraram elogios a nossa pequena.

Louise conheceu algumas crianças, merendou , brincou, dançou com elas e apesar do cansaço das outras ela continuava bem ativa e resolveu andar pela casa para conhecer melhor aquele casão como ela mesma disse.

Em sua excursão, encantava se com a beleza dos móveis, dos ambientes até que chegou a uma sala muito bonita onde dividindo ambientes estavam um aquário enorme, com luzes, bolhas e muitos peixes de tamanhos diversos, cores e qualidade. Louise de olhos arregalados, encantada com tamanha beleza, sequer piscava. Mas de repente, ela avistou o “Oscar” um belo exemplar de Ciclideos Americanos ou Astronotus Ocellatus , de cores magníficas, desfilando, sabendo ser observado e sentindo ser o melhor do seu mundo molhado atual.

Louise, não escondia o impacto que Oscar provocava, com sua alegria e satisfação... Chegou seu dedinho delicadamente no vidro e Oscar encostou para observá-la.

Ambos se observavam e mediam suas emoções.

Oscar então, num lindo e ligeiro bote, deslizou pelo aquário afora, provocando risos e gritinhos de nossa menina. O mundo foi esquecido; onde estava também... Louise somente via, ouvia e respirava (quase com medo) a beleza daquele aquário.

Colocou então mais alguns dedinhos e percebeu que os movimentando, atraia a atenção de Oscar e o fazia acompanhar seus dedos... Que achado! Louise poderia então brincar com aquele peixe enorme. E como brincou... O fazia atendê-la como se fosse seu cachorrinho ou gatinho de estimação. Ao comando dos seus dedinhos, Oscar pulava, corria e fazia piruetas.

Estava então estabelecida a amizade e admiração mutua. Oscar conquistou de imediato o coraçãozinho de Louise ou será que foi o inverso?

Mas, como tudo que é bom as vezes, dura pouco... Não foi diferente com Louise; que logo foi chamada pelos tios para irem embora. A menina pediu, implorou e até beicinho fez pedindo para ficar mais um pouco. Mas acatou a decisão dos tios, pois, sempre foi muito educada. Mas também conseguiu que os amigos, se comprometessem a recebê-la novamente.

No retorno, Louise nada falou; muda. Somente seus pensamentos, sua imaginação fervilhava de encantamento...

Todos estranharam o silêncio da travessa menina... Logo se recolheu para seu quarto, despedindo se dos pais, que nada precisaram falar, nem insistir sobre o horário.

Sozinha em seu aposento, Louise trocou-se, orou com fervor costumeiro e acomodou-se gostosamente em sua cama macia e perfumada.

Cochilou... Acordou... Rolou pela cama, voltou a dormir, acordou novamente... Não conseguia dormir. Pulou da cama, foi para sua mesa de estudos, pegou seu caderno de desenho e ligando sua memória nos 220 passou a desenhar tudo que seus olhos pousaram naquele aquário.

Quanto mais desenhava, mais encantada, mais desejava ver novamente o Oscar, os outros peixes e toda aquela maravilha outra vez. Passou a noite a desenhar e pintar. Seus últimos rabiscos foram vistos pela luz do dia que amanhecia encantador.

Esperou com muita ansiedade, o dia marcado, para a visita aos amigos de seus tios, consequentemente, para ver o lindo aquário e o Oscar.

Este dia finalmente chegou e Louise toda arrumadinha estava mesmo antes do horário marcado para seus tios passarem e levá-la junto.

Foi difícil para Louise manter se quieta até o momento de permitirem que ela fosse até o aquário. Ela já não aguentava mais à espera... Cumprimento, abraços, troca de beijos, sentar e aguentar todas aquelas perguntas da semana... “Que papagaiada “- pensou a menina”“.

Enfim, ouviu o que queria... “Então, Louise, ainda deseja ver o aquário”? Vamos lá.

A alegria de Louise chegava a ser comovente. Seus olhos brilhavam, arregalados ao chegar perto do aquário e colocar delicadamente seus dedinhos; deixando os peixes alvoroçados.

Oscar parecia deslumbrado e enlouquecido com aquela garotinha linda, de um sorriso contagiante, um narizinho atrevidamente arrebitado, olhos e cabelos cor de mel... Será mesmo que ele notava sua beleza só? Ou sentia sua alma de essência especial.

Como da primeira vez, Oscar corria e obedecia aos comandos dos dedinhos de Louise. E ela já inventava novas piruetas, agora com as duas mãos.

E o tempo passou e mais deixaram passar ao notar quão feliz estava à garotinha.

Ao sair, Louise despediu se de Oscar e dos outros peixes, explicando que voltaria e agradecia à tarde de brincadeiras, não resistindo, beijou delicadamente o Oscar, através do vidro. O peixe então corria , voltava, rodopiava e a seu modo declarava seus sentimentos pela menina.

