Os Guerreiros Gigantes
Quando o mundo era jovem, tão novo que certos hábitos, como a coragem, não haviam sido esquecidos, existiu um nobre povo guerreiro que habitava as planícies altas denominados Isamus. Eram temidos desde os mares quentes do sul até as encostas geladas do povo do norte. Os Isamus, desde cedo, criavam seus filhos e os ensinavam as artes primordiais da guerra. Um pequeno Isamu, antes de aprender a falar direito, já era obrigado a sempre portar na cintura uma pequena espada de madeira e a se equilibrar sobre dois pedaços de madeira que, com o tempo, tinham seu tamanho aumentado.
Criados dessa forma, os Isamus aprendiam a combater, a correr, a percorrer longas distâncias muito mais rapidamente e assim podiam chegar aos pontos de batalha antes dos adversários. Desenvolveram suportes de pau de várias alturas e neles viraram mestres do equilíbrio. Sua alta concentração mental, permitia que um Isamu, graças ao treino precoce, escalasse uma coluna só e nela se equilibrasse rapidamente encaixado os pés. A outra perna de madeira lhe era dada por um companheiro, ou simplesmente um Isamu a fincava no chão e depois a retirava, quando não tinha ajuda, para se virar sozinho em caso de necessidade.
A habilidade daquele povo virou lenda e nas guerras, quando o Imperador convocava o povo para defender-se de invasões estrangeiras, os Isamus, eram convidados com seus arcos a comparecer à batalha. Uma fileira inteira deles, em altas pernas de madeira, começava a disparar flechas e dardos envenenados contra as posições inimigas antes que pudessem ser atingidos. A vantagem tática era incrível e como ainda não havia catapultas e naquelas paragens não havia cavalos, sua soberania era ampla.
Sua agilidade era tamanha que podiam levantar uma das suas pernas, quando viam que seriam atingidos, desviando-se do ataque inimigo e se posicionando para nova investida. As limitações ocorriam quando os terrenos eram charcos ou cheios de pedregulhos, e assim, tornavam-se presas fáceis. No entanto, sua habilidade com os arcos e nas batalhas com lanças, fazia com que fossem aproveitados em lutas no solo virando uma raça temerária.
A queda dos Isamus adveio quando um dos líderes de sua guarda, capitão Tadashi, apaixonou-se por Akemi, filha do Imperador. O namoro seria proibido e Tadashi utilizou-se de pernas longas para, durante a noite, passar pela vigilância do palácio e visitar o quarto de Akemi nas torres altas do palácio. Não tardou para que o Imperador descobrisse o encontro e ordenasse uma perseguição severa ao Capitão. Contando com a fidelidade dos seus homens, e com a simpatia do seu povo, graças à sua coragem em batalha, Tadashi organizou forte resistência. Nas planícies altas, graças às defesas naturais e ao conhecimento do terreno, somado ao emprego das pernas altas, Tadashi e seus homens impuseram pesadas derrotas ao Imperador.
Esse, irritado, ordenou um ataque feroz ao povo Isamu. Tadashi, antes que o embate final se realizasse, seqüestrou Akemi, que esperava um filho. Ainda mais irado, o Imperador não sossegaria enquanto o povo não fosse completamente aniquilado. Contam que longos anos consumiram grande parte do exército do Imperador. Cada guerreiro Isamu matava, por batalha, entre 10 a 20 soldados imperiais. No entanto, graças ao número elevado de homens, o Imperador conseguiu vencer as resistências daquele povo corajoso.
Capitão Tadashi, Akemi e o seu neto que já contava com quase 10 anos, foram executados em praça pública. O Imperador, cego pela insanidade da ira e seus demônios, proibiu o uso das longas pernas em seu território e determinou que todos da raça Isamu fossem aniquilados. Dias depois uma grande tristeza soprou o país. A terra começou a tremer e a se dividir. Montanhas, vales e cidades inteiras afundaram. Incríveis ondas se levantaram do mar tragando toda a vida sobre a terra que pudessem levar. O que hoje chamamos de Japão dividiu-se em ilhas, tendo uma boa parte afundando no Oceano. Ao final daquilo que as pessoas chamaram de vingança dos espíritos pela aniquilação de um povo que amavam, virou uma lenda que o tempo acabou apagando da memória do povo...
(* Da série: Lendas que o Mundo Esqueceu...)
