Cantigas dos Anões - 01
Para o Café da Manhã
A primeira parte é cantada pelo clã. Ele dita a rima principal da canção e todos os demais, pela ordem hierárquica continua na seqüência, sem fugir da rima. Conforme vão cantando, vão se servindo. Os menos influentes na família vão enchendo a mesa de alimentos e levando os pratos sujos para lavar. Só depois que os nobres comem é que eles podem se servirem.
Observem que os anões não seguem a regra prática da ordem das refeições. Comem o que for posto primeiro até se fartarem.
(Observem também que são Anões Mineradores, o sotaque deles e os nomes são diferentes dos outros anões)
Estrofe de Abertura: Pelo Clã Bumbaloo
Leite e queijo, um pedaço de pão
chá com torresmo, biscoito e feijão
Café com manteiga, milho e salsão
Salsinha e cominho, gengibre e leitão
(aqui o coro tem que ser improvisado por um nobre, segundo na linhagem do clã, deve seguir a rima e suas palavras devem bajular o clã)
Coro: Pelo Cabo Primeiro, genro do clã, Mefur
Sapeca esse queijo e tosta esse pão
O café é bem forte, beba irmão
Colhido e torrado e moído à mão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
Na terceira estrofe todos devem bajular o clã, repetem o coro todos os anões da mesa juntos:
Sapeca esse queijo e tosta esse pão
O café é bem forte, beba irmão
Colhido e torrado e moído à mão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
É nessa hora que os demais, fora o clã começam a comer. Porém só os nobres. Os ministros, cabos, capitães, filhos e genros do clã e os herdeiros primogênitos.
Nessa hora o clã pode improvisar mais um verso, e fica a seu critério mudar ou não a rima. Quando ele não se pronuncia, alguém da mesa está livre para cantar.
Só não poderá esquecer as regras: deve seguir a rima, poderá começar um verso com uma linha do coro, mas só poderá usar uma linha do verso do clã se for o terceiro na ordem hierárquica.
Palur, o segundo genro do clã, terceiro na ordem começa a cantar.
Chá com torresmo, biscoito e feijão
E só o que desejo, um bom macarrão
Sardinha, pescado, filé, camarão
Bife, ovo frito, cozido e mamão
Todos repetem o coro:
Sapeca esse queijo e tosta esse pão
O café é bem forte, beba irmão
Colhido e torrado e moído à mão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
Só o dono do coro pode mudar suas palavras e Mefur o faz:
Pipoca o torresmo e borbulha o feijão
O café é bem forte, beba irmão
Macarrão tá no prato o filé no carvão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
Os demais anões vão a loucura e comem e bem com alegria, cantando e brindando.
No reino dos anões a maior figura não é o rei. E sim o clã de cada família. Os reis dos anões só tratam de assuntos políticos e diplomáticos já que as famílias se guerreiam constantemente.
Puxar o saco de um clã é normal para um anão e bem honroso quando alguém tem a atenção do clã na frente dos demais.
Assim todos o bajulam nas canções.
Algum anão audacioso pode interromper a algazarra a qualquer momento e improvisar um elogio ao clã. Se o mesmo aprovar ganha muita estima entre os companheiros porém se este não gostar do elogio o ideal é que este anão não cante mais na presença do clã. E o mesmo passará a se servir na mesa dos não nobres.
Palin, um dos filhos menores de um dos generais. Havia completado sua maior idade, sessenta anos e já respondia por si só. Repetiram o segundo coro mais que duas vezes, significava que estava aberto a novas rimas, sem a ordem hierárquica. Devendo somente seguir a rima do clã.
Como ninguém ousou Palin começou:
Que barba comprida, tem ouro na mão
Nos dedos tem prata nos dentes filão
Come amigo e bebe irmão
Batata e alface, jiló, agrião
Caneca de leite, azeite e limão
Vinagre e salada, tomate e pinhão
Ombros ao largo, honroso anão
Viva Bumbaloo! Garboso patrão!
Fez-se silêncio, todos esperavam a resposta do clã. Palin era inexperiente com rimas e muito novo à mesa, mas foi esperto em falar sobre ouro. Estimado pelos anões.
O clã ergueu a caneca de cerveja apontando para Palin e disse – À sua saúde.
A Algazarra voltou e dois companheiros ergueram Palin nos ombros e cantavam.
O cabo organizou outro coro:
Pele de porco, fígado, coração
Ovo de ganso, moela e sopão
Costela, coxa, asa e faisão
Peru recheado, pé, medalhão
Cabeça de bode, rum ou quentão
Bebe com gosto, amigo anão
Honroso colega, esperto irmão
O café foi moído, torrado à mão.
E todos repetiam sem parar.
Às vezes quatro anões se desafiavam entre si e cada uma falava uma linha seguida do outro. Mas naquela manhã o clã tinha escolhido uma rima difícil e os anões só faziam era repetir o coro.
Veja na íntegra:
Leite e queijo, um pedaço de pão
chá com torresmo, biscoito e feijão
Café com manteiga, milho e salsão
Salsinha e cominho, gengibre e leitão
Sapeca esse queijo e tosta esse pão
O café é bem forte, beba irmão
Colhido e torrado e moído à mão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
Chá com torresmo, biscoito e feijão
E só o que desejo, um bom macarrão
Sardinha, pescado, filé, camarão
Bife, ovo frito, cozido e mamão
Sapeca esse queijo e tosta esse pão
O café é bem forte, beba irmão
Colhido e torrado e moído à mão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
Pipoca o torresmo e borbulha o feijão
O café é bem forte, beba irmão
Macarrão ta no prato o filé no carvão
Viva Bumbaloo! Garboso anão!
Que barba comprida, tem ouro na mão
Nos dedos tem prata nos dentes filão
Come amigo e bebe irmão
Batata e alface, jiló, agrião
Caneca de leite, azeite e limão
Vinagre e salada, tomate e pinhão
Ombros ao largo, honroso anão
Viva Bumbaloo! Garboso patrão!
Pele de porco, fígado, coração
Ovo de ganso, moela e sopão
Costela, coxa, asa e faisão
Peru recheado, pé, medalhão
Cabeça de bode, rum ou quentão
Bebe com gosto, amigo anão
Honroso colega, esperto irmão
O café foi moído, torrado à mão.