Nova visita então foi marcada. Isso exasperava Louise. Porque não perguntavam a ela, quando gostaria de voltar? Voltou para casa de beicinho formado. Nem o colo da vovó estava convidativo como sempre. Seus pais acharam por bem não perguntar nada.

Lá no aquário, a vida corria complicada. Sr. Amarildo notou que havia algo estranho, pois, Oscar não o saudava ou acompanhava como antes. Tentou diversas vezes chamar sua atenção e fazê-lo correr pelo aquário tentando pegar seu dedo. Tudo em vão. Oscar, encostado numa pedra, mal se mexia, seus olhos mal se abriam... Fazia cara de enfastiado.

Sr. Amarildo então passou a examinar todos os detalhes... Temperatura da água, ph, sujeira, bomba de ar... Enfim, tudo em ordem. Mas lá dentro algo de estranho ocorria. Parecia ser geral. Bateu uma leseira no mundo molhado de Oscar e ninguém entendia.

Sr. Amarildo então chamou alguém que entendia do riscado, ou melhor, de aquário. Vieram, examinaram tudo e nada detectaram.

Todos muito sentidos pelo que estava ocorrendo, mas sem saber o que fazer, levantou diversas possibilidades, mas nada justificava. E os dias se passaram e nada mudou.

Quando naquela manhã, se preparavam para receber o casal tão amigo e querido junto com a menina tão graciosa, algo tilintou na cabeça do Sr. Amarildo... Quem sabe, a menina... Será?

Pode ser... Tudo é possível nesta vida... Porque não? Repetiam todos...

Ao chegar, Louise e seus tios foram recebidos com mais entusiasmo que o costumeiro.

Sr. Amarildo apressou se a explicar e todos, principalmente a menina, dirigiram se então para o aquário. Louise pensou: “Ate que enfim, dispensaram as baboseiras, e me levam para onde realmente quero estar.”.

Nossa menina, não sabia o que estava ocorrendo, nada lhe disseram. Mas, bastou olhar para o aquário, que Louise fez cara de espanto e de dor. Oscar, por sua vez, teve uma reação comovente... Seus olhos brilharam vivos novamente e de imediato se aproximou do vidro fazendo algumas piruetas para demonstrar sua alegria.

Em redor da menina, todos respiraram aliviados e logo se afastaram para comentar o que viram. Como pode uma menina, um humano; provocar tamanha reação de um peixe.

Afastados, não podiam ouvir o que Louise dizia a seu amiguinho:

- O que houve meu peixinho? Todos aqui estão com caras de dodói... Onde dói? Encosta aqui que vou dar um beijinho... É assim que vovó faz comigo... E passa rapidinho. Estão sem comer? É? Eles brigaram com vocês foi? Eu faço carinho... Vem...

Oscar encostou-se ao vidro , assim como todos e receberam vários beijos , que a menina distribuía por todo vidro do aquário, ficando marcas de seus lábios. Tudo voltou ao normal, todos brincavam e corriam , fazendo graça como que agradecendo o carinho de Louise.

Oscar então se animou, voltou a brincar, a acompanhar os dedinhos que tanto o deixava feliz.

Dessa vez a visita foi mais longa e todos ficaram felizes. Louise então, ao se despedir, pediu que não mais ficassem tristes e que qualquer dorzinha, lembrasse-se dos beijinhos.

Ela se foi, mas antes, ao virar se para mais um tchauzinho, viu algo que a deslumbrou e ao mesmo tempo pensou estar imaginando: Oscar piscou enquanto com um movimento de sua nadadeira, manda lhe um beijo.

Ao contar o ocorrido, todos riram, diante de tamanha imaginação.

Alguns dias depois, Louise sofre um pequeno acidente, enquanto brincava na hora do lanche. Foi um corre-corre danado, que acabou com uma perna quebrada, algumas escoriações, muito choro, mas muitos beijinhos da vovó, muito mimo e colo.

Louise então passou uma boa temporada sem poder sair de casa. Seus pensamentos eram em especial para nosso peixe Oscar, que sem saber o porquê da demora, da volta da menina, voltava a ser tomado pela tristeza.

Passado o tempo de resguardo, Louise já livre do gesso e a pedido do próprio Sr. Amarildo, foi levada novamente para ver o aquário. Ao chegar ficou encantada, pois, Sr. Amarildo havia aumentado o aquário, as luzes e enfeites eram mais bonitos, mas Oscar não saia de sua tristeza.

“Mas agora tudo vai mudar”- pensou Sr. Amarildo.