Quando o mundo era jovem, tão novo que certos hábitos, como a coragem, não haviam sido esquecidos, existiu um nobre povo guerreiro que habitava as planícies altas denominados Isamus. Eram temidos desde os mares quentes do sul até as encostas geladas do povo do norte. Os Isamus, desde cedo, criavam seus filhos e os ensinavam as artes primordiais da guerra. Um pequeno Isamu, antes de aprender a falar direito, já era obrigado a sempre portar na cintura uma pequena espada de madeira e a se equilibrar sobre dois pedaços de madeira que, com o tempo, tinham seu tamanho aumentado.
Criados dessa forma, os Isamus aprendiam a combater, a correr, a percorrer longas distâncias muito mais rapidamente e assim podiam chegar aos pontos de batalha antes dos adversários. Desenvolveram suportes de pau de várias alturas e neles viraram mestres do equilíbrio. Sua alta concentração mental, permitia que um Isamu, graças ao treino precoce, escalasse uma coluna só e nela se equilibrasse rapidamente encaixado os pés. A outra perna de madeira lhe era dada por um companheiro, ou simplesmente um Isamu a fincava no chão e depois a retirava, quando não tinha ajuda, para se virar sozinho em caso de necessidade.
A habilidade daquele povo virou lenda e nas guerras, quando o Imperador convocava o povo para defender-se de invasões estrangeiras, os Isamus, eram convidados com seus arcos a comparecer à batalha. Uma fileira inteira deles, em altas pernas de madeira, começava a disparar flechas e dardos envenenados contra as posições inimigas antes que pudessem ser atingidos. A vantagem tática era incrível e como ainda não havia catapultas e naquelas paragens não havia cavalos, sua soberania era ampla.
Sua agilidade era tamanha que podiam levantar uma das suas pernas, quando viam que seriam atingidos, desviando-se do ataque inimigo e se posicionando para nova investida. As limitações ocorriam quando os terrenos eram charcos ou cheios de pedregulhos, e assim, tornavam-se presas fáceis. No entanto, sua habilidade com os arcos e nas batalhas com lanças, fazia com que fossem aproveitados em lutas no solo virando uma raça temerária.
A queda dos Isamus adveio quando um dos líderes de sua guarda, capitão Tadashi, apaixonou-se por Akemi, filha do Imperador. O namoro seria proibido e Tadashi utilizou-se de pernas longas para, durante a noite, passar pela vigilância do palácio e visitar o quarto de Akemi nas torres altas do palácio. Não tardou para que o Imperador descobrisse o encontro e ordenasse uma perseguição severa ao Capitão. Contando com a fidelidade dos seus homens, e com a simpatia do seu povo, graças à sua coragem em batalha, Tadashi organizou forte resistência. Nas planícies altas, graças às defesas naturais e ao conhecimento do terreno, somado ao emprego das pernas altas, Tadashi e seus homens impuseram pesadas derrotas ao Imperador.
Esse, irritado, ordenou um ataque feroz ao povo Isamu. Tadashi, antes que o embate final se realizasse, seqüestrou Akemi, que esperava um filho. Ainda mais irado, o Imperador não sossegaria enquanto o povo não fosse completamente aniquilado. Contam que longos anos consumiram grande parte do exército do Imperador. Cada guerreiro Isamu matava, por batalha, entre 10 a 20 soldados imperiais. No entanto, graças ao número elevado de homens, o Imperador conseguiu vencer as resistências daquele povo corajoso.
Capitão Tadashi, Akemi e o seu neto que já contava com quase 10 anos, foram executados em praça pública. O Imperador, cego pela insanidade da ira e seus demônios, proibiu o uso das longas pernas em seu território e determinou que todos da raça Isamu fossem aniquilados. Dias depois uma grande tristeza soprou o país. A terra começou a tremer e a se dividir. Montanhas, vales e cidades inteiras afundaram. Incríveis ondas se levantaram do mar tragando toda a vida sobre a terra que pudessem levar. O que hoje chamamos de Japão dividiu-se em ilhas, tendo uma boa parte afundando no Oceano. Ao final daquilo que as pessoas chamaram de vingança dos espíritos pela aniquilação de um povo que amavam, virou uma lenda que o tempo acabou apagando da memória do povo...
(* Da série: Lendas que o Mundo Esqueceu...)