Ledo engano... Por mais que a menina fizesse, nada mudava. Então, desesperada, Louise começou a chorar e a pedir bem juntinho do vidro para que Oscar voltasse a ficar feliz...

As lágrimas sentidas da garota comoveram Oscar que começou aos poucos passear pelo aquário, devagar, um pouquinho mais rápido, mais rápido e de repente corria pelo aquário saltitante e mesmo com as lágrimas ainda correndo, Louise ria e manejava seus dedinhos para que não só Oscar brincasse, mas todos ao seu redor. E a alegria voltou geral. Mais uma vez todos viram a força da amizade e carinho que uniam Louise e Oscar.

Louise saiu da visita a Oscar muito pensativa, deixando todos também pensando no que fazer para que episódios iguais a esse não mais acontecessem. Sr. Amarildo não gostaria de se desfazer do aquário, e a família de Louise não demonstrou nenhum interesse em ter a posse dele.

Nessa noite, a menina não dormiu... Ficou pensando e pensando... Até que sua imaginação extrapolou.

“Lembrando “das histórias que tanto ouviu como “Alice no País das Maravilhas”,” Free Wille” e outras tantas... Ficou pensando e acabou por se perguntar e porque não? Se eles conseguiram, eu também posso, também vou...

Resolveu então retirar da parede o desenho enorme do aquário, que havia feito e que sua mãe tão carinhosamente expos como um quadro. E nele desenhou uma linda menininha sentada numa pedra brilhante. Colocou o desenho no lugar, deitou se de frente e encantada adormeceu.

No dia seguinte todos prontos para o café da manhã, somente Louise não apareceu. Era um lindo domingo de sol, e sua mãe achou por bem deixá-la dormir mais. Mas já havia passado algum tempo e nada de Louise. Mamãe então resolveu ir ao seu quarto.

Louise não estava lá. Sua cama, seus brinquedos todos em ordem. Onde estará Louise? Dando o alarme, todos passaram a procurar pela casa.

Depois de muita procura e nada saber, sua mãe voltou ao quarto e de relance passou os olhos pelo desenho e quando viu a menina desenhada na pedra, seu coração gelou. “Isso não é possível, estou variando de tanta preocupação”. Olhou novamente, a menina parecia feliz e integrada ao desenho.

Saiu correndo do quarto com o coração aos pulos.

Na casa ninguém acreditou na hipótese de que a garota tenha ido para o aquário. A melhor das possibilidades foi que Louise saiu sem ser vista e que estava brincando nos arredores. O que não havia nada de mais, pois, todos a conheciam e a admiravam. Acharam por bem aguardar mais algum tempo e na volta ela teria um belo sermão e um bom castigo a suportar. E assim fizeram.

Só que o impossível não existia para Louise. E o inacreditável, era simples demais para ela.

Louise naquela manhã acordou sentada na pedra brilhante que adornava um lindo e imenso aquário tão querido e cheio de amigos, que vieram dar boas vindas à linda visitante. E o mais feliz com a visita inesperada e tão desejada foi ninguém menos que nosso Oscar.

Nosso amigo peixe aproximou-se de Louise e delicadamente encostou sua boca no rosto da menina e deu lhe uma beijoca estalada com tanta alegria e em seguida se pos a nadar freneticamente pelo aquário demonstrando a todos o que sentia. Dava piruetas fantásticas percorrendo o aquário de ponta a ponta.

Oscar cobriu Louise de carinho e atenção, mostrando a ela seu habitat, seus amigos e até seus brinquedos e tudo o mais que pudesse.

A menina no começo ficou abismada. E não é que ela conseguiu? Estava mesmo dentro do aquário junto com seus amiguinhos. Feliz sorria e pensava: Eu consegui... Rsrs. Irradiava uma felicidade nunca antes sentida... Acompanhada de Oscar sentiu a facilidade com que andava e respirava subindo e descendo pelas pedras, agora montanhas. Os enfeites do aquário antes pequenino agora eram maiores que ela.

Louise passeou, brincou de esconder, e por bons momentos lembrou-se do filme que assistiu “Free Willie”. Em cima de Oscar segurando firme em sua nadadeira, explorou todos os cantos daquela imensidão de água.

Naquele momento ficava difícil dizer quem era mais feliz; Louise ou Oscar.

Louise sentia a felicidade em conviver com todos principalmente com Oscar; mas lá no fundo do seu coraçãozinho algo não estava bem... O que poderia ser? Estava num mundo encantado, onde não faltavam brincadeiras, nem companheiros alegres e carinhosos e ninguém para dizer o que fazer... Ops, a mamãe... Era isso que estava sentindo... Saudades da minha mamãe.

Louise, então, sentou-se na sua pedra favorita e Oscar preocupado veio ter com ela.

_. O que houve meu anjo cansou de brincar... Quer parar um pouco?

__. Estou pensando na mamãe... Deve estar preocupada.

Oscar respondeu: Será? Acho que nem percebeu sua saída...

_. Louise, você cansou de ficar comigo, deseja ir embora?

_ São somente saudades de mamãe, mas estou muito feliz aqui.

__. Vamos fazer assim; fique até o entardecer. Quando acenderem se as luzes, você volta para casa.

E amanhã voltara para brincarmos mais... Combinados

Louise achou ótima ideia e feliz por saber que logo mais veria também sua mãe.

_ Mamãe estou com fome... E um pouco cansada de tanto brincar.

Todos gritaram: Louise? Onde está?

_ Aqui na sacada, brincando com minhas bonecas. Tenho fome!

A mãe ficou sem entender nada, mas feliz, afinal a filha não estava fora de casa. Mas mesmo assim ralhou com a menina para não repetir isso. E da próxima vez responda quando ouvir que a estão chamando...

A menina tomou seu banho, jantou e beijando seus pais e a vovó, foi para cama, dizendo se muito cansada. Adormeceu de imediato, sonhando com seu passeio e já pensando na volta.

E essas voltas aconteceram muitas vezes. A mãe de Louise vivia encafifada com uma coisa: cada vez que a menina desaparecia por algumas horas, a menina do desenho reaparecia com suas cores bem firmes, sentadinha na pedra, dentro do aquário, obra de Louise. E quando reaparecia, vinha sempre de algum lugar bem próximo, como a varanda, o quarto de brinquedos... Os pais desistiram de repreendê-la nesses sumiços temporários.

Louise muito feliz preparava-se para sua festa de sete anos. Todos em casa trabalhavam alegremente para dar a menina uma linda festa. E foi... Louise divertiu se a beça com seus amiguinhos, mágicos palhaços, parentes. Foi uma festa de sonho.

Mas ela não se esqueceu de seus amigos aquáticos. Guardou um pouco de cada guloseima e levou para eles. E foi outra festa, com direito a presentes também.

Nesse ano houve mudanças na vida de Louise e família. Seu pai foi transferido de cidade por causa do trabalho e consequentemente, de escola também. Novos amigos, novidades, lugares diferentes para se conhecer e com isso as visitas ao aquário foram se espaçando.

Louise, devido às novas atividades durante o dia, sempre ia para cama já muito cansada. E havia tantas coisas a conquistar, tantos novos interesses, que sempre adiava suas visitas a Oscar e seus amigos.

Até que um dia, olhando seu retrato do aquário o viu tão esbranquiçado, sem cor que resolveu dar um passeio por lá. Encontrou tudo muito diferente também. Muito limpo, mais iluminado e com muita gente nova, inclusive, outro espécime igual a Oscar... Outro não, outra.

Louise foi muito bem recebida, principalmente, por seu grande amigo Oscar, que estava tão feliz e preocupado em apresenta-la a todos.

Havia mais pedras bonitas, iguais a que se sentava para conversar com os amigos. Agora Oscar dividia sua atenção entre ela, Louise e Dora. Os dois faziam piruetas para Louise, que aplaudia dividida entre a alegria e um pouco de ciúmes da nova companheira de Oscar.

E foi assim que as visitas ao aquário foram aos poucos sendo deixadas de lado, diminuindo...

Louise agora completando dez anos, redecorando seu lindo quarto, retira da parede um quadro já amarelado pelo tempo. Era um desenho do fundo de um aquário, onde mal dava para distinguir os peixes e sobre uma pedra, um borrão onde lembrava os traços de uma criança.

Louise olhou para sua mãe e disse pensativa: - Quanto tempo não visita o Oscar... Ao perceber o olhar de sua mãe, sacode a cabeça e diz: - Há quanto tempo, não sonho e não brinco de ir ao aquário...

E pensativa entre se sonhou, se idealizou, imaginou ou realmente viveu aqueles passeios...

Louise deu de ombros, dobrou o desenho e o guardou com seus rabiscos velhos, e foi toda contente

arrumar seu computador, presente da avó, em sua escrivaninha também nova.

Bem longe dali, num belíssimo aquário, um lindo peixe de nome Oscar, já com família constituída;

passeava dengosamente entre as pedras e com um grande suspiro saudoso, lembrou se de uma linda menina sentada nessas pedras contando belas estórias... Uma lágrima escorreu teimosa, mas logo disfarçada, um suspiro... Uau, um beijo de sua graciosa companheira que veio saudá-lo,o despertou para a realidade.

Kokranne(Ka-Lly)

16/06/2012

KOKRANNE
Enviado por KOKRANNE em 02/07/2012
Reeditado em 24/07/2012
Código do texto: T3756685